Aguapé | de Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto

No dia 21 de maio, às 16h, o Museu Nacional da República em parceria com o Museu das Mulheres abre ao público a intervenção artística Aguapé, de Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto, com curadoria de Sissa Aneleh. Instalada no espelho d’água do Museu, a obra é feita com dez mil mudas da planta aquática colhida no Lago Paranoá em um projeto artístico concebido e executado majoritariamente por mulheres como parte da 21ª Semana Nacional dos Museus. Um dos propósitos da intervenção é chamar a atenção para a saúde dos ambientes naturais e a urgência da discussão climática. Com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Caesb, Multcor, Departamento de Ecologia da UnB, Laboratório de Limnologia da UnB, e Mimo Bar, a mostra fica aberta à visitação diária até o dia 16 de julho. Museu Nacional da República, Setor Cultural Sul, lote 2, próximo à rodoviária do Plano Piloto, área externa. Brasília, Distrito Federal. Para a 21ª Semana Nacional dos Museus, as artistas se propuseram a cultivar por dois meses os aguapés recolhidos do Lago Paranoá e convidam o público a acompanhar o crescimento exponencial dessas plantas aquáticas. Aguapé é uma obra viva de autoria compartilhada entre Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto. As artistas preencherão os espelhos d’água do Museu Nacional da República com mais de oito mil mudas de aguapés do Lago Paranoá para compor, junto à paisagem predominantemente cinza da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer, um jardim flutuante. O nome água-pé já revela de antemão a facilidade de deslocamento da planta, uma das espécies mais invasoras do mundo. Natural da Amazônia, o aguapé vive em harmonia com espécies nativas, porém espalha-se facilmente em paisagens degradadas pela ação predatória humana. Por outro lado, essas plantas podem funcionar como reguladores de sistemas, removendo poluentes e toxinas pesadas das águas que habitam. Sobre as artistas Gisel Carriconde Azevedo é artista visual graduada pela Universidade de Brasília, com mestrado e doutorado em artes nas universidades de Brighton e de East London – UEL, respectivamente. Entre 2000 e 2016, trabalhou com design de exposição, direcionando sua atenção para as relações entre espaço, objeto e público. Sua produção artística inclui instalação de objetos, pinturas e fotografias, expografia e design de mobiliário. Trabalha com gestão cultural e, desde 2014, está à frente do deCurators, um espaço de arte independente dedicado a experimentos expositivos e curatoriais. Isabela Couto vive e trabalha em Brasília. Bacharel em Arte pela Universidade de Brasília. Mestranda em Arte pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. Atua principalmente nas mídias da aquarela, instalação, videoarte. A artista faz parte da atual busca por modos de existência que atravessam as barreiras impostas pela segregação entre cultura e natureza. Tem experimentado paisagens que resultam do envolvimento entre humanos e não humanos. Seu interesse está em revelar o protagonismo dos elementos naturais em detrimento da participação humana. Isabela participa de exposições desde 2014, possui obra na coleção do Museu Nacional de Brasília e em coleções particulares. Em 2023 tomou posse como suplente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF para atuar na área de arte e cultura inclusiva. Em 2022 realizou a individual Guardadora de Água no Museu Nacional de Brasília, foi selecionada para a mostra internacional e virtual Declare/Decay do coletivo Xor Space e participou da Residência Rio São Miguel, na Chapada dos Veadeiros. Em 2021 foi selecionada para o VII Festival Internacional de Cinema Experimental Dobra, para a coleção Sound Archive and Exhibition Series, Stuttgart. Em 2019 foi indicada ao Prêmio Pipa, selecionada para o Salão Mestre D’armas e para a residência Epecuen. Sobre a curadora Sissa Aneleh Batista de Assis é fundadora, diretora e curadora geral do Museu das Mulheres (Brasília). É doutora e mestra em Artes, historiadora da arte, professora universitária e diretora artística. Possui licenciaturas em História e Pedagogia. Sua pesquisa aborda a história da arte, mulheres artistas, arte brasileira, arte decolonial, cinema e poéticas curatoriais. Sobre o Museu Nacional da República O Museu Nacional da República, localizado em Brasília, foi inaugurado no ano de 2006 e é administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O Museu tem como missão promover as artes visuais para todos os públicos, de forma dialógica, e ser um espaço de incentivo à curiosidade, sensibilização do olhar e produção de conhecimento, por meio de ações de formação do acervo, salvaguarda, pesquisa, comunicação e educação.
Serviço: Intervenção: Aguapé Autoras: Gisel Carriconde Azevedo e Isabela Couto Curadoria: Sissa Aneleh Período de visitação: 21/05 a 16/07/2023 Realização: Museu das Mulheres (DAS) e Museu Nacional da República (MuN) Local: Museu Nacional da República, Setor Cultural Sul, lote 2, próximo à rodoviária do Plano Piloto, área externa. Brasília, Distrito Federal. Apoio: Secretaria de Cultura do Distrito Federal, Caesb, Multcor, Departamento de Ecologia da UnB, Laboratório de Limnologia da UnB, e Mimo Bar.