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Setor de eventos é porta de entrada para o mercado de trabalho, afirma executivo


Com o crescimento da indústria de eventos, a organização de festas e festivais tem se destacado como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. A habilidade de planejar, coordenar e executar eventos é cada vez mais valorizada em diversos setores, abrindo oportunidades para profissionais em ascensão.Dados recentes do setor reforçam essa tendência. Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), o segmento teve crescimento de 61,3% frente ao ano anterior. Ainda segundo a pesquisa, a estimativa de consumo no setor alcançou um novo patamar em 2023, atingindo a marca de R$ 118.4 bilhões, o que representa um crescimento significativo de 11,5% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foi registrado R$ 106.144 bilhões.Um exemplo de impacto positivo dos eventos na economia local é o TUSCA 2022 (Taça Universitária de São Carlos), que injetou mais de 10 milhões na região. Além disso, a festa universitária gerou mais de três mil novos empregos diretos e indiretos. "O alcance dessas oportunidades não se limita apenas aos dias do evento. A preparação começa meses antes, envolvendo planejamento, marketing, vendas e logística. Há empregos sendo gerados bem antes do público pisar no local do festival", comenta Tiago Favaro, CEO da Feel alive.

Esses números confirmam o setor como um dos maiores geradores de emprego no país, com 12.348 vagas de empregos geradas em 2023, ante as 8.676 em 2022. Importante destacar que o mercado de eventos foi o que mais sofreu com a pandemia, sendo o primeiro setor a parar e um dos últimos a retomar suas atividades normalmente. "Este setor é um dos que mais emprega também graças ao Perse, sem esse programa, teríamos enfrentado uma crise ainda maior no mercado de trabalho”, explica Favaro.

Apesar das discussões sobre a continuidade do Perse, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 1.026/2024 na última terça-feira (23), estabelecendo um teto de R$15 bilhões para o programa, com vigência até dezembro de 2026. Isso significa que as empresas continuarão recebendo o auxílio. Essa nova atualização do Perse será mais rigorosa para evitar fraudes, segundo a deputada Renata Abreu, relatora do PL. Todos os beneficiados no passado terão que compensar a União posteriormente, e o acordo também implica que o programa atingirá menos setores e empresas. “A manutenção do Perse é fundamental para conseguirmos garantir a estabilidade do setor e preservar os empregos”, enfatiza Favaro. 

O Perse foi o programa de retomada setorial mais bem-sucedido segundo especialistas, contribuindo para o setor ser responsável hoje por mais de 4% do PIB nacional e 3,7 milhões de empregados.


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