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Brasília recebe etapa de circuito internacional que destaca a nova geração da pintura italiana

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Brasília recebe, a partir de 11 de dezembro de 2025, no Museu Nacional da República, a exposição “Pintura italiana hoje. Uma nova cena”, apresentada pela Embaixada da Itália em Brasília e pela Triennale Milano, com promoção do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da Itália. A curadoria é assinada por Damiano Gullì, curador de Arte Contemporânea e do Public Program da instituição milanesa. 

A mostra marca a segunda etapa de um percurso internacional iniciado em Buenos Aires e que, após Brasília, seguirá para o Rio de Janeiro e a Cidade do México. O projeto representa um momento relevante de valorização da pintura italiana contemporânea e de fortalecimento do diálogo entre a produção artística da Itália e o público brasileiro. 

Com curadoria pensada para oferecer ao público um panorama amplo da nova produção pictórica italiana, a exposição é organizada em cinco seções: Sozinhos/Juntos; História, Narrativas e Tradição; Metafísica do Cotidiano; Entre-Meios; e Forma, cor, tempo, matéria. Cada núcleo aborda temas como autorrepresentação, releituras da tradição, diálogos com o cotidiano, contaminações disciplinares e a fluidez entre abstração e figuração, compondo um retrato múltiplo e contemporâneo do fazer pictórico no país.

Entre os destaques da mostra está a participação da artista ítalo-brasileira Giulia Mangoni, que criou obras especialmente para a itinerância do projeto. Para Brasília, ela apresenta a tela L’incrocio di Vallefredda, instalada sobre um wall painting inédito concebido exclusivamente para esta edição. “Em Brasília, o público encontrará L’incrocio di Vallefredda instalada sobre um wall painting criado especialmente para esta edição. A pintura se organiza em torno da força simbólica da encruzilhada, esse lugar de decisão, de magia e de múltiplos destinos possíveis. Nesse espaço imaginário, animais totêmicos sugerem caminhos distintos e um jovem encara, de frente, as escolhas fundamentais de sua vida”, afirma. 

Mangoni ressalta que a obra nasce do encontro entre referências italianas e latino-americanas, compondo um território híbrido e afetivo. “A obra dialoga profundamente com o eixo sul-americano da mostra. Vivo em uma terra de fronteira, entre Lácio e Abruzzo, e ali ressoam tanto a história da imigração ítalo-brasileira quanto as músicas do Nordeste e a estética dos spaghetti westerns. No wall painting criado para Brasília, essas referências se expandem: cangaceiros, paisagens do semiárido e cenas dos ‘nordesterns’ se entrelaçam para homenagear as raízes nordestinas de tantas pessoas que ajudaram a construir a capital”, explica. 

O Embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, reforça a importância de promover essa nova geração de artistas no país. “Estou realmente entusiasmado por realizar esta belíssima exposição no Brasil em duas etapas. Apoiei imediatamente o projeto porque acredito que a arte é um processo em contínua evolução e é essencial apoiar o crescimento das novas gerações de artistas italianos, especialmente em um país que aprecia profundamente a produção cultural da Itália”, comenta.

O Chefe da Unidade para a Coordenação dos Institutos Italianos de Cultura da Farnesina, Marco Maria Cerbo, destaca que a iniciativa expressa o melhor da diplomacia cultural italiana. “Pittura italiana oggi traduz, de forma exemplar, uma ação cultural de excelência. A colaboração com a Triennale Milano reafirma esse nível e permite valorizar, no cenário internacional, uma nova geração de artistas que dialoga com uma tradição pictórica secular. Contar a nossa cultura nesses termos se tornou parte essencial do trabalho diplomático, pois a arte segue sendo uma ponte poderosa entre a Itália e o mundo”, acrescenta. 

O Presidente da Triennale Milano, Stefano Boeri, também ressalta a relevância da itinerância e o impacto da mostra. “Apresentar em Brasília a segunda etapa internacional de Pintura italiana hoje é uma oportunidade significativa para aprofundar colaborações com instituições museais e ampliar a circulação da produção dos jovens artistas italianos. A mostra nasce de uma grande exposição dedicada ao panorama da pintura contemporânea apresentada na Triennale em 2023 e revela um capítulo importante da arte atual”, esclarece. 

Ao todo, a mostra reunirá obras de 27 artistas: Beatrice Alici, Bea Bonafini, Roberto de Pinto, Alice Faloretti, Alessandro Fogo, Andrea Fontanari, Giorgia Garzilli, Genuardi/Ruta (dupla composta por Antonella Genuardi e Leonardo Ruta), Emilio Gola, Cecilia Granara, Diego Gualandris, Viola Leddi, Giulia Mangoni, Andrea Martinucci, Pietro Moretti, Ismaele Nones, Jem Perucchini, Edoardo Piermattei, Aronne Pleuteri, Giuliana Rosso, Davide Serpetti, Mario Silva, Sofia Silva, Marta Spagnoli, Maddalena Tesser e Eva Chiara Trevisan.A Secretaria de Culturado Distrito Federal também destaca a relevância da iniciativa para o cenário cultural local. “É com grande entusiasmo que Brasília recebe esta exposição, que reforça o intercâmbio cultural entre o Brasil e a Itália e celebra a diversidade e a inovação da arte contemporânea. A obra inédita de Giulia Mangoni oferece um olhar único sobre a fusão das culturas, conectando histórias e tradições de duas nações. A arte tem o poder de aproximar as pessoas, e esta mostra é uma oportunidade para o público brasiliense mergulhar em um diálogo profundo com a pintura italiana contemporânea”, afirma o secretário Cláudio Abrante.

 

A entrada é gratuita e a exposição permanece em cartaz até 22 de fevereiro de 2026.


Biografia da artista Giulia Mangoni

Giulia Mangoni, nascida em 1991, é uma artista ítalo-brasileira cuja prática gira em torno da ética do retorno. Seu trabalho busca criar intervenções orquestradas a partir da pintura, com o objetivo de desconstruir noções de memória e identidade vinculadas a geografias específicas e comunidades descentralizadas. Sua produção se desenvolve por meio de métodos visuais de narrativa pessoal, frequentemente construídos em diálogo com múltiplas vozes. As influências, relações e contribuições presentes nesse processo ajudam a formar obras que solidificam temporariamente esse movimento contínuo de construção de conhecimento e de mundos.


Serviço

Pintura italiana hoje. Uma nova cenaMuseu Nacional da República, Brasília DF11 de dezembro de 2025 a 22 de fevereiro de 2026

Idealização: Triennale MilanoCuradoria: Damiano GullìPromovido pelo Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional da ItáliaRealização: Embaixada da Itália em Brasília, Triennale Milano, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal

© 2025 por Rodac Comunicação Criativa

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