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CCBB Brasília realiza mostra em homenagem a atriz LEA GARCIA



A primeira retrospectiva dedicada ao trabalho da atriz Léa Garcia (1933-2023) celebra a obra de uma das figuras mais icônicas do cinema brasileiro e sua importância histórica. Léa Garcia – 90 anos apresenta 16 filmes, sendo 15 longas e um curta-metragem, protagonizados por Léa, no CCBB Brasília, de 1 a 24 de novembro, com entrada gratuita, mediante emissão de ingresso no site e na bilheteria física. A programação é uma homenagem à precursora na luta antirracista na arte brasileira.

 

Os curadores Ewerton Belico e Leonardo Amaral selecionaram títulos marcantes da carreira de Léa, que destacam seu pioneirismo como protagonista negra no cinema brasileiro. Eles serão exibidos, na maior parte, em cópias em 35mm, oferecendo ao público uma oportunidade rara de assistir aos filmes em seu formato original. A mostra inédita é uma homenagem a atriz, falecida em 2023.

Entre os filmes exibidos, momentos luminosos de Lea Garcia, a exemplo de Orfeu Negro (também conhecido como Orfeu do Carnaval), de Marcel Camus (1959), que lançou a atriz ao estrelato internacional no Festival de Cinema de Cannes. O filme levou a cobiçada Palma de Ouro e Lea Garcia ficou na segunda colocação como melhor atriz.

 

A mostra traz, ainda, outros clássicos e raros como Compasso de Espera (1973), de Antunes Filho – um dos primeiros longas brasileiros modernos a tocar na questão racial –, A Deusa Negra, de Ola Balogun – raríssima coprodução com a Nigéria de 1977, filmes mais recentes como Billi Pig (2012), de Eduardo Belmonte, e o curta-metragem O dia de Jerusa (2014), de Viviane Ferreira.

Nascida no Rio de Janeiro, Lea Garcia queria ser escritora, mas foi participando do Teatro Experimental do Negro, dirigida pelo célebre Abdias do Nascimento (seu futuro marido, aliás) que ela decidiu seguir a carreira de atriz.

 

Foi uma das primeiras atrizes negras contratadas pela televisão. A princípio integrou o elenco da TV Tupi e em 1970 foi contratada pela Rede Globo, onde ficou nacionalmente conhecida por papéis de destaque em telenovelas como Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes, e A Escrava Isaura, de Gilberto Braga, na qual fez imenso sucesso no papel de Rosa. Lê Garcia faleceu em 2023, aos 90 anos, durante o Festival de Cinema de Gramado, onde iria receber o Troféu Oscarito.

 

Segundo o curador Ewerton Belico a programação apresenta um amplo panorama da carreira de Léa Garcia, percorrendo mais de sessenta anos desde seu primeiro filme (Orfeu Negro, 1959) até seu último longa-metragem (O Pai da Rita, 2022), em uma gama extremamente diversa de papéis. “A programação apresenta diversas facetas de seu trabalho e dos modos como o cinema brasileiro tematizou a vida social e subjetiva de pessoas negras ao longo do último século.”, diz.

Léa Garcia - 90 anos apresenta uma gama variada de gêneros, desde comédias (Billi Pig, 2011) até documentários (A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, 2000), e um novo restauro digital realizado especialmente para a retrospectiva: O Forte, de Olney São Paulo.

 

A programação da mostra contempla atividades complementares que propõem enriquecer e difundir o legado de Léa Garcia. Na abertura, haverá uma apresentação geral da curadoria, realizada por Ewerton Belico. Um bate papo com o público será realizado pela atriz Bárbara Colen e pela professora e curadora Soraya Martins, em torno do filme O Forte, de Olney São Paulo (restaurado especialmente para a mostra), no dia 02/11, às 19h. Já no dia, 7/11, às 19h, a exibição de Orfeu Negro, será seguida de um comentário pela crítica Letícia Bispo, com mediação do curador Leonardo Amaral.

