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Conjuntivite: entenda por que a condição se torna mais comum na primavera


A conjuntivite primaveril, também conhecida como conjuntivite alérgica sazonal, é uma condição ocular que afeta muitas pessoas durante a primavera, com incidência mais comum em crianças e jovens adultos com idade entre 5 a 20 anos. É nessa estação do ano que as árvores e plantas entram em processo de polinização, liberando no ar pequenas partículas de pólen que podem desencadear reações alérgicas nos olhos. A reação alérgica é uma inflamação da conjuntiva, a membrana fina e transparente que reveste a parte branca dos olhos e a superfície interna das pálpebras. “Substâncias como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo estão presentes em abundância no ambiente durante a primavera. Quando essas partículas alérgenas entram em contato com os olhos, o sistema imunológico reage exageradamente, desencadeando uma série de sintomas desconfortáveis”, explica o Dr. Mayo Tavares, oftalmopediatra do CBV - Hospital de Olhos. Os sintomas mais comuns da conjuntivite primaveril incluem vermelhidão dos olhos, coceira intensa, sensação de ardor, lacrimejamento excessivo, inchaço das pálpebras e sensibilidade à luz. “É importante notar que a conjuntivite alérgica tende a ser bilateral, afetando ambos os olhos, embora casos unilaterais também possam ocorrer. Além disso, a presença de secreção clara é uma característica comum”, alerta o oftalmopediatra. Embora esses sintomas possam ser incômodos, a conjuntivite primaveril não é contagiosa e, na maioria dos casos, pode ser tratada com sucesso. “Para aliviar os sintomas e prevenir a recorrência, é recomendável evitar exposição prolongada ao ar livre durante dias de alta contagem de pólen, usar óculos de sol para proteger os olhos, lavar os olhos com água filtrada gelada. Manter um hábito de vida saudável com boa alimentação e evitar comidas industrializadas podem evitar quadros alérgicos graves”, alerta Mayo. Resistir à coceira também é uma medida importante: o ato de coçar os olhos induzido por conjuntivite alérgica pode ocasionar perda visual a longo prazo. Caso os sintomas persistam, é aconselhável procurar um oftalmologista para orientações e tratamento adequado. Por vezes, a conjuntivite primaveril pode ser similar a quadros de conjuntivite viral e bacteriana, e o oftalmologista será capaz de diferenciar esses casos com a história clínica e visualizando detalhes com a lâmpada de fenda no consultório. Com a atenção adequada, prevenção e acompanhamento médico, é possível enfrentar essa condição e minimizar seus efeitos.

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