top of page

Agbelas realizam cortejo musical na Vila Planalto nesse sábado


O coletivo Agbelas está de volta a Brasília, com oficinas e cortejos em diferentes pontos da cidade. O movimento é liderado por Giovanna Paglia e tem suas origens no DF, tendo como protagonistas as mulheres e também o Agbê, instrumento presente em diversas tradições populares do Brasil e em rituais de matriz africana. Em suas atividades culturais, as Agbelas desenvolvem a consciência decolonial, mesclando  musicalidade a histórias ancestrais, tocando ritmos afro-brasileiros e um repertório musical de temas políticos, sociais e raciais. Após dois anos em Salvador, com diversos projetos, iniciativas e experiências marcantes, como apresentações com Carlinhos Brown e tocadas em  importantes eventos da capital baiana,  o grupo retorna  a Brasília para vivências com o público local, e depois segue pelo Brasil em seu novo formato itinerante. No DF, as atividades aconteceram na Ceilândia e Vila Planalto, e agora finalizam na Vila, em um cortejo no sábado, dia 17 de maio, às 16h.


Agbelas na Vila Planalto

Na Vila Planalto, território de origem das Agbelas, foram oferecidas as seguintes atividades para alunos e alunas da Escola CEF 01: Oficina de Agbê, Perna de Pau, Percussão  e Figurino/Estandarte. E além das atividades culturais, o projeto foca em histórias não contadas da cidade, como o massacre do Acampamento Pacheco Fernandes, ocorrido 01 ano antes da inauguração de Brasília, onde é atualmente a Vila Planalto. O crime ocorreu após reivindicações dos operários por melhores condições de trabalho, muito precárias nas construções da capital. 


E no dia 17 de maio, sábado, às 16 horas, partindo do CEF 01 da Vila Planalto, ocorrerá um cortejo musical com participantes das oficinas e com grupos artísticos convidados, que são a Fanfarra Tropicaos e o Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante. O cortejo será em homenagem a esses operários da Vila,  Candangos que construíram a cidade,  e que morreram, em pleno sábado de Carnaval, por lutar por melhores condições de trabalho. Cruzando as ruas da Vila, o cortejo irá passar pelas casas onde viveram esses moradores, e também pelo memorial que existe na Vila em homenagem ao trágico ocorrido. Além dos ritmos de matriz africana, as Agbelas vão levar, para esse momento especial, um repertório político e tropicalista, promovendo a reflexão sobre o acontecido através da música. E para falar melhor dessa trágica história, houve uma aula com o jornalista e pesquisador João Carlos Amador, além de uma Roda de Conversa sobre essa passagem da história do DF. 


Sobre as Agbelas

Fundada em Brasília em 2019 por Gio Paglia, a Agbelas difunde o legado ancestral do xequerê sob uma perspectiva negra, matriarcal e decolonial. Com aulas gratuitas de agbê para comunidades em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa já passou por Chile, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, levando educação e arte afrodiaspórica para diversos públicos. O coletivo agora tem uma dinâmica itinerante, passando curtas temporadas em diferentes locais do Brasil e do mundo.


Agbelas em Salvador

As Agbelas passaram os últimos dois anos em Salvador, e foram tempos inesquecíveis, onde tiveram experiências muito marcantes na cidade. O movimento dividiu os palcos com grandes nomes da música, como Carlinhos Brown,  Margareth Menezes, Luiz Caldas e Daniela Mercury. Por dois anos seguidos tocaram no Carnaval, no famoso Arrastão da Quarta Feira de Cinzas, finalizando com chave de ouro as festividades da cidade. Também tocaram com o Zárabe, grupo percussivo liderado por Brown, no importante Dia da Lavagem do Bonfim. E a Orquestra de Agbês,  liderada por Gio Paglia e composta por mulheres de diversas idades e origens, se apresentou dois anos consecutivos na Festa de Iemanjá do Rio Vermelho. Também com a Orquestra de Agbês, as Agbelas se apresentaram no Dia da Independência do. Brasil na Bahia (02 de julho), onde homenagearam as heroínas da independência. Também em Salvador, foram ministradas aulas e oficinas para grupos internacionais da Espanha, EUA e diversos outros países, realizando um rico intercâmbio cultural. Com toda essa experiência, as Agbelas retornam a Brasília carregando toda essa inigualável bagagem, que enriquece ainda mais a nossa capital.


Os projetos das Agbelas tem recursos da Lei Paulo Gustavo e do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal


SERVIÇO

Agbelas em Brasília

Atividades abertas:

  • Cortejo sábado, 17 de maio, 16h, saindo do CEF 01 da Vila Planalto, com Fanfarra Tropicaos e o Maracatu do Boiadeiro Boi Brilhante


Comments


© 2025 por Rodac Comunicação Criativa

bottom of page