 

 

 

PROGRAMAÇÃO:Disponível também no site https://ccbb.com.br/brasilia/

01 de novembro (Sexta)

18h Apresentação da programação da mostra pelo curador Ewerton Belico - Classificação indicativa: livre

19h A Deusa Negra, de Ola Balogun – Classificação indicativa: 12 anos

02 de novembro (Sábado)

17h O Forte - Classificação indicativa: 12 anos

19h Bate Papo com Bárbara Colen e Soraya Martins - Classificação indicativa: livre

 

03 de novembro (Domingo)

19h Ladrões de Cinema - Classificação indicativa: 12 anos

 

05 de novembro (Terça)

19h O Pai da Rita - Classificação indicativa: 12 anos

 

06 de novembro (Quarta)

19h M8 - Quando a Morte Socorre a Vida - Classificação indicativa: 16 anos

 

07 de novembro (Quinta)

19h Bate papo após sessão com Letícia Bispo - Classificação indicativa: livre

19h Orfeu Negro - Classificação indicativa: 12 anos

 

08 de novembro (Sexta)

19h Filhas do Vento - Classificação indicativa: 14 anos

 

09 de novembro (Sábado)

17h Cruz e Souza - O Poeta do Desterro - Classificação indicativa: livre

19h Feminino Plural - Classificação indicativa: 12 anos

 

10 de novembro (Domingo)                                

17h A Negação do Brasil - Classificação indicativa: livre

19h A Noiva da Cidade - Classificação indicativa: 12 anos

 

12 de novembro (Terça)

19h M8 - Quando a Morte Socorre a Vida - Classificação indicativa: 16 anos

 

13 de novembro (Quarta)

19h Cruz e Souza - O Poeta do Desterro - Classificação indicativa: livre

 

14 de novembro (Quinta)

19h Ladrões de Cinema - Classificação indicativa: 12 anos

 

 

15 de novembro (Sexta)

19h Compasso de Espera - Classificação indicativa: 12 anos

 

16 de novembro (Sábado)

17h Mulheres do Brasil - Classificação indicativa: 12 anos

19h30 O Dia de Jerusa / Feminino Plural - Classificação indicativa: 12 anos

 

17 de novembro (Domingo)

17h Billi Pig - Classificação indicativa: livre

19h Ganga Zumba - Classificação indicativa: 14 anos

 

19 de novembro (Terça)

19h O Pai da Rita - Classificação indicativa: 12 anos

 

20 de novembro (Quarta)

19h Filhas do Vento - Classificação indicativa: 14 anos

 

21 de novembro (Quinta)

19h Compasso de Espera - Classificação indicativa: 14 anos

 

22 de novembro (Sexta)

19h O Forte - Classificação indicativa: 12 anos

 

23 de novembro (Sábado)

17h Mulheres do Brasil - Classificação indicativa: 12 anos

19h30 A Noiva da Cidade - Classificação indicativa: 12 anos

 

24 de novembro (Domingo)

17h Ganga Zumba - Classificação indicativa: 14 anos

19h15 A Negação do Brasil - Classificação indicativa: livre

 

Acessibilidade       

A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes.  

A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo.    

 

Horários da van:       

Biblioteca Nacional – CCBB: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h    

CCBB – Biblioteca Nacional: 13h, 15h, 17h, 19h e 21h    

 

Sobre o CCBB Brasília  

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.  


Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.  


Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.  

Desde o final de 2022, o CCBB Brasília, se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, sendo que no ano de 2023, obtivemos a renovação anual da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a sustentabilidade.  


Serviço

LÉA GARCIA – 90 ANOS

Patrocínio: Banco do Brasil

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Local: Cinema do CCBB Brasília

Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF

Informações: (61) 3108 7600

Capacidade do cinema: 70 lugares

Classificação indicativa: conforme a programação

Entrada gratuita, mediante a retirada de ingressos no site bb.com.br/cultura e na bilheteria física.


Informações 

Instagram/ccbbbrasilia

TikTok/@ccbbcultura


SINOPSES:

 

A Deusa Negra (Black Goddess)

Brasil/ Nigéria, 1978, 96 min, digital, CIDireção: de Ola Balogun

Com Zózimo Bulbul, Léa Garcia, Milton Vilar, Antonio Pitanga, Roberto Pirillo.

