Abertura da exposição “AMAZÔNIDAS” marca entrega do título de Cidadã Honorária de Brasília Post Mortem à fotógrafa Regina Santos
No dia 17 de junho será aberta no Foyer do Teatro dos Bancários a exposição Amazônidas com imagens da Região Amazônica por Regina Santos (1964 -2024), uma das mais talentosas fotógrafas de Brasília.
O evento inclui a solenidade de entrega do título de cidadã honorária post mortem à fotógrafa pela Câmara Legislativa do DF – por meio do Decreto Legislativo N° 2.443, de 2024 de autoria do deputado Chico Vigilante –, pelo profissionalismo e pela sua dedicação à fotografia no Distrito Federal e a projetos sociais. A mostra permanece aberta ao público até 7 de julho.
Olhar generoso e humano - Nascida em Leopoldina (MG), Regina veio para Brasília com sua família na década de 1970. Ainda adolescente, em Taguatinga, atuou na cena cultural. Mas foi no campo da fotografia onde ela expressou sua arte. Trabalhou por anos como fotojornalista, ao lado de referências como Claus Meyer e Walter Firmo. Publicou livros “Imagens em Língua Portuguesa” (1999), que possibilitou reunir pela primeira vez imagens de fotógrafos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Com Olhos e Asas – Realidade nos Eixos, focado nas crianças em situação de risco de Brasília, Regina reuniu olhares de fotógrafos do DF.
Com olhar generoso e humano, Regina expandiu seu trabalho dividindo habilidades com outras pessoas. Assim, promoveu inclusão, e apontou caminhos para um futuro sem a humilhação das ruas e o abandono ao desenvolver o projeto socioeducativo “Vamos Bater Foto” em Brasília e em cinco capitais brasileiras –com crianças e jovens de escolas públicas e comunidades de baixa renda. Em cada cidade, o resultado da iniciativa foi traduzido na montagem de exposição com as imagens captadas pelos fotógrafos-mirins.
Para o deputado Chico Vigilante, autor do decreto, “Regina Santos foi uma profissional que construiu uma carreira com potencial semelhante ao do gênio Sebastião Salgado. Infelizmente, a brilhante carreira foi interrompida, mas com essa homenagem pretendemos manter viva a memória de Regina Santos e seu trabalho para milhares!”, reconhece.
Com curadoria das fotógrafas Tina Coelho e Ana Araújo e expografia de Célia Matsunaga, Amazônidas traz 22 fotos que, divididas em três recortes, sintetizam o imenso trabalho de Regina Santos desenvolvido na Amazônia e revelam a intimidade da artista com aquela região. A mostra caminha pela interação da fotógrafa com as pessoas, o modo de vida delas, as minúcias dos lugares que vestem o universo amazônico.
A começar pelo cotidiano do povo caiapó-xicrin (Kayapó Xikrin), na Terra Indígena Cateté, no Pará. A conexão com os povos originários se consolidou com a ida de Regina ao Parque Nacional do Xingu, justamente na cerimônia do Kuarup, o ritual que celebra a memória. Por fim, pelas florestas do Acre, Regina Santos capturou imagens singelas e, ao mesmo tempo, vigorosas da vida de famílias de seringueiros na Reserva Extrativa Chico Mendes.
Escolhas - Para a curadora Tina Coelho, Trata-se de uma homenagem não só à obra, mas também às escolhas da autora, pois seu extenso arquivo hoje constitui uma jóia rara de belas e significativas memórias de vida e história do Brasil e de muitas partes do mundo “Neste pequeno fragmento retirado do acervo ainda em pesquisa, revelamos a potência deste material imagético, que denominamos Amazônidas. A escolha curatorial se deu a partir da percepção de ser a Amazônia e suas “gentes”, um tema recorrente em vários momentos da carreira da fotógrafa, mas que também, acima de tudo fazia parte das escolhas do coração e de sua vida”.
Além do deputado Chico Vigilante, estarão presentes na solenidade Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários, a deputada federal Erika Kokay, o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF Cláudio Abrantes, artistas, jornalistas, fotógrafos, parentes e amigos da fotógrafa.
SERVIÇO:
AMAZÔNIDAS
Dia 17 de junho, às 19h, no Foyer do Teatro dos Bancários (EQS 314/315)
Abertura da exposição e entrega do título de Cidadã Honorária de Brasília Post Mortem.
Exposição aberta ao público até 7 de julho | Segunda a sexta-feira, das 9h às 21h |
Sábado e domingo, das 18h às 21h
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