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Casos de gripe aumentam entre crianças

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Com a chegada dos meses mais frios do ano, aumenta o número de casos de gripe, especialmente entre crianças pequenas, que são mais vulneráveis à doença. No Distrito Federal, de janeiro até 28 de junho, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) — unidade administrada pelo IgesDF e referência em pediatria — notificou 1.102 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 60% deles em crianças de 1 a 5 anos. Entre os casos confirmados, 74,4% testaram positivo para o vírus influenza, com necessidade de internação em 27,3%. No mesmo período de 2024, foram registrados 446 casos — um aumento superior a 147%. Os dados são da Agência Brasília.

Segundo a pediatra e neonatologista Dra. Renata Vasques Palheta Avancini, professora do curso de Medicina do Centro Universitário UNICEPLAC, o cenário exige atenção. “As crianças estão mais expostas a infecções respiratórias por ainda possuírem o sistema imunológico imaturo. Muitas vezes, é a primeira vez que entram em contato com diferentes cepas de vírus e bactérias. Por isso, essa fase exige vacinação adequada, tanto contra o vírus influenza quanto contra bactérias que causam infecções graves, como a pneumococo — responsável por pneumonias. Além disso, a frequência em creches e escolas favorece o contato com outras crianças e aumenta o risco de contaminação”, explica a médica.

A influenza A se destaca por ser mais agressiva entre os pequenos. De acordo com a especialista, isso ocorre devido à maior virulência da cepa, o que aumenta a probabilidade de evolução para quadros graves, com necessidade de internações, inclusive em UTIs. “Os principais sinais de alerta são chiado no peito, barulho para respirar, batimento das asas do nariz, afundamento do tórax ao respirar, febre alta, recusa alimentar, sonolência e letargia. Crianças menores de dois anos, principalmente abaixo de três meses, devem ser avaliadas com urgência em caso de qualquer sinal de agravamento. Nessas situações, toda atenção é fundamental”, alerta Dra. Renata.

A professora do UNICEPLAC também orienta sobre medidas essenciais de prevenção. Ela recomenda que crianças e adultos com sintomas respiratórios façam uso de máscara para evitar a disseminação do vírus. A vacinação contra influenza e pneumonia é fundamental, assim como a lavagem nasal frequente. Pais devem evitar enviar os filhos à escola se estiverem doentes e, no caso de bebês menores de três meses, o ideal é não levá-los a locais com aglomeração de pessoas. Também é importante evitar visitas a recém-nascidos e puérperas. Já para gestantes, a especialista reforça a necessidade de manter em dia as vacinas contra a influenza e a coqueluche. “Vacinar e adotar medidas simples pode salvar vidas. Prevenir é sempre o melhor caminho”, completa a pediatra. 


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