Agentes autônomos inauguram nova era da segurança digital no Brasil, aponta Delfia
- Rodrigo Carvalho
- há 12 minutos
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A chegada dos agentes autônomos de IA marca uma virada na segurança digital brasileira e as empresas já sentem os impactos. Segundo o State of IT da Salesforce, 46% das equipes de segurança no Brasil já utilizam agentes de IA para automatizar tarefas, detectar ameaças e auditar desempenho. O número deve chegar a 75% em dois anos. Mas, ao mesmo tempo, 74% das organizações pretendem ampliar investimentos em segurança para lidar com riscos que afetam a qualidade dos dados usados nesses sistemas.
Para a Delfia, curadoria de jornadas digitais, o momento é de aceleração acompanhada às estratégias. “Estamos vivendo um momento de virada. A adoção de agentes de IA cresce muito rápido no Brasil, mas ainda esbarra em maturidade de dados e compliance. Para nós, essa tecnologia já é estratégica, desde que aplicada com governança e alinhada à legislação”, afirma Leonardo Santos, CTO da Delfia.
A preocupação é respaldada também pelo mercado global. Estudo da IBM prevê que, até 2027, 85% dos executivos acreditam que agentes de IA transformarão processos de vendas e atendimento ao cliente, permitindo análises profundas e otimização em tempo real. A escala, porém, traz riscos crescentes.
Ganhos com agentes de IANa Delfia, os agentes autônomos já fazem parte do dia a dia da operação. Segundo o CTO da empresa, a empresa utiliza IA para detectar ameaças em tempo real, automatizar auditorias, prevenir fraudes e vazamentos, reduzir o tempo de resposta a incidentes e aumentar a eficiência dos controles internos.
A Delfia mantém, internamente, agentes em funcionamento contínuo para monitoramento de endpoints e para a revisão de acessos e vulnerabilidades. Para clientes, oferece SOC como serviço e consultorias especializadas em GRC, o que acelera diagnósticos, relatórios e recomendações de correções.
Dados, integração e regulamentação travam avançoApesar da adoção crescente, Leonardo Santos reforça que o Brasil ainda precisa superar desafios estruturais, especialmente relacionados à qualidade e maturidade dos dados, à integração com sistemas legados, à conformidade com legislações como a LGPD e à escassez de profissionais capazes de unir competências de IA, segurança e governança.“O Brasil está em um estágio intermediário: há investimento e interesse, mas ainda não plena maturidade. A médio prazo, os agentes de IA deixarão de ser piloto e passarão a ser parte central da defesa cibernética”, afirma o executivo.
Agentes no crime digitalCom o avanço da tecnologia, surgem também os agentes maliciosos capazes de automatizar golpes com velocidade e inteligência inéditas. “Eles conseguem escalar ataques de phishing, realizar manipulações em tempo real e atuar 24/7. Para se defender, as empresas precisam adotar uma postura de segurança baseada em automação, análise comportamental e resposta imediata. E, acima de tudo, investir na conscientização dos colaboradores, que seguem sendo um dos principais alvos”, explica o CTO da Delfia.
A resposta: IA defensivaNa visão da Delfia, enfrentar ameaças exige agentes de IA defensivos ainda mais maduros, combinando detecção avançada baseada em comportamento, inteligência de ameaças atualizada continuamente, orquestração automatizada de respostas rápidas e uma integração entre segurança, políticas de compliance e governança digital.“Não basta reagir ao ataque. É preciso garantir que toda a cadeia de dados e sistemas esteja protegida e em conformidade”, ressalta Leonardo Santos.“Segurança cibernética é um processo contínuo de adaptação e, nesse jogo de xadrez contra o crime digital, a IA é nossa principal aliada”, conclui o CTO da Delfia.






