Marco Legal do Saneamento exigirá investimentos de até R$ 700 bilhões
- Rodrigo Carvalho
- 22 de ago. de 2022
- 2 min de leitura

Após dois anos da publicação das diretrizes para o Novo Marco do Saneamento, fica a dúvida: como alcançar metas tão urgentes e ao mesmo tempo tão ousadas? O objetivo é garantir água tratada para 99% da população brasileira e que 90% tenham acesso à coleta e tratamento de esgoto até 2033. No entanto, os investimentos necessários para isso, estimados em R$ 400 bilhões em 2020, já foram corrigidos para R$ 700 bilhões. Como garantir o melhor custo benefício em vista de um montante tão expressivo?
Uma das respostas da indústria do tratamento de água é que sejam priorizados equipamentos que não exijam manutenção tão cedo, com alta durabilidade para evitar perdas por problemas operacionais. Ou seja: a ideia é barrar materiais impróprios ou de baixa qualidade, que prejudiquem o alcance das metas, seja em novas plantas de tratamento de água ou na privatização das concessões.
Quando pensamos numa estação de tratamento de água ou esgoto, vemos volumes de negócio muito elevados, com quilômetros de tubulações, válvulas, medidores de vazão, entre outras peças. Isso representa oportunidade comercial para o setor empresarial, mas também uma urgência sanitária e econômica do país – estudos apontam que a universalização do saneamento básico no Brasil geraria uma economia anual de R$ 1,4 bilhão em gastos na área de saúde.
São investimentos destinados a durar décadas, pois as concessões visam um horizonte de 30 a 35 anos, ou seja, tempo demais para se utilizar material de baixa qualidade.
O apelo da indústria é o de fazer as coisas bem feitas. Um projeto inicial bem estruturado, um orçamento realista de todas as peças a serem incluídas e, principalmente, uma montagem que siga as instruções do fabricante – pois é surpreendente o volume de dinheiro que se perde em manutenções decorridas da má instalação.
É importante lembrar que cada perfil industrial requer um tipo de planejamento de atualizações e trocas. Isso porque a má manutenção pode gerar falhas ou a própria quebra dos equipamentos.
Sem contar que os impactos de um trabalho mal feito podem se estender para o meio ambiente e colaboradores da empresa. Além disso, estabelecer uma comunicação assertiva e levar a sério as recomendações dos profissionais da área traz segurança e tranquilidade para o processo produtivo.
Diante disso, o convite que fica é o seguinte: vamos aplicar bem nosso dinheiro e levar o direito da água encanada a todos os brasileiros?
*Mateus Souza, gerente geral de vendas da área industrial da GEMÜ do Brasil.
Sobre a GEMÜ - A filial da multinacional alemã criada por Fritz Müller na década de 1960 disponibiliza ao mercado brasileiro válvulas de extrema eficiência e qualidade. A planta situada em São José dos Pinhais (PR), que conta com 100 colaboradores e soma mais de 40 anos no Brasil, produz válvulas e acessórios para o tratamento de água e efluentes em indústrias de todas as áreas, como siderurgia, mineração e fertilizantes, bem como para integrar sistemas de geração de energia. Na área de PFB (farmacêutica, alimentícia e biotecnologia), a GEMÜ é líder mundial e vende para toda a América Latina produtos de alta precisão, com atendimento local, além de consultoria com profissionais capazes de orientar na escolha da melhor solução em válvulas para cada aplicação. Mais informações: https://www.gemu-group.com/pt_BR/
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