Pesquisa aponta que o preço médio da refeição completa para o trabalhador brasileiro ultrapassa os R$ 50,00
- Rodrigo Carvalho

- 6 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
O preço médio da refeição completa fora do domicílio ultrapassou R$ 50,00 no Brasil, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O valor médio da refeição completa para o trabalhador que se alimenta fora do ficou em R$ 51,61, 10,8% maior do que em 2023, mantendo-se entre R$ 45,00 e R$ 50,00 em todas as regiões, à exceção da região Sudeste que apresentou o maior valor, de R$ 54,54.Refeição completa - O estudo considera refeição completa a composta por um prato acompanhado de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho. O preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.
Resultados da pesquisa - No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado.Benefício melhora a alimentação – Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), na medida em que propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional.
A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do PAT como programa social, sendo o mais importante para o trabalhador brasileiro.Os valores dos preços médios da refeição completa e as respectivas variações por região estão a seguir:Tabela 1: Preço médio da refeição completa por Região
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Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.
Tabela 2: Preço médio da refeição completa
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Custo mínimo – A pesquisa aponta também o custo mínimo de uma refeição básica, no valor de R$ 31,00, caso o trabalhador opte pelo chamado “prato-feito” apenas com arroz, feijão, uma proteína, suco ou uma fruta.
Em comparação ao ano passado, o aumento no preço da refeição básica foi de 4,7%, próximo ao IPCA do IBGE dos últimos 12 meses, que ficou em 4,3% no acumulado até junho. O custo do “prato feito” varia conforme a região, sendo maior no Sudeste e no Sul, e menor no Norte.
Tabela 3: “Prato-feito” média Brasil
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Tabela 4: Preço médio da refeição completa nas capitais brasileiras
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Impacto de 36% sobre os salários – A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos brasileiros, que segundo o IBGE estava em R$ 3.123,00 no primeiro trimestre deste ano.
Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês com o “prato feito”, o trabalhador precisaria de R$ 678,00, equivalente a 21,7% do salário médio estimado pelo IBGE. Porém, se o trabalhador optar por uma refeição comercial completa o valor sobe para R$ 823,68, com impacto de 26,4% no salário médio do trabalhador. Considerando o preço médio da refeição completa nas quatro categorias pesquisadas, o valor aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.
Metodologia – O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado.
Sobre o PAT – O Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é um programa governamental de caráter social, criado em 1976 pela Lei nº 6.321, sendo considerado um dos mais bem-sucedidos e consolidados do mundo. As empresas que aderem ao PAT obtêm o direito à isenção de encargos sociais (trabalhistas e previdenciários) e dedução fiscal.
O objetivo é melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, o que repercute de maneira positiva na qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade.
Atualmente o PAT beneficia mais de 22 milhões de trabalhadores de aproximadamente 300 mil empresas. Uma rede conveniada de aproximadamente 1 milhão de estabelecimentos comerciais em todo o Brasil atende aos trabalhadores beneficiados.








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