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Na programação da Semana Universitária da UnB, os livros fazem a festa

Mais um lançamento de livros marca presença na Semana Universitária da UnB, que este ano tem o tema “O mundo em nós”. Desta vez, trata-se de parceria entre o Decanato de Ensino de Graduação e a Editora UnB, por meio de Edital que elegeu os livros a serem publicados em formato digital e que podem ser acessados pelo Portal Digital de Livros da UnB.

O evento será no dia 05/11, terça-feira, às 17h, no Auditório da Reitoria, com a presença da professora Márcia Abrahão, reitora da UnB; da professora Germana Henriques Pereira, diretora da Editora UnB; do professor Diêgo Madureira, decano de Ensino de Graduação; da professora Maria Emília, decana do Decanato de Pesquisa e Inovação.

Os livros:

Alimentos: dos in natura aos processados, de Wilma Maria Coelho Araújo - é uma publicação inédita, que descreve a evolução dos alimentos in natura, daqueles processados empiricamente até os industrializados. Trata da classificação dos alimentos a partir das premissas dispostas na literatura científica da área de Ciência e Tecnologia de Alimentos (C&TA). Além disso, visa complementar de forma integrada os conhecimentos adquiridos pelos discentes em disciplinas, obrigatórias e optativas, relacionadas ao tema. Como área multidisciplinar, a C&TA contribui com conhecimentos fundamentais para a formação dos futuros profissionais que terão o alimento como matéria-prima do seu trabalho. São informações importantes para graduandos, pós-graduandos, profissionais vinculados ou não à área e demais interessados no assunto. O texto está dividido em cinco partes que descrevem aspectos sobre a evolução dos processos artesanais, a inclusão do conhecimento científico, a constituição do Codex Alimentarius e os critérios para classificar os alimentos, além de discutir o que são alimentos processados e alimentos industrializados e como o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definem e regulamentam os alimentos in natura, minimamente processados, processados e industrializados.

Literaturas de resistência e tradução, de Norma Diana Hamilton - A literatura de resistência se distingue por sua representação da denúncia contra a opressão. Dessa forma, ela apresenta dupla dimensão: a estética, que mantém a qualidade da literariedade, do belo; e o engajamento social, que instiga reflexões sobre a interação humana e o impacto dos fenômenos do mundo no indivíduo e no coletivo. Em relação à segunda dimensão, a produção literária pode funcionar como um meio de ativismo, pois pode contribuir para a conscientização e a sensibilização de um povo... O leitor é convidado a contribuir para a construção de sentidos referentes às literaturas de resistência. Por essa razão, incluímos perguntas voltadas à reflexão, no fim de cada capítulo.

 

Licenciaturas na Universidade de Brasília: avanços, desafios e perspectivas, de Marcelo Pinheiro Cigales - O livro reúne um conjunto de textos que evidenciam aspectos políticos, acadêmicos, científicos e educacionais sobre a formação de professores na UnB. Historicamente, as licenciaturas se constituíram como um espaço de menor prestígio no campo acadêmico brasileiro, mas nas últimas décadas, a institucionalização das Diretrizes Curriculares Nacionais da Formação de Professores, a regulamentação dos estágios obrigatórios supervisionados e o investimento das políticas educacionais voltadas à formação inicial de professores acarretaram mudanças significativas na forma de conceber esses cursos no país. Como instituição pioneira, a UnB vem se redesenhando institucionalmente para valorizar e dar visibilidade aos cursos de formação docente, tendo criado em 2021 uma Diretoria de Planejamento e Acompanhamento das Licenciaturas, vinculada ao Decanato de Ensino de Graduação. Além de abordar os aspectos históricos da gestão educacional, responsável por integrar os 24 cursos de licenciatura e suas 41 habilitações, a obra destaca alguns projetos desenvolvidos junto ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e Programa de Residência Pedagógica (PRP), assim como da trajetória das licenciaturas de Ciências Naturais, Letras/Japonês e Educação do Campo. A obra é um convite para refletirmos sobre diferentes ângulos, os avanços, os desafios e as perspectivas dos cursos de formação de professores na UnB.

Reflexivo e Criativo: crônicas de um estudante de engenharia, de Rafael Amaral Shayani - Este curto livro de ficção realista visa abordar, de forma descontraída, as características e competências de engenharia que cada aluno deve desenvolver no decorrer de seu curso de graduação. O personagem principal, Rafi, é um estudante de engenharia que está cursando uma disciplina na qual o professor utiliza metodologia de aprendizagem ativa baseada em projeto. Os requisitos do projeto que cada aluno deve elaborar são: atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com especial atenção ao combate às mudanças climáticas, e estar diretamente relacionado com a teoria apresentada na disciplina. Acostumado a resolver provas em que todas as informações necessárias estão no enunciado, Rafi precisará sair de sua zona de conforto para conceber um projeto de engenharia capaz de impactar a vida de milhões de pessoas. É importante que cada estudante conheça e reflita sobre as características e competências que definem o que é ser engenheiro, para poder aproveitar ao máximo cada uma das disciplinas do curso. Os diversos pontos apresentados pelo personagem do livro visam estimular reflexões em cada um dos leitores, para que possam melhor entender o potencial que a engenharia oferece, e que possam se motivar cada vez mais aos estudos ao perceber como, por meio do conhecimento de engenharia, é possível contribuir para um mundo mais justo, sustentável e pacífico.

