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Cena promove sessões de cinema no Cine Brasília

O 25º Cena Contemporânea preparou uma programação especial para o mais importante cinema de Brasília, trazendo dois filmes dirigidos por encenadoras consagradas. No dia 12 de novembro, em sessão dupla, haverá a exibição, às 18h, de “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, a bela adaptação da encenadora Bia Lessa para o clássico “Grande Sertão: Veredas”, e às 20h30, o inédito “Reas”, da argentina Lola Arias, premiado em festivais como San Sebastian e Luxemburgo. As sessões têm entrada franca.

 

Bia Lessa e Lola Arias são artistas múltiplas, com destacadas trajetórias como diretoras de teatro e que também fazem incursões na direção cinematográfica. As duas decidiram levar para as telas encenações que, em sua origem, nasceram como investigações teatrais. O resultado são duas obras extraordinárias, que passeiam pelas linguagens do teatro, do musical e do cinema, e que o Cena Contemporânea tem o prazer de exibir.

 

Adaptação de “Grande Sertão: Veredas”, a obra-prima de João Guimarães Rosa, o longa-metragem “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho” propõe uma narrativa não linear, atravessada por reflexões filosóficas, a respeito das complexidades da alma humana e da dualidade entre o bem e o mal. Ao longo de 127 min, o jagunço Riobaldo, hoje fazendeiro, relembra sua vida, da juventude turbulenta e marcada por guerras sangrentas no cangaço até o momento em que assume a liderança de seu grupo. O coração de Riobaldo é conquistado por Diadorim, um jovem valente e misterioso que se torna o amor de sua vida, despertando muitas questões: “Aonde está o Demo? Está fora ou dentro do homem? Como um homem pode amar outro homem? Coração da gente – o escuro, escuros…”.

 

Reas” (condenadas) é um documentário e musical criado coletivamente entre a diretora Lola Arias e ex-detentas do sistema prisional argentino. A ideia nasceu depois que, em 2019, Arias ministrou uma oficina de cinema e teatro dentro da prisão de Buenos Aires. As mulheres cantaram, dançaram e improvisaram cenas baseadas em suas histórias reais. A proposta da diretora era filmar dentro do cárcere. Mas a pandemia de Covid-19 impediu o projeto. Anos depois, Lola Arias reuniu ex-condenadas já em liberdade e convidou-as a filmar cenas inspiradas em suas lembranças dentro de um presídio desativado, utilizando a música e a dança como formas de expressão. Assim nasceram narrativas que transformam experiências traumáticas em outra coisa, comovedora, inquietante e, também, divertida. Diz a diretora: “O objetivo de “Reas” não era fazer outro drama carcerário e sim nos concentrarmos nos laços de amor e comunidade entre mulheres cis e pessoas trans que as mantêm vivas num espaço de confinamento e violência”. O filme acaba de ganhar o Prêmio Sebastiane de melhor Longa LGBTQIAPN+ no Festival de San Sebastian, foi indicado a melhor documentário no Festival de Berlim e conquistou prêmios em festivais como Luxemburgo, Cine Lima e Thessaloniki.

SINOPSES

 

O DIABO NA RUA NO MEIO DO REDEMUNHO – de Bia Lessa

Cine Brasília – 12/11, às 18h

Brasil, 2023, ficção, Cor, 127 minutos

 

SINOPSE: Adaptação do célebre clássico “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, o filme é uma jornada existencial sertaneja, com interpretações que desafiam o cinema e o teatro, explorando os conflitos humanos, como o bem e o mal. A narrativa é conduzida por Riobaldo, um jagunço que revive sua vida turbulenta no sertão. O enredo é marcado pela presença de Diadorim, personagem enigmático que se torna o grande amor de Riobaldo. A narrativa entrelaça questionamentos filosóficos com cenas detalhadas da vida e das batalhas sangrentas no sertão, incluindo crenças populares, lendas e tradições.

BIA LESSA – Destacada encenadora teatral e diretora de cinema, artista multimídia, atuou como atriz, dirigiu óperas, foi responsável pelo Pavilhão do Brasil na Expo 2000, na Alemanha, pelo módulo do Barroco nas comemorações de 500 anos do Brasil e pela realização no Salão nobre da ONU do espetáculo “The second Unveiling”, a partir da obra de Candido Portinari.  Realizou várias exposições, incluindo a célebre “Grande Sertão: Veredas”, para a inauguração do Museu da Língua Portuguesa. Dirigiu espetáculos teatrais marcantes como “Orlando – Uma Biografia”, de Virgínia Woolf, “Cartas Portuguesas” e adaptações de clássicos da literatura brasileira, como “Macunaíma”, de Mario de Andrade. Em cinema dirigiu os longas-metragens “Crede-mi” e “Então Morri”. Seus espetáculos e filmes foram apresentados em diferentes países, como o Centre Georges Pompidou em Paris, o Festival de Outono de Madri, Festival Theater der Welt na Alemanha, Berlinale em Berlin, São Francisco, NY etc.

