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Últimos dias da exposição Trans Laerte


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A exposição Trans Laerte chega a sua última semana, após receber mais de 4 mil visitantes apaixonados pela genialidade artística de Laerte Coutinho. Hospedada na Galeria Vitrine da Caixa Cultural, a mostra é gratuita e apresenta 50 anos de produção da renomada cartunista, uma das mais importantes artistas brasileiras, até 5 de novembro. Com uma experiência interativa, a imersão é inédita no mundo dos cartuns, tirinhas e charges da Laerte, proporcionando ao público a chance de se maravilhar com o imenso talento desta artista multifacetada, se encantar com sua sagacidade e sensibilidade aguçadas, e se divertir com seu estilo de humor. Ninguém sairá da exposição da mesma maneira que entrou; um pedaço do espírito desafiador, audacioso e corajoso de Laerte acompanhará cada visitante.

A curadoria da exposição é assinada por Nobu Chinen, pesquisador e escritor renomado na área de histórias em quadrinhos, traz um recorte criterioso do que de melhor se produziu em termos de arte sequencial. Chinen utiliza como eixo curatorial o estabelecimento de um diálogo entre a obra de Laerte

A exposição Trans Laerte é um projeto com patrocínio da Caixa Cultural Brasília, realização Somos Comunicação, produção Via Press Comunicação, patrocínio Caixa e Governo Federal. Após o sucesso em Brasília, a exposição vai para a Caixa Cultural Curitiba, abertura dia 05 de dezembro.

Serviço:

Exposição Trans Laerte

Local: Galeria Vitrine da CAIXA Cultural Brasília

Endereço: Setor Bancário Sul, Quadra 4, Lotes 3/4 - Edifício Anexo à Matriz da CAIXA

Temporada: de 28 de setembro a 5 de novembro

Visitação: de terça a domingo, das 9h às 21h

Entrada: gratuita

Classificação Indicativa: 16 anos

Informações: Realização Via Press

Patrocínio: CAIXA

Laerte Coutinho

Laerte Coutinho nasceu em 10 de junho de 1951, em São Paulo. Começou a desenhar ainda cedo para o fanzine Sibila, mas foi na revista amadora Balão, da qual foi uma das fundadoras, no início da década de 1970, que passou a publicar trabalhos que se tornaram mais conhecidos. Venceu o Primeiro Salão de Humor de Piracicaba, em 1974, com uma charge que mesclava referências ao clássico conto infantil de Hans Christian Andersen “Nova roupa do rei” e à realidade dos porões do regime militar, então vigente no Brasil. Ainda na década de 70 colaborou com o jornal Gazeta Mercantil e passou a atuar ativamente na imprensa sindical. Com a inauguração da Circo Editorial, de Toninho Mendes, em 1985, inicia-se a fase em que Laerte produz histórias mais longas. Nesse período, surgiram algumas de suas melhores criações em termos narrativos e de exploração da linguagem dos quadrinhos como a série Piratas do Tietê; A noite dos palhaços mudos; Penas; Fadas e Bruxas e A insustentável leveza do ser. Essas histórias saíram em publicações do Circo como Chiclete com Banana, Geraldão e Circo até que em 1990, a editora lançou uma revista só de Laerte: Piratas do Tietê. Também nessa época, lançou as séries de tiras diárias O Condomínio, no jornal O Estado de S. Paulo, e Piratas do Tietê, na Folha de S. Paulo. Colaborou como redator para programas da Rede Globo como TV Pirata, TV Colosso. Pela Circo Editorial lançou mais um título, Striptiras, com republicação de tiras que haviam sido publicadas nos jornais. Já nos anos 2000, Laerte criou diversos personagens e séries como Classificados, Deus, Suriá e Overman. Suas histórias e personagens de suas séries ganharam compilações em álbuns por diferentes editoras. No jornal Folha de S. Paulo, publicou histórias com formato diferente com quatro vinhetas, posteriormente reunidas nos álbuns Laertevisão e Muchacha. A partir de 2005, Laerte abandonou a fórmula de humor com personagens fixos e passou a usar seu espaço no jornal com tiras de teor mais filosófico com questões sobre política, poder, as relações entre as pessoas, enfim, sobre a existência humana de modo geral. Em 2015, Laerte revela uma nova faceta, a de entrevistadora, com a estreia da série Transando com Laerte. Alguns de seus trabalhos foram adaptados para teatro e cinema, sendo a mais recente a animação Cidade dos Piratas, de 2018, do diretor Otto Guerra. Vencedora do troféu HQMIX em diversas categorias e em quase todas as edições, Laerte é um dos nomes mais importantes das histórias em quadrinhos brasileiras de todos os tempos. Suas tiras continuam sendo publicadas no jornal Folha de S. Paulo.


Nobu Chinen

Foi editor fanzine Clube do Mangá da Abrademi (Associação Brasileira de Mangá e Ilustração). Entre 1987 e 1989, manteve uma página semanal sobre histórias em quadrinhos chamada VuptVaptPum no jornal Valeparaibano de São José dos Campos. Como escritor teve com conto premiado e incluído na Primeira Antologia de Contos do Vale do Paraíba. Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Taubaté, em 2013, apresentou a tese de doutorado O papel do negro e o negro no papel: representação e representatividade dos afrodescendentes nos quadrinhos brasileiros, colaborou com o site Universo HQ, é membro do Observatório de Histórias em Quadrinhos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e da Comissão Organizadora do Troféu HQ Mix, é professor de Comunicação das Faculdades Oswaldo Cruz e possui vários artigos e livros sobre histórias em quadrinhos.

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