Sancionada nova lei que restringe o uso de celulares em escolas para alunos da educação infantil, fundamental e médio
Foi sancionada nesta segunda-feira (13/1), a nova lei que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais, como celulares, tablets e relógios inteligentes, por alunos da educação infantil, ensino fundamental e médio durante as aulas, recreios e intervalos. Com a medida adotada desde o ano passado, a escola Sigma se antecipou à legislação ao implementar um espaço livre onde os alunos podem verificar mensagens e ligações apenas durante o intervalo, promovendo um ambiente mais focado e menos dependente de telas.
O diretor geral do Sigma, Marcelo Tavares, comentou sobre os desafios causados pelo uso de celulares nas escolas. "Os aparelhos celulares nas mãos dos alunos já se consolidaram como o maior desafio para professores em produzir uma experiência pedagógica significativa. As telas afetam o foco, a resiliência dos alunos e a conexão entre aluno e professor", afirmou.
O diretor destacou que o impacto das redes sociais no ambiente escolar é preocupante. "A ansiedade gerada pela busca constante de validação nas redes sociais prejudicou a capacidade dos estudantes de se concentrarem nas aulas. Eles se tornam reféns das notificações, sempre à espera de sinais de limitações sociais, o que desvia sua atenção do aprendizado”.
Segundo a nova lei, as escolas serão responsáveis por conscientizar os alunos sobre os impactos negativos do uso excessivo de telas, incluindo o sofrimento psíquico associado. Além disso, os professores deverão ser treinados para identificar sinais de comportamentos relacionados à dependência digital. Os colégios também precisarão criar espaços de escuta e acolhimento, especialmente para alunos que sofrem de nomofobia, com orientação pelo medo de ficar longe do celular, oferecendo suporte e instruções específicas para ajudar esses estudantes a lidar com a dependência tecnológica.
Além disso, o diretor enfatizou a importância da conexão entre professores e alunos. "Professores inspiradores são fundamentais para o processo de aprendizagem. Porém, essa conexão está sendo ameaçada pela distração constante com os dispositivos móveis”.
Marcelo Tavares acredita que a separação do uso de celulares é um passo importante para reduzir as desigualdades educacionais e melhorar a qualidade do ensino. "Uma legislação sólida pode ser uma grande aliada para as escolas públicas, proporcionando recursos e legitimidade. Também é necessária uma mudança cultural em casa para que essa iniciativa tenha sucesso”, conclui.
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