Construir para servir melhor
Rodrigo Neiva*
As relações comerciais no atual mundo globalizado estimularam o surgimento de novas modalidades de negócios. Um deles é o contrato de locação BTS, sigla do inglês built to suit ou em bom portugês “construir para servir”. Eles seguem a filosofia de negócios on demand, ou seja, atendimento por uma demanda específica. Para quem já ouviu falar do termo, mas ainda não tem um entendimento mais preciso do que seja, vale uma breve explicação. Essa modalidade de locação, que surgiu na década de 1950 e se propagou principalmente nos Estados Unidos e, posteriormente, na Europa e Ásia, no Brasil ainda é relativamente recente, tanto que a primeira e única legislação sobre o tema é a lei Lei 12.744, de 2012. Nos contratos BTS, o locatário encomenda a construção ou reforma de um imóvel que atenda às suas necessidades específicas, para posteriormente alugá-lo. Do outro lado, o locador, que pode ser proprietário ou investidor, se responsabiliza pela execução do projeto e ambos firmam um contrato de longa duração, que geralmente se configura por períodos superiores a dez anos.Além de ter um imóvel construído conforme suas necessidades, este modelo de locação otimiza o tempo e os esforços do locatário, que não precisa se preocupar com o acompanhamento de obras. Ele também não precisa imobilizar capital na compra do imóvel e pode investir em outras frentes do negócio. Ainda Também entra no hall de vantagens desse modelo built to suit a possibilidade de contratos de longa duração, já que durante sua vigência, o locador não poderá pedir o imóvel, o que oferece garantia de espaço para o locatário pelo tempo acordado, evitando a imprevisibilidade e, consequentemente, problemas para o negócio. A empresa também não fica dependente da concessão de áreas por parte do poder público. Outra vantagem é que não há o problema de um grande ativo imobiliário parado, quando é dona do imóvel, o que facilita a mudança de local ou otimização das operações, quando for necessário.Para o locador que opta pelos contratos em BTS, as vantagens também são muitas, destacando-se a segurança no retorno do investimento feito, já que o mesmo é dissolvido e garantido em contrato. Há, dentro do mercado de locações no modelo BTS, um baixíssimo índice de vacância, uma vez que, diferente das modalidades tradicionais de locação, o contrato de longa duração evita que o imóvel fique vago e sem render retorno financeiro. Essa modalidade também permite ao locador a prática de valores mais interessantes no aluguel, devido à personalização que oferece.Atualmente, a principal demanda dos contratos BTS no Brasil surge frente ao crescimento exponencial do e-commerce, uma tendência irreversível para os consumidores de hoje e de amanhã. Assim, o setor de logística e as grandes redes varejistas são hoje os dois segmentos que mais lançam mão dos contratos na modalidade BTS. O que também não impede que indústrias também usufruam das vantagens dessa moderna forma de locação, especialmente nos dias de hoje, com as novas tecnologias que fazem com que as plantas industriais sejam flexíveis, podendo ser implantadas em qualquer espaço ou conforme a melhor demanda operacional da empresa.Levando em conta tais aspectos, Goiás, que está no coração do Brasil, possui uma potencialidade enorme para os contratos em modalidade BTS.. A região metropolitana de Goiânia, capital do estado, é um exemplo. Localizada no centro do País, a região possui ainda uma alta oferta de áreas nas cidades que circundam Goiânia, como Aparecida de Goiânia e Senador Canedo, principalmente se compararmos com outros aglomerados urbanos no sudeste e sul do Brasil. A região também está próxima a dois aeroportos internacionais, o de Brasília e o de Goiânia, e, em breve, ganhará um novo aeroporto de negócios, o Antares Polo Aeronáutico em Construção, na cidade de Aparecida de Goiânia. A região metropolitana da capital goiana é também cortada pela sexta maior rodovia do País, a BR 153, que é hoje a principal ligação rodoviária entre o Meio-Norte do Brasil e o Centro-Sul, o que a torna um importante canal de escoamento da produção. Está também a pouco mais de 50 quilômetros de Anápolis, o que a conecta com a Ferrovia Norte-Sul e 1.537 quilômetros de ferrovias já em operação.Goiás está a uma hora de voo dos principais polos de consumo e populacional do País, que compõem 65% do PIB nacional. Mesmo as regiões consideradas mais distantes, como os extremos norte e sul do Brasil e alguns estados do nordeste, não estão mais do que quatro horas de voo de distância do território goiano. Assim, percebe-se que Goiás está não só no coração do Brasil, mas também na rota de um grande crescimento econômico, vindo de sua natural e pujante vocação para a logística e a indústria.*Rodrigo Neiva é incorporador e sócio-empreendedor do Antares Polo Aeronáutico
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