Se o mundo vai acabar, porque deveríamos reagir? A agenda da Educação Ambiental no limiar do Colapso Ambiental, de Phillipe Pomier Layrargues - A colapsologia é um campo da ciência interdisciplinar que se constituiu recentemente, com a constatação de que o estado de emergência climática que se instalou na modernidade tardia representa o limiar inicial do colapso ambiental – o ameaçador acontecimento que evoca a tragédia do fim do mundo. Sabe-se que o planeta está enfrentando uma severa instabilidade climática e que os limiares de sustentação da vida na ecosfera estão sendo perigosamente afetados. Porém, não se sabe nada sobre o sombrio porvir humano advindo da ecocatástrofe, inscrita na incerteza desse fenômeno tão complexo. O Antropoceno é um símbolo que nos lança rumo a um futuro impensável e que povoa nosso imaginário com diferentes cenários desse inusitado fim do mundo, dos mais brandos aos mais dramáticos. Este livro efetua uma ecologia política da colapsologia, que, atravessada pela Análise Crítica de Discurso foucaultiana, contribui com o desvelamento das relações de poder no território da sociedade disciplinar, em disputa pela hegemonia ecopolítica do saber-poder colapsista. No centro do embate ideológico, reside a formação do imaginário desse futuro desconhecido: é a concepção do fim do mundo que está sendo disputada, no esforço de neutralização do poder revolucionário do ambientalismo radical, para manter a ordem social inalterada. E o currículo da educação ambiental desempenha um papel estratégico nesta relação de poder simbólico, ao atribuir sentidos à ecocatástrofe, que podem ou não ser reprodutivistas.

Jeitinho Brasileiro: as bases psicológicas de um fenômeno cultural, de Ronaldo Pilati - O que é o jeitinho brasileiro? É possível explicar esse fenômeno cultural por meio da psicologia? Esse livro traz um olhar distinto e novo, juntando a visão de um alemão morando no Brasil com o olhar de um brasileiro com experiência no exterior. Os autores apresentam os fundamentos psicológicos do jeitinho dialogando entre a visão local do brasileiro com a visão global por meio da ciência moderna, iluminando uma síndrome cultural complexa, criativa e polêmica. Os fundamentos psicológicos foram desenvolvidos ao longo de mais de quinze anos de estudos realizados pelos autores do livro, resumindo de uma forma acessível dezenas de projetos de pesquisa executados ao longo dos anos. O livro inicia com exemplos de fura-filas da vacina contra a covid-19, as visões do jeitinho dentro na música e na literatura e breve descrição dos estudos das ciências sociais sobre o jeitinho. A seguir, apresenta-se a abordagem científica dos estudos sobre as bases psicológicas do jeitinho e traços de personalidade e valores como elementos estruturantes dos diferentes tipos de jeitinho. Em resumo, convidamos o leitor a conhecer as bases psicológicas do jeitinho e por meio desse conhecimento mostrar como cada cidadão pode lidar mais efetivamente com os dilemas e situações com as quais os brasileiros se deparam em sua interação cotidiana com outras pessoas. Nosso enfoque é apontar que uma melhor compreensão, a partir de uma perspectiva científica de uma síndrome cultural como o jeitinho, é um caminho eficaz para promover uma sociedade melhor.

DPI/DPG - Interfaces em Psicanálise: Subjetivações e Cultura, de Daniela Scheinkman - O livro surge do trabalho de pesquisa do Laboratório de Psicanálise e Subjetivação do PPG-PsiCC da UnB, que culmina no desejo de aprofundar na leitura psicanalítica contemporânea do sofrimento psíquico. O discurso analítico toma a linguagem como possibilidade de construção de novas narrativas e tem como compromisso ético-político transmitir e promover debates sobre o mal-estar na atualidade. O livro divide-se em cinco eixos-temáticos: “Psicanálise e parentalidade”: abordamos a elaboração psíquica e a construção de estratégias dadas pelas mulheres, uma a uma, frente à maternidade, além de costurar a concepção da parentalidade à clínica analítica; “Psicanálise e relações raciais”: propomos pesquisas sobre o sofrimento sociopolítico e suas consequências para a subjetividade dos sujeitos negros; “Psicanálise, arte, literatura e cultura”: trabalhamos a articulação entre psicanálise e arte, pensando a arte estruturada como uma linguagem do inconsciente, este, por sua vez, também estruturado como uma linguagem; “Psicanálise e trabalho feminino”: busca-se promover reflexões referentes à associação da subjetividade com as relações de gênero e trabalho, além de construir paradigmas que repensem as relações de trabalho e feminilidade; “Psicanálise extramuros/políticas públicas”: destaca-se a presença do psicanalista em espaços antes não pensados e que permitem a abertura de dispositivos clínicos adequados ao contexto social e às políticas públicas.


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