 

Para entrar em contato com parentes, o africano Babatunde chega ao Brasil e vai ao candomblé de uma famosa mãe-de-santo pedir orientação para o cumprimento de sua missão. No terreiro ele conhece Elisa, que durante a cerimônia religiosa incorpora a divindade africana cuja estatueta Babatunde carrega como senha para encontrar seus familiares brasileiros. Durante o transe, Elisa indica a Babatunde a Vila Esmeraldo, na Bahia, como local possível do encontro. Babatunde convida Elisa a acompanhá-lo na viagem e depois de muitos contratempos, os dois chegam ao destino. Não encontrando o que procurava, Babatunde oferece a uma velha Ialorixá a estatueta. Mas a viagem não foi em vão. Aos poucos, Babatunde percebe em Elisa os laços familiares que tanto buscava. No alvorecer do dia seguinte, Babatunde e Elisa começam a viagem de volta ao Rio de Janeiro e à África.

 

Orfeu Negro (Orphée Noir)

Brasil, França, Itália, 1959, 100 minutos, digital, CI

Direção: Marcel Camus

Com Breno Mello, Marpessa Dawn, Lourdes de Oliveira, Léa Garcia

 

A trágica história romântica entre a jovem Eurídice e o motorista e músico Orfeu. Os

dois se conhecem durante o carnaval no Rio de Janeiro e se apaixonam, mas Orfeu tem uma noiva ciumenta. De acordo com a antiga lenda, o amor do casal é acompanhado de perto pela morte, e ele será capaz de descer aos infernos para salvar a sua grande paixão.

 

Ganga Zumba

Brasil, 1963 | 100 minutos, digital, CI

Direção: Carlos Diegues

Com Eliezer Gomes, Luiza Maranhão, Antonio Pitanga, Lea Garcia, Jorge Coutinho, Zózimo Bulbul

 

Neto de Zumbi dos Palmares, Ganga Zumba nasceu na senzala e, aos poucos, foi

tendo consciência da história de lutas de seu povo. Sua coragem o fez fugir do cativeiro, assumindo o posto antes ocupado pelo avô.

 

Compasso de espera

Brasil/França, 1969-1973, 94 minutos, digital, CI

Direção: Antunes Filho

 

Jorge, um poeta negro, é amante de uma empresária branca e rica. Em uma reunião de um círculo de intelectuais paulistanos, ele conhece Cristina, outra moça branca de família abastada, e se apaixona. O relacionamento enfrenta preconceitos de todos os lados e Jorge se vê brigando com as duas famílias e toda a sociedade, enquanto a ex-amante ainda o procura.

 

O Forte

Brasil, 1974, 90 minutos, digital, CI

Direção: Olney São Paulo

Com Adriano Lisboa, Emmanuel Cavalcanti, Lea Garcia, Suzana Vieira

O engenheiro Jairo retorna a sua cidade - Salvador - para demolir o forte de São Marcelo, com mais de 400 anos de idade. No local será erguido um parque infantil. Para Marcelo, essa destruição representa a aniquilação de todo o seu passado, pois foi naquele forte que ele um dia amou Tibiti, a namorada de juventude, e ouviu as histórias do velho Olegário, avô de Tibiti, que lá esteve preso por ter assassinado seu genro Michel. Ao chegar a Salvador, Jairo procura Tibiti, encontrando-a casada.

 

 

Feminino plural

Brasil, 1976, 72 minutos, CI

Com:

Direção: Vera de Figueiredo

Com Adriana Figueiredo, Ângela Figueiredo, Carlos Kroeber, Catalina Bonakie, Dorinha Duval, Joel Barcellos, Kita Xavier, Léa Garcia

 

Sete mulheres em motocicletas, pela Via Dutra, dirigem-se à Baixada Fluminense, microcosmo do Brasil. Mergulhando na memória e questionando o comportamento imposto às mulheres, elas procuram resgatar a força do feminino. A nova mulher, nascida na terra brasileira, incorpora as amazonas e a Santa Guerreira.

 

Ladrões de cinema

Brasil, 1977, 127 minutos, digital, CI

Direção: Fernando Coni Campos

Com Wilson Grey, Grande Otelo, Milton Gonçalves, Antonio Pitanga, Rodolfo Arena, Jean-Claude Bernardet, Ruth de Souza, Léa Garcia, Ana Maria Nascimento e Silva, Tamara Taxman.

 

Depois de assaltar uma equipe de filmagem de Hollywood, grupo de moradores de comunidade do Rio de Janeiro resolve produzir um filme que expressa a realidade do Brasil usando como tema a Inconfidência Mineira.

