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Teatro dos Ventos recebe grupo português Evoé


Em comemoração aos vinte anos do Espaço Evoé, a Companhia Evoé Teatro convidou o encenador John Mowat para criar um espetáculo que acompanha a celebração do bicentenário da independência do Brasil. Após temporada em São Paulo, o espetáculo chega a Brasília.


A Companhia Evoé define a peça como uma comédia visual que dialoga com o período histórico que vai de 1807 a 1822, quando a família real atravessa o Atlântico para fugir de Napoleão e acaba por mudar a história do Brasil e de Portugal. O espetáculo é um pretexto para que todos possam rir e refletir sobre as figuras caricatas que, num período importante da história da península ibérica, estiveram à frente das grandes decisões do Império Colonial Português. A partir dos detalhes grotescos da relação das personagens, inseridos num momento histórico não menos turbulento, os espectadores poderão acompanhar os conflitos geoestratégicos associados à decadência das monarquias europeias e dos seus impérios coloniais.

Retratar este momento histórico, no qual as relações da família real apresentam-se de uma forma tão grotesca e crua, pode ajudar a revelar a podridão dos mecanismos estruturais presentes nas relações políticas e sociais vigentes até hoje.


Ficha Técnica Direção: John Mowat Estágio Evoé Escola de Actores - assistente de encenação: Beatriz Almeida Interpretação: Felipe Toledo, Martim Sena e Pablo Fernando Produção: Companhia Evoé Teatro Produção executiva: Giulia Dal Piaz Estágio Faculdade de Letras - assistente de produção: Nicole Cayolla Cartaz: Paula Taitelbaum Assessoria de imprensa em Brasília: Roberto De Martin Imagens e vídeos que podem ser usados na divulgação, neste link aqui

Mais sobre a peça A nossa história começa com o casamento da princesa Carlota Joaquina e do Infante D. João VI de Portugal. Veremos como, numa sociedade extremamente patriarcal, essa união faz parte de uma estratégia para manter o equilíbrio de forças entre as famílias de Bourbon e de Bragança na península Ibérica. Mas, o nosso olhar estará sobre as brutalidades de um casamento infantil e das suas exigências diplomáticas, que entre outras coisas, obrigam a pequena Carlota, de apenas dez anos de idade, a exibir-se diante da corte portuguesa e demonstrar os seus conhecimentos políticos e artísticos. Retratar este momento histórico, no qual as relações da família real apresentam-se de uma forma tão grotesca e crua, pode nos ajudar a revelar a podridão dos mecanismos estruturais presentes nas relações políticas e sociais vigentes até hoje. Será, portanto, a partir dos detalhes grotescos da relação destes dois personagens, inseridos num momento histórico não menos turbulento, que acompanhamos os conflitos geoestratégicos associados à decadência das monarquias europeias e dos seus impérios coloniais. Sempre com a forte presença da personagem Dona Maria “A Louca”, este espetáculo conduz-nos aos bastidores da vida privada da corte portuguesa e dos seus dramas familiares. Veremos como o príncipe regente D. João VI, não muito dado aos atos de governação, herdou uma corte corrupta e decadente, e decidiu fugir rumo ao Novo Mundo, assim que as tropas napoleónicas marcharam em direção às terras lusitanas. Acompanhamos a viagem da coroa portuguesa que leva boa parte das riquezas do país, abandonando o povo, mas levando consigo os membros da corte e do clero. Por fim, perceberemos como a chegada da família real à colônia, em 1808, será o primeiro passo na história da independência do Brasil.

O Teatro Visual de John Mowat conduziu-nos a um espetáculo, no qual, alguns panos, um balde e três cadeiras foram o suficiente para criarmos personagens e ações extremamente livres e cômicas. Através de improvisações partimos à procura de corpos e imagens que fossem suficientemente fortes para trazer à “tona”, a perversidade das relações presentes na narrativa histórica, sobre a qual nos debruçamos, mas que sentíamos que as palavras por si só talvez não dessem conta de as revelar.

Numa narrativa, que transita entre Espanha, Portugal, Brasil, passando por florestas, alcovas, navios em fuga, entre tantas outras paisagens, encontramos na simplicidade do material cénico, uma ponte para que os corpos dos três atores fossem os responsáveis por criar todo o espaço imaginário e as diversas personagens presentes nesta narrativa quase épica. Sobre a Companhia Evoé Teatro: A Companhia Evoé Teatro surgiu a partir de um núcleo de investigação sobre a arte do ator e em 2003 estreou o seu primeiro espetáculo. Desde então o seu trabalho tem girado em torno das formas contemporâneas de teatro e dança. Numa primeira etapa do seu percurso destaca-se a coprodução, com a EGEAC/Maria Matos, do primeiro encontro internacional de Clown, a criação de alguns espetáculos e a participação, com o espetáculo “Galeria 17”, na coprodução PT/BR na 1ª Bienal de Cultura Lusófona do Centro Cultural Malaposta.

Em 2009, a convite do Centro Cultural da Malaposta, montou o espetáculo “Chuva Pasmada”, a partir do conto homónimo de Mia Couto e em 2010 estreou no Teatro da Comuna o espetáculo “As Cadeiras” de Ionesco. Durante o período de 2011 a 2016 interrompeu a sua produção e em 2017 retornou a ativa com os espetáculos: “Tia Miséria” e “Linhas de Fuga”. Em 2021, estreou o espetáculo “A Fábula dos Três Porquinhos” com encenação de Pablo Fernando no Teatro do Bairro em Lisboa.

Serviço: Espetáculo: "1808 - Independência ou Morte" Local: Teatro dos Ventos (R. 19 Norte - Águas Claras, Brasília - DF) Dias: 15 e 16 de setembro Horário: 20h Valor: 60 reais (inteira); 30 reais (meia) Mais informações: 61 9830-6098

Contato: Teatro@evoe.pt Redes sociais: Instagram: @CompanhiaEvoeTeatro https://www.instagram.com/companhiaevoeteatro/ Facebook: @CompanhiaEvoeTeatro https://www.facebook.com/Companhia-Evoé-Teatro-108269968550260

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