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Pé Vermelho –Espaço Contemporâneo apresenta: Exúvia | Obras de Alice Yura (MS), Isadora Jochims (DF) e Likidah (DF) | Curadoria deGisele Lima e equipe Pé Vermelho


Encerrando o projeto Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções, no dia 8 de junho, sábado, a partir das 17h, o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo apresenta a mostra “Exúvia”, com obras em arte têxtil, fotografia e objetos das artistas visuais Alice Yura (MS), Isadora Jochims (DF) e Likidah (DF) e curadoria de Gisele Lima e da equipe do Pé Vermelho. No dia da abertura, às 18h, acontece a palestra “A margem no centro”, com a participação das artistas e da equipe de curadoria. A mostra fica em cartaz até o dia 20 de julho, com visitação de quinta a sábado, das 17h às 21h. O espaço solicita agendamento pelo e-mail pevermelho@pevermelho.art. O projeto é realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo fica na Avenida 13 de maio, Quadra 57, Lote 6 – Setor Tradicional, Planaltina – DF. No Instagram e no Facebook @pervermelhoec.

 

Gisele Lima, curadora convidada para o projeto Contraêxodo, ressalta que em todo o processo de curadoria das exposições parte de um estudo e dedicação prévio e contínuo, onde o mapeamento da cena artística da RIDE DF é constantemente observado e investigado. Para compor a exposição, esse olhar é provocado pela produção de artistas não-sudestinos de destaque nacional e internacional, convidados a participar da exposição.

 

As três artistas que participam desta última etapa do projeto “Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções” abordam questões de gênero, visões políticas sobre nossa sociedade atual e investigam o corpo. Pensando nesse corpo que transmuta, se atualiza, deu-se o nome de exúvia que é um dos nomes possíveis para a pele descartada pela cobra após a sua troca. “Completando o ciclo de quatro exposições: Bença, Encruzilhada, Chão e Exúvia são títulos que apresentam essas produções sob ótica local, com elementos e vocabulário que são caros ao interior do Brasil e ao nosso Cerrado”, diz a curadora.

 

Na mostra “Exúvia”, a artista convidada é Alice Yura, de origem nipo-caipira, nascida em Aparecida do Taboado, no interior do Mato Grosso do Sul. Mulher trans que encontra na arte um abrigo e um lugar para lutar. A artista se interessa pelas relações e os processos de arte e vida, afetos, encontros e, como isso está intimamente ligado à política, à cultura, à biologia, ao corpo e à nossa formação de identidade e alteridade.

 

O trabalho de Alice Yura, portanto, trata muito do corpo, corpo-político e tem como suporte a performance. É a partir desses pontos que a curadoria escolheu os trabalhos das artistas locais Isadora Jochims e Likidah. “Isadora que recentemente tem abordado em seus trabalhos uma reflexão sobre o corpo que gesta e pari, pela performance e construção de objetos, e Likidah que por meio da performance e da instalação investiga relações de um corpo negro não binário e sua ancestralidade e as suas possibilidades”, afirma Gisele.

 

Sobre as artistas

Alice Yura tem origem nipo-caipira, nascida em fevereiro de 1990, em Aparecida do Taboado, no interior do Mato Grosso do Sul. Mulher trans que encontra na arte um abrigo e um lugar para lutar. Se interessa pelas relações e os processos de arte e vida, afetos, encontros e, como isso está intimamente ligado à política, cultura, biologia, ao corpo e a nossa formação de identidade e alteridade.

 

Isadora Jochims, nascida em Goiânia (1985) e residente em Brasília há 10 anos, é Reumatologista, artista visual transdisciplinar. A pandemia provocou tensionamentos nas suas relações com instituições de saúde e médicas, o que a levou a investigar as relações de poder e violência no vínculo médico-paciente, instituições de saúde e narrativas científicas.

 

Likidah, 25 anos, é uma pessoa não binária nascida e criada no Distrito Federal. Graduado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) em 2018, estudou o processo criativo como prática de vida e ciência encantada. Suas principais linguagens são a performance e suas variações digitais, instalação e intervenção. Busca construir imagens, ações e movimentos que anunciem liberdades identitárias diversificadas, entendendo as Artes como a linguagem em que é possível construir pontes para o estabelecimento de relações entre existências humanas, não-humanas, pós-humanas e ancestrais dentro de uma noção de tempo espiralado.

