Hipertensão atinge mais de 36 milhões de pessoas no Brasil
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Hipertensão atinge mais de 36 milhões de pessoas no Brasil

Para conscientizar sobre os riscos da hipertensão, o dia 26 de abril foi designado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem dessa doença, que, quando não controlada, pode levar a um infarto agudo do miocárdio e derrame cerebral (acidente vascular cerebral - AVC).

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aproximadamente 7,6 milhões de pessoas morrem a cada ano em todo o mundo devido à hipertensão, sendo que cerca de 80% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, como o Brasil, afetando principalmente pessoas com idades entre 45 e 69 anos.

O Ministério da Saúde traçou o perfil das doenças crônicas mais comuns no Brasil, e a hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, lidera atingindo 32% da população. Nos últimos cinco anos, a prevalência de hipertensão arterial aumentou de 22,6% para 24,5%, com mulheres e pessoas com 65 anos ou mais sendo o principal grupo afetado.

A hipertensão é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias. De acordo com o cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Thomas Osterne, ela ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima igualam ou ultrapassam 140/90 mmHg (ou 14 por 9) na maior parte do dia, causando danos aos órgãos como rins, coração e cérebro.

Apesar de não ter cura, a hipertensão arterial pode ser controlada. O diagnóstico é feito por avaliação médica e nem sempre o tratamento envolve o uso de medicamentos. O especialista enfatiza a importância dos hábitos saudáveis, como atividades físicas regulares, dieta balanceada com redução do consumo de sal e moderação no álcool e fumo, para reduzir os riscos.

O tratamento não medicamentoso é fundamental como abordagem inicial, incluindo atividades físicas e dieta balanceada, com redução do consumo de sal. Se essas medidas reduzirem a pressão a níveis normais, não será necessário o uso de medicamentos. Porém, se for preciso iniciar a medicação, o uso será vitalício devido à natureza crônica da doença.


Hipertensão infantil

Embora seja mais comum em adultos, a hipertensão está aumentando entre os jovens. No Brasil, estima-se que a prevalência de hipertensão na faixa etária pediátrica varia de 3% a 15%, como aponta a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

A recomendação é medir a pressão arterial pelo menos uma vez por ano em crianças maiores de três anos e em todas as consultas em crianças com sobrepeso ou obesidade. Durante o diagnóstico, procura-se uma causa, investigando-se dados da história do paciente e realizando exames físicos e complementares.

A hipertensão essencial, também chamada de hipertensão primária, surge sem causa clara e tem como principais fatores de risco o sedentarismo, maus hábitos alimentares, sobrepeso ou obesidade. Já a hipertensão secundária está associada a doenças cardíacas congênitas, problemas renais, pulmonares, prematuridade ou medicamentos que aumentam a pressão arterial, como corticoides.


Alimentação aliada ao combate à Hipertensão

Uma alimentação equilibrada pode ser uma aliada no combate à hipertensão. Evitar alimentos muito gordurosos e com alto teor de sal, e incluir frutas e verduras nas refeições diárias, são recomendações importantes. Praticar atividades físicas regularmente, moderar o consumo de álcool e não fumar também são práticas que promovem uma vida saudável, longe da pressão alta.

Alimentos ricos em potássio, magnésio e fibras são essenciais para uma alimentação adequada e relacionam-se ao controle dos níveis de pressão arterial. Entre as melhores opções estão carnes magras como aves e peixes, e oleaginosas como azeite, nozes, castanhas, amendoim e amêndoas.



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