FICHA TÉCNICA

Direção: Bia Lessa

Roteiro: Bia Lessa

Fotografia: José Roberto Eliezer

Montagem: Sérgio Mekler, Renata Catharino

Som: Ricardo Reis, Miriam Biderman

Design de arte: Antonio Vanzolini

Música: Egberto Gismonti, O Grivo

Elenco: Caio Blat, Luiza Lemmertz, Luiza Arraes, Leo Miggiorin, Clara Lessa, José Maria Rodrigues, Daniel Passi, Lucas Oranmian

Produtor: Lucas Arruda, Bia Lessa

Produzido por 2+3 Produções

Coprodução: Globo Filmes

 

Classificação indicativa: 16

 

 

REAS – de Lola Arias

Cine Brasília - 12/11, às 20h30

Argentina/Alemanha, 2024, documentário/musical, 82 minutos

 

SINOPSE: Yoseli tem uma tatuagem da Torre Eiffel nas costas e sempre quis viajar para a Europa, mas foi presa no aeroporto por tráfico de drogas. Nacho é um transsexual preso por engano e que montou uma banda de rock na cadeia. Suaves ou rudes, louros ou de cabeça raspada, cis ou trans, presas há muito tempo ou recém-chegadas: neste musical híbrido, todas elas recriam suas vidas na prisão de Buenos Aires. REAS é uma obra coletiva que reinventa o gênero musical: as intérpretes dançam e cantam sobre seu passado na cadeia, revivem sua vida como ficção e inventam, através da fantasia e da imaginação, um futuro possível para elas mesmas.

LOLA ARIAS - Nascida em Buenos Aires, Argentina, em 1976, é escritora, diretora de teatro, artista plástica, musicista e performer. Estudou literatura na Universidade de Buenos Aires e dramaturgia no Conservatório Metropolitano de Buenos Aires. Suas peças incluem “Minha Vida Depois”, “Familienbande”, “That Enemy Within”, “A Arte de Fazer Dinheiro”, “Língua Materna” e a trilogia “Striptease”, “Revolver Dream” e “O Amor é um Atirador de Elite”. Também fez videoinstalações e lançou músicas com o colaborador Ulises Conti. “Teatro de Guerra”, seu primeiro longa-metragem, estreou na Berlinale em 2018. Uma artista multifacetada, seu trabalho reúne pessoas de diferentes origens (veteranos de guerra, refugiados, profissionais do sexo etc.) em projetos de teatro, cinema, literatura, música e artes visuais, que misturam as fronteiras entre realidade e ficção. Atualmente, vive em Berlim.

FICHA TÉCNICA

Uma produção de Gema Films, Sutor Kolonko, Mira FilmCom: Yoseli Marlene Arias, Ignacio Amador Rodriguez, Estefanía del Lujan Hardcastle, Noelia Luciana Perez, Paulita Verónica Asturayme, Carla Romina CanterosProdução: Gema Juárez Allen e Clarisa OliveriCoprodução: Ingmar Trost e Vadim JendreykoDireção de produção: Carla Rosmino, Pascal Moor, Bettina MullerDiretor de Fotografia: Martín BenchimolMontagem: Ana Remón, José GoyenecheDireção de arte: Ángeles FrinchaboyFigurino: Andy PifferDesenho de som: Sofía Straface Música original: Ulises ContiTreinamento vocal: Mailén PankoninCoreografia e movimento: Andrea ServeraCoreografia e pesquisa prévia: Leticia ManzurProdução e pesquisa prévia: Lucila PifferPesquisa: Tálata Rodrigez, Julieta Alani, Antü CifuentesChefia de produção: Ariana Aisenberg, Lucía VelaAssistente de direção: Alejandro RathDiretora assistente: Sofia Rocha

Assistente de produção: Valentina Ruiz Cucchiarelli

Assistentes de produção: Victoria Ranieri, René Guerra

Diretor de fotografia e Câmera 2ª Unidade: Eduardo Crespo

Gaffer: Marcos Mendivil

Chefe dos refletoristas: Daiana Von Foerster

Assistente de câmera: Wanda Feduzka

Técnicos de som: María Elisa Canobra Zapata, Victoria Franzan

Microfonista: Juan Ignacio Iribarne

Designer de cenário: Maru Tome

Assistente de cenografia: Juana Muschietti

Assistentes de figurino: Emanuel Díaz, Ana Nava, Emanuel De La Rosa

Assistente de montagem: Blas Schverdfinger

Foley E Adr: Lautaro Zamaro

Still: Eugenia Kais

Coordenação de pós-produção: Noelia Couto

Correção de cor: Guido Tomeo

Assessoria Jurídica: Mariana Volpi

Pôster: Diego Berhaka

Vendas Internacionais: Luxbox Filmes - Fiorella Moretti

 

Duração: 82 minutos

Classificação indicativa:

 

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MOSTRA CENA NO CINE BRASÍLIA

SERVIÇO

Data: 12 de novembro de 2024

Local: Cine Brasília

Horários: 18h e 20h30

Entrada franca

 

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CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA

Direção geral: Guilherme Reis

Coordenação administrativo-financeira: Michele Milani

Direção de produção: Gui Angelim

Direção artística: Carmem Moretzsohn

Curadoria: Guilherme Reis

Colaboração curadoria: Daniele Sampaio

Assistente da direção geral: Clara Nugoli

Coordenação técnica: Rodrigo Lélis

Coordenação de Comunicação: Michele Milani e Cena Promoções

Assessoria de imprensa: Objeto Sim

 

 

Patrocínio Oficial: Petrobras

Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução


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