 

Sobre Gisele Lima

Bacharela em Teoria, crítica e história da arte pela Universidade de Brasília, Gisele Lima desenvolve pesquisas que investigam processos de criação, do fazer, do trabalho artístico, da produção cultural e da curadoria desde 2013. Se mantém plural e versátil na missão de fazer acontecer eventos de arte apesar dos pesares. Em 2019 se tornou gestora do ecossistema de arte e galeria-escola A Pilastra que tem como foco a democratização da arte e seus acessos, a formação e fomento de artistas e agentes culturais dissidentes. Foi cocuradora da mostra Triangular – Arte deste século (2019/2020), realizada na Casa Niemeyer – UnB, melhor exposição coletiva institucional pela revista Select (2019); curadora convidada da 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba com a mostra Contraforte (2019) e Ganhadora do primeiro edital de curadoria da Galeria OMA (2018), São Bernardo do Campo – SP, com a mostra Métrica realizada no mesmo ano.

 

Sobre o projeto

Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de inserções” promoverá quatro ciclos de exposições e palestras que reúnem artistas não-sudestinos com experiências de sucesso em circulação nacional e internacional junto à artistas locais, estimulando trocas, encontros e debates sobre arte contemporânea, estratégias de inserção e circulação. O projeto propõe um outro movimento ao constante deslocamento de artistas, público e obras para os centros hegemônicos da arte. Ao trazer artistas de outros estados que estão em etapas diferentes de consolidação de suas carreiras para a periferia do Distrito Federal, centro excêntrico do Brasil, o projeto propõe fortalecer outros caminhos ao possibilitar o acesso presencial à produção e pensamento contemporâneo nas artes visuais a um público que, quando pode, precisa transpor barreiras geográficas continentais, sociais e digitais para ter contato com obras e artistas consagrados. Do mesmo modo, o projeto visa o estímulo à formação de artistas locais que possuem poucas oportunidades de estabelecer trocas com uma rede de artistas e curadores de ampla circulação, justamente pela distância destes centros hegemônicos.

 

O projeto começou em novembro de 2023 com a mostra “Bença”, com Dalton Paula, Bárbara Passos e Lua Cavalcante; seguido de “Encruzilhada”, com obras de AYA (DF), Marcone Moreira (PA) e Shevan (DF); e de “Chão”, com Obras de Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF). Cada exposição tem duração aproximada de 45 dias.

 

Sobre o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo

O Pé Vermelho é um espaço de formação, produção e promoção de artes, com foco na produção de não sudestinos e cerratenses. Pensando estratégias de inserção e circulação, acompanhamento e discussão dessa produção, fortalecimento e profissionalização de cada artista, o espaço Pé Vermelho surge com a proposta de formação de artistas em situações periféricas, na dilatação, impulsionamento e compartilhamento dos canais que os membros mais inseridos têm com os artistas que estão tanto no início, quanto em novos pontos de partida em suas trajetórias. O espaço ocupa um terreno em frente a praça da igrejinha São Sebastião, da histórica Planaltina, cidade centenária da periferia de Brasília, que se encontra aqui há 150 anos, desde antes da fundação do monumento moderno, quando ainda era Goiás.

 

Este é o segundo projeto do Pé Vermelho - Espaço Contemporâneo realizado com o recurso do (FAC-DF). Em concomitância com iniciativas já existentes em Planaltina (DF), como o Salão Mestre D ́Armas e o Festival Cerratense, o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo pretende contribuir para inserir Planaltina definitivamente no cenário das Artes Visuais Contemporânea do Brasil, a exemplo do que aconteceu com a cidade de Anápolis (GO) a partir do Salão Anapolino e as ações advindas deste. Todas as atividades são gratuitas e presenciais.

 

Serviço:

Exúvia

Arte têxtil, fotografia, objeto

Obras de | Alice Yura (MS), Isadora Jochims (DF) e Likidah (DF)

Curadoria | Gisele Lima e equipe do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo

Exposição 4 do projeto Temporada de Exposições | Contraêxodo: Estratégias de inserções

Abertura | 08/06, às 17h

Onde | Pé Vermelho - Espaço Contemporâneo

              Av. 13 de maio, quadra 57 lote 6 - Praça São Sebastião

              Planaltina-DF

Visitação | Até 20/07

                    De quinta a sábado, das 17h às 21h

 

Palestra | A margem no centro

Com a participação das artistas da mostra “Exúvia”

Quando | 08/06 às 18h

Entrada | Gratuita

Classificação indicativa | Livre para todos os públicos

Instagram | @pevermelhoec

Facebook |  pevermelhoec


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