Brazulejos tem rodas de conversa com Renata Azambuja, Gero Tavares e Lígia de Medeiros sobre criação, curadoria e expografia

Em dezembro, a programação complementar da mostra Brazulejos, de Lígia de Medeiros, segue com duas rodas de conversa abertas ao público. No dia 12 de dezembro, às 16h, a curadora Renata Azambuja fala sobre os processos curatoriais da exposição. Já no dia 14 de dezembro, também às 16h, o arquiteto Gero Tavares aborda aspectos da expografia.

Ambas as conversas contam com a presença da artista plástica Lígia de Medeiros, que discutirá elementos de sua produção, sua relação com a criação, a arte aplicada, a arquitetura de exposições, a produção e a curadoria. As atividades terão tradução em Libras.

A entrada para as conversas é gratuita e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. A mostra, realizada com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), fica em cartaz no Espaço Oscar Niemeyer até 13 de janeiro de 2026, com visitação de terça a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, a mostra conta com acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão por meio de QRCode para audiodescrição das obras e caderno em braile descrevendo as obras. Nos dias de rodas de conversa, a artista plástica Lígia de Medeiros presenteará o público presente com azulejos de sua autoria.

Sobre os participantes das conversas

Renata Azambuja é historiadora da arte, curadora e arte-educadora. Licenciada em Artes Plásticas pela UnB, Mestre em Teoria e História da Arte Moderna e Contemporânea pelo City College/City University of New York e doutora em Teoria e História da Arte pela UnB, quando realizou uma pesquisa em torno dos modos de produção de conhecimento da curadoria, tendo a residência como foco.

Gero Tavares, LGBTQIAPN+, diretor criativo e arquiteto tem formação multidisciplinar, a expografia é uma de suas áreas de atuação. Desde 2002, projeta e acompanha a montagem de cenários e desenho de luz de ambientes de exposições de artes visuais em importantes espaços culturais no Brasil e exterior. Fez trabalhos para artistas consagrados como Hélio Oiticica, Amílcar de Castro, Athos Bulcão, Rubem Valentin, Christus Nóbrega, Berna Reale, Vicente de Melo, Andre Griffo, Antônio Obá, entre outros. Atualmente desenvolve o projeto expográfico da mostra referência de reabertura do Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro.

Sobre a mostra

Em “Brazulejos”, a artista plástica Lígia de Medeiros apresenta seus trabalhos inéditos em azulejaria e desenhos digitais, incluindo reelaborações de obras criadas a partir de 2017. Com curadoria de Renata Azambuja, Brazulejos reúne 23 painéis de azulejos de tamanhos variados e 18 desenhos impressos, com figuras humanas e geométricas. A mostra está organizada em blocos “geradores de imagens”, como define a artista. “Há o grupo que evidencia a interação do humano com o construtivo e com a paisagem; o conjunto que aborda o feminino; o bloco que apresenta as pesquisas com a linguagem; e o agrupamento que se refere à brasilidade”, explica Renata Azambuja em seu texto curatorial.

Sobre a artista

A trajetória de Lígia de Medeiros é marcada por múltiplas vivências e reinvenções. Nos anos 1980, iniciou sua atuação no Rio de Janeiro, comercializando móveis e objetos de arte. Na década seguinte, em São Paulo, aprofundou-se na estética modernista e, em Brasília, consolidou-se na criação e produção de móveis e joias autorais, inspirada nas formas orgânicas e nos ritmos da natureza. Também é autora de A criança da favela e sua visão do mundo, livro voltado à valorização das mulheres nas comunidades, fruto de sua vivência com crianças da Rocinha.

Atualmente, dedica-se à criação de azulejos autorais e estamparia digital, unindo a precisão da matemática à leveza da poesia visual. Suas obras exploram efeitos óticos, geometrias sensíveis e harmonia cromática, convidando o público a transformar o cotidiano em experiência estética.

Entre suas principais exposições, destacam-se: Brasil Faz Design (Trienale de Milão, 1996), Bienal Brasileira de Design (Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, 2010), Aos Ventos que Virão (Museu da República, 2010), Joias Contemporâneas Brasil-Dinamarca (Museu da Casa Brasileira, 2011), Jewels from Brazil (Inglaterra, 2012), Azulejos em Brasília, Azulejos em Lisboa (Museu Nacional do Azulejo, Portugal, 2013) e Poética do Biscoito (Fundação Athos Bulcão, 2022).

Em 2018, participou da criação de uma linha de azulejos em homenagem ao centenário de Athos Bulcão, lançada pela Portobello, reafirmando sua presença entre os nomes que reinterpretam a tradição da azulejaria brasileira sob uma ótica contemporânea. Entre a rigidez do módulo e a liberdade do olhar, Lígia de Medeiros constrói uma obra que celebra a beleza do cálculo e o encanto do acaso, reafirmando a vocação de Brasília como espaço de encontro entre arte, arquitetura e imaginação.

Serviço:

Brazulejos | Rodas de Conversa

Com Renata Azambuja + Lígia de Medeiros | processos curatoriais

Quando | 12/12, às 16h

Entrada | Gratuita

Onde | Espaço Oscar Niemeyer

Endereço | Praça dos Três Poderes, Bloco J, Esplanada dos Ministérios

                        Brasília-DF

Com Gero Tavares + Lígia de Medeiros | expografia

Quando | 14/12, às 16h

Entrada | Gratuita

Onde | Espaço Oscar Niemeyer

Endereço | Praça dos Três Poderes, Bloco J, Esplanada dos Ministérios

                        Brasília-DF

Brazulejos

De | Ligia de Medeiros

Azulejos e desenhos

Curadora | Renata Azambuja

Onde | Espaço Oscar Niemeyer

Endereço | Praça dos Três Poderes, Bloco J, Esplanada dos Ministérios

                        Brasília-DF

Visitação | Até 13/01/2026

                    Terça a sexta, das 9h às 18h

                    Sábado, domingo e feriados, das 9h às 17

Classificação indicativa | Livre para todos os públicos

Expografia | Gero Tavares

Produção | Incentivem Soluções Culturais

Instagram | @ligiademedeiros

Acessibilidade | Obras com audiodescrição por meio de QRCode e caderno em braile com o descritivo das obras

Projeto realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF)