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Espetáculo inéditos marcam a 26ª edição do Sonora Brasil

A 26ª edição do Sonora Brasil começa a circular pelo país, simultaneamente, nas regiões Nordeste e Sul, em agosto. Promovido pelo Sesc com objetivo de apresentar programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira, o projeto traz no biênio 2024-2025 shows inéditos, criados a partir da mistura de diferentes ritmos e vivências de artistas de diversas gerações, de acordo com o tema “Encontros, tempos e territórios”.

Este ano, o lançamento oficial do projeto acontece em Garanhuns (Pernambuco), no dia 17 de agosto, com show dos pernambucanos Mãe Beth de Oxum, Surana Ramos e Henrique Albino, que integram o circuito Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Também percorrerão as regiões este ano outros quatro grupos. Do Mato Grosso do Sul, Marcelo Loureiro e Geraldo Espindola trazem a combinação de diferentes gêneros musicais, como clássico e flamenco, além de influências do folclore latino, valorizando os diversos estilos musicais do cerrado como guarânias e chamamés. Os catarinenses Ana Paula da Silva e Seu Risca destacam a riqueza da música afro-brasileira de Santa Catarina. Os paraenses Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro apresentam a fusão de ritmos amazônicos, como a guitarrada, a lambada e o carimbo, à música eletrônica e pop. De Minas Gerais, Douglas Din e Mestre Negoativo mostram a força do rap e da música de matriz-africana.

 

Em paralelo, acontece em Porto Alegre (RS) um festival entre os dias 14 e 18 de agosto com os grupos do circuito Sul e Sudeste. A programação inicia com a dupla alagoana Chau do Pife e Andréa Lais, com um espetáculo que traz toda a tradição do pife na música nordestina aliado a juventude e a forte influência da MPB. De Brasília, o experiente violonista de 7 cordas Fernando César, herdeiro de uma geração de Chorões que migraram para Brasília nos anos 1960, se apresenta acompanhado do jovem Tiago Tunes do bandolim. Os gaúchos também terão a oportunidade de conhecer a MPBera, movimento identitário rondoniense que revaloriza a identidade ribeirinha, apresentado por Bado, cantor e compositor de MPB referência em Rondônia e a Banda Quilomboclada. 

De Paranaguá (PR), o mestre da cultura caiçara Zeca da Rabeca, brincante e construtor de instrumentos, se une a curitibana artista da voz, carnavalesca, performer, figurinista e arte educadora, Melina Mulazani. E fechando o festival, o compositor Charlles André, referência do samba e pagode dos anos 1990, se une a cantora e compositora fluminense Luciane Dom, da nova geração, mostrando esta parte importante da cena musical carioca.

 

Mais de 200 shows em todas as regiões do país

O biênio 2024-2025 terá a participação de 10 grupos: cinco circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No total, serão realizados 34 Festivais e mais de 200 shows em 59 cidades do país. Os artistas desta edição uniram suas diferentes vivências – seja em relação ao lugar onde vivem ou às diferentes gerações das quais cada um faz parte – para produzirem um espetáculo absolutamente inédito. 

“A nova edição do Sonora Brasil busca destacar o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, diversidade e memórias por meio do encontro entre artistas de diferentes gerações e regiões. A ideia é que esses encontros mostrem a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas de diferentes movimentos da música popular brasileira. O Sesc se orgulha de potencializar as produções artísticas de forma nacional por meio desses circuitos itinerantes, dando visibilidade aos artistas e livre acesso ao público”, afirma a Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc, Janaina Cunha. 

Conheça os grupos participantes do Sonora Brasil 2024-2025: 

REGIÃO NORTE 

Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro

Os artistas paraenses, respectivamente pai e filho, trazem a fusão de ritmos amazônicos como guitarrada, lambada, carimbó à música eletrônica e pop. 

Bado, Quilomboclada e Sandra Braids

O Show promove o encontro de três artistas de Rondônia Bado, cantor, compositor e instrumentista, banda Quilomboclada que traz em sua bagagem a “pancada” como resistência sonora em defesa do território e da identidade local beradeira e ribeirinha e a rapper Sandra Braids. 

REGIÃO NORDESTE 

Chau do Pife e Andréa Laís

Chau do Pife, músico referência no instrumento musical que leva em seu nome e patrimônio vivo da cultura alagoana, se une a Andréa Laís, cantora com forte influência dos grandes nomes da música popular brasileira. 

Mãe Beth de Oxum & Surama e Henrique

A Ialorixá, percussionista, ativista e comunicadora Mãe Beth de Oxum se une ao Duo SH, formado pelo arranjador e multi-instrumentista Henrique Albino referência da nova geração do frevo pernambucano e a cantora Surama Ramos, que transita pelo canto lírico e popular, para criarem um espetáculo inédito. 

REGIÃO CENTRO-OESTE 

Geraldo Espindola e Marcelo Loureiro

Os sul-mato-grossenses, Geraldo Espindola, cantor e compositor de notoriedade nos Festivais da Canção, se une ao multi-instrumentista Marcelo Loureiro, que com estilo único mescla diferentes formações clássicas, flamenco e influências do folclore latino, trazendo a música do cerrado entre guarânias e chamamés, a renovada alma pantaneira. 

Fernando César e Tiago Tunes

De Brasília, o experiente violonista de 7 cordas Fernando César, herdeiro de uma geração de Chorões que migraram para Brasília nos anos 60 e implantaram uma rica tradição do Choro na capital do Brasil, se une ao jovem Tiago Tunes do bandolim para mostrarem a tradição e renovação do Choro e a força deste gênero musical instrumental tão importante para a história da música brasileira. 

REGIÃO SUDESTE 

Charlles André e Luciane Dom

O carioca e renomado compositor Charlles André, referência do samba e pagode dos anos 1990 com mais de 200 composições gravadas por diversos grupos de pagode e participação em dezenas de álbuns, se une a cantora e compositora fluminense Luciane Dom, da nova geração, para mostrar uma mistura de pagode com temas relacionados à história e à arte em suas canções, mesclando influências do reggae. 

Mestre Negoativo e Douglas Din

Os mineiros Mestre Negoativo, ativista cultural e pesquisador das tradições Afro-Mineiras e Douglas Din, um dos grandes MCs brasileiros da atualidade, mostram a força do rap e da musicalidade de matriz-africana.  

REGIÃO SUL 

Seu Risca e Ana Paula da Silva

O quilombola mestre de Catumbi, Seu Risca, e a premiada pesquisadora e cantora Ana Paula da Silva, irão mostrar a riqueza da música afro-brasileira de Santa Catarina. 

Zeca da Rabeca e Melina Mulazani

De Paranaguá, o mestre da cultura caiçara Zeca da Rabeca, brincante e construtor de instrumentos, se une a curitibana artista da voz, carnavalesca, performer, figurinista e arte educadora, Melina Mulazani para mostrar a tradição do fandango e da cultura caiçara.

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