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Favela Sounds e British Council apresentam formação inédita para DJs e produtores musicais em fevereiro



O British Council se juntou ao Favela Sounds, maior festival de cultura periférica do Brasil, para apresentar o Afrobeat LAB, uma jornada inédita de formação para DJs e produtores musicais conduzida pelo produtor musical baiano Felipe Pomar, a DJ anglo-nigeriana Kem Kem e o pesquisador, escritor e antropólogo, Dennis Novaes. A atividade acontece entre 10 e 14 de fevereiro no Centro Cultural SESI Taguatinga, e no dia 15 no CCBB Brasília, com inscrições gratuitas abertas até o dia 4 de fevereiro pelo link.

Inspirado no aumento do interesse em música eletrônica nigeriana (e africana em geral) no Brasil, que ganhou o mundo nas vozes de artistas como Wizkid, Tiwa Savage, Davido ou Burna Boy, Afrobeat LAB aproxima as ruas e pistas de dança do Brasil, Reino Unido e Nigéria através da musicalidade contemporânea destes países. Com cinco aulas e uma apresentação final, a jornada tem momentos teóricos e práticos, e é voltada para DJs e produtores que botam som e pretendem desenvolver seus próprios beats e aprimorar seus conhecimentos de mixagem, de criação e produção musical.

Na abertura, o escritor e antropólogo Dennis Novaes ministra uma aula sobre “Afrobeats e a diáspora: o lugar da música eletrônica nigeriana nas pistas do mundo e a relação com a música brasileira”. Na sequência, o produtor musical Felipe Pomar apresenta as aulas “Produção musical com baixo orçamento: aprenda a criar faixas pra fazer o povo dançar” e “Criação de beats afrodiaspóricos: o tamborzão que aproxima Brasil, Nigéria e Reino Unido”. 

A DJ Kem Kem chega para a quarta aula “Tocando e mixando afrobeats, ou como se tornar um afro-global-DJ” e todos os facilitadores colaboram na cocriação de uma faixa autoral que une afrobeat e música de pista do Brasil, apresentada como ação de encerramento do LAB no dia 15 de fevereiro, durante o set da DJ Kem Kem para a programação do festival Favela Sounds, no CCBB Brasília. 

O estilo afrobeat de Fela Kuti e Tony Allen, fusão do jazz, do funk e da música iorubá que tanto impressionou o mundo nos anos 1960, foi semente para o que se construiu na mesma Nigéria, décadas depois, no cenário eletrônico. Nos anos 2000 um conjunto de artistas daquele país torna a chamar de afrobeat a música popular das ruas de Lagos, de batidas acentuadas e vozes sintetizadas. Essa cena transborda a Nigéria, depois o continente africano, e chega ao mundo com talentos presentes nas listas globais de mais ouvidos, e através do trabalho de DJs como Kem Kem, que difundem o estilo mundo afora. 

Confira as aulas ministradas

10/02 – Aula 1 – Afrobeats e a diáspora: o lugar da música eletrônica nigeriana nas pistas do mundo e a relação com a música brasileira 

11/02 – Aula 2 – Produção musical com baixo orçamento: aprenda a criar faixas pra fazer o povo dançar 

12/02 – Aula 3 – Criação de beats afrodiaspóricos: o tamborzão que aproxima Brasil, Nigéria e Reino Unido

13/02 – Aula 4 – Tocando e mixando afrobeats, ou como se tornar um afro-global-DJ

14/02 – Aula 5 – Cocriação de faixa coletiva unindo afrobeat e música de pista do Brasil Mini bios dos facilitadores 

Dennis Novaes é escritor e antropólogo. Sua produção acadêmica e cultural envolve temas como arte periférica, tecnologia e diáspora africana. Novaes é co-idealizador do Favela Sounds e há quase uma década tem trabalhado em projetos do festival, como o Mapa da Criatividade Periférica do Brasil. Atuou como pesquisador na série documental “Favela.doc”, dirigida por Viviane Ferreira, e no filme "Massa Funkeira", dirigido por Ana Rieper. Também é idealizador, roteirista e apresentador do podcast “Do Soul ao 150”, que apresenta um passeio pela história do funk, entrevistando artistas e pesquisadores. Atualmente é pós-doutorando no Museu Nacional da UFRJ.

DJ Kem Kem é Olukemi Lijadu, uma artista contemporânea, DJ de afrobeat e produtora musical de heranças nigerianas, caribenhas e brasileiras. Bacharel e mestra em filosofia pela Universidade de Stanford, Kem Kem já se apresentou como DJ em várias cidades, de Tóquio a Bruxelas, de Nairóbi a Nova York, abrindo shows de artistas como Tems, Skepta e Princess Nokia, e participou de projetos como Boiler Room, NTS Radio e a Bienal de Veneza. Kem Kem já produziu faixas musicais para instituições artísticas de prestígio, como o Tate Britain Museum e a Nigeria Imaginary, e atualmente pesquisa as conexões entre a house music de Chicago e a música da África Ocidental. 


Felipe Pomar é fundador do selo independente baiano Subterrâneo Records, estabelecido em 2003. Colaborou com os artistas sul-africanos Morena Leraba, Farnell Newton e DJ Spoko, a nova-iorquina Reddaughter e os brasileiros BaianaSystem, Leticia Letrux, Adriana Calcanhoto, Keila, Livia Nery, entre muitos outros. Entre seus projetos mais recentes estão o EP "BAFRO" do TrapFunk&Alívio, MOMA, produzido junto à Dreamville Records (EUA) e o EP "Infinito - Lá Eles", disponibilizado pelo Free Music Archive Library e utilizado em sincronização para VIMEO.


Serviço – Afrobeat LAB 

Data: 10 a 14 de fevereiro de 2025 

Horário: 14h30 às 17h30 Local: Centro Cultural SESI Taguatinga 

Inscrições gratuitas no link: https://forms.gle/R7bNRk9H1HPvTd459 

Classificação indicativa: 16 anos


DJ Set Kem Kem no Favela Sounds

Data: 15 de fevereiro de 2025 

Horário: 18hLocal: CCBB – Centro Cultural Banco do Brasília 

Entrada franca

Classificação indicativa: 18 anos 


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