General Motors demite trabalhadores da fábrica de São José dos Campos
A General Motors iniciou, nesta quinta-feira (2), o envio de telegramas para demissão de trabalhadores que estão em licença remunerada. A montadora não informou o número de cortes, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região estima que sejam cerca de 50 funcionários.
O envio de telegramas acontece um dia antes do fim do período de estabilidade no emprego, previsto no acordo assinado pela GM e aprovado em assembleia dos metalúrgicos, em novembro de 2023.
O acordo foi aprovado após 17 dias de greve contra 1.244 demissões realizadas pela GM nas fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.
Como resultado da mobilização, as demissões arbitrárias foram substituídas pela abertura de Programa de Demissão Voluntária (PDV), com 696 adesões em São José dos Campos. Além disso, 140 funcionários da cidade foram colocados em licença remunerada, com estabilidade no emprego até 3 de maio de 2024. Os cortes anunciados pela GM abrangem parte desses trabalhadores.
“O Sindicato é contra qualquer demissão. Como a maioria aderiu ao PDV aberto em dezembro, a GM já aplicou a reestruturação pretendida. Esses postos de trabalho que ela está fechando agora poderiam, sim, ser mantidos. As demissões vão na contramão do anúncio de novos investimentos feito recentemente pela montadora”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.
A GM de São José dos Campos emprega cerca de 3.200 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.
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