 

A noiva da cidade

Brasil, 1978, 110 minutos, digital, CI

Direção: Alex Viany

Com Elke Maravilha, Roberto Azevedo, Denise Barroso, Jotta Barroso, Roberto Bataglin, Hugo Bidet, Roberto Bonfim, Léa Garcia.

 

Uma famosa atriz de cinema volta à Catavento, sua cidade natal, para reencontrar antigos hábitos interioranos. Os políticos locais, porém, procuram capitalizar sua influência para as causas que defendem. Sem sossego, a atriz se refugia no sítio de um compositor popular que, como ela, busca tranquilidade. O rapaz acaba preso, acusado de tê-la sequestrado, mas as mulheres da cidade acreditam em sua inocência. Resolvida a situação, a atriz parte sem avisar ninguém.

 

 

Cruz e Souza – O poeta do desterro

Brasil, 1998, 86 minutos, digital, CI

Direção: Sylvio Back

Com Com Kadu Karneiro, Maria Ceiça, Léa Garcia, Danielle Ornelas, Guilherme Weber.

 

O filme reconstrói a vida do poeta João da Cruz e Sousa, introdutor do Simbolismo no Brasil e considerado o maior poeta negro da língua portuguesa. Retrata suas paixões, o emparedamento social, racial e intelectual, culminando com seu fim trágico.

 

 

A negação do Brasil

Brasil, 2000, 92 minutos, digital, CI

Direção: Joel Zito Araújo

Com Ruth de Souza, Léa Garcia, Maria Ceiça, Zezé Mota, Milton Gonçalves

 

O documentário busca mostrar as influências das telenovelas na construção da

identidade étnica dos afro-brasileiros, além de discutir a incorporação positiva do negro na teledramaturgia.

 

As filhas do vento

Brasil, 2005, 85 minutos, digital, CI

Direção: Joel Zito Araújo

Com Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia, Taís Araújo, Maria Ceiça, Rocco Pitanga, Zózimo Bulbul

 

Cida e Ju são irmãs e foram criadas pelo severo pai, Zé das Bicicletas. Cida foge de casa para ser atriz e Ju fica na cidade, casa-se e cuida do pai. As duas se reencontram 45 anos depois, no enterro dele, mas o tempo não diminui o rancor do passado.

 

Mulheres do Brasil

Brasil, 2006, 106 minutos, digital, CI

Direção: Malu di Martino

Com Tuca Andrada, Dira Paes, Camila Pitanga, Léa Garcia, Ana Beatriz Nogueira

 

Em uma união de várias histórias, o filme narra a história de cinco mulheres, que vivem em diferentes cidades do Brasil, cujas semelhanças não são meras coincidências.

 

Billi Pig

Brasil, 2011, 95 minutos, digital, CI

Direção: José Eduardo Belmonte

Com Selton Mello, Grazi Massafera, Milton Gonçalves, Otávio Müller, Preta Gil, Cássia Kis, Léa Garcia.

 

A aspirante a atriz Marinalva começa a ter sonhos e a conversar com seu porco de brinquedo, Billi, que a encoraja a se separar do marido, Wanderley, por acreditar que ele não a ajuda a lutar por seu sonho.

 

O dia de Jerusa

Brasil, 2014, 20 minutos, digital, CI

Direção: Viviane Ferreira

A história narra o encontro de uma jovem e uma senhora residente do bairro do Bixiga, no centro de São Paulo. Silvia trabalha com pesquisa de público para uma marca de sabão em pó. Ao bater na porta de Jerusa, é surpreendida com respostas nada convencionais, e o diálogo a leva a compreender a vida de outra maneira, menos rápida e menos quantitativa.

 

M8 – Quando a morte socorre a vida

Brasil, 2020, 84 minutos, digital, CI

Direção: Jefferson De

Com Jeferson De, Felipe Sholl, Cristiane Arenas, Carolina Castro, Zezé Mota, Léa Garcia

 

Maurício começa a estudar na renomada Universidade Federal de Medicina. Em sua primeira aula de anatomia, ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo para ele e os amigos. Durante o semestre, o mistério da identidade do corpo só pode ser desvendado depois que ele enfrentar suas próprias angústias.


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