Divertida Mente 2 traz novas emoções mas não emociona como o primeiro
O primeiro Divertida Mente talvez seja a minha animação preferida. Ela traz uma abordagem emotiva e inteligente sobre a importância de nossas emoções nas nossas tomadas de decisão. E para isso, o filme nos apresenta a personagem Riley, que está crescendo e precisa lidar com algumas situações diferentes em sua vida. As emoções em sua mente cuidam para que ela tome as melhores decisões possíveis, até aparecer uma emoção que parece ser muito ruim, que é a Tristeza. Mas no fim, descobrem que até a tristeza é importante em nossas vidas. Brilhante!
E por isso, fiquei muito feliz com a chegada de Divertida Mente 2! Novas emoções, Riley crescendo, novas interações na adolescência... O que será que o filme nos reserva?
Bom, posso dizer que, já esperava que esse novo filme não superaria o primeiro, que é uma obra de arte. Mas é um filme muito bom! Riley, agora oficialmente adolescente, ganha novas emoções: a Ansiedade, o Tédio, a Vergonha e a Inveja. Isso causa um atrito entre as emoções novas e velhas, que precisam aprender a conviver juntas. Porém, a Ansiedade é quem toma conta de Riley, por conta da personagem querer entrar para um time de hockey da escola e ter que decidir se ela se dedica ao time ou às suas velhas amigas. Esse conflito interno causa uma confusão de sentimentos, onde torna a Ansiedade uma vilã (temporária). Mas assim como no primeiro filme, a gente sabe que ela será um mal necessário na vida de Riley.
Sobre as emoções, meu destaque fica com a Nojinho, que ganhou mais destaque nessa sequência. O fato da Alegria também ficar triste e precisar das outras emoções para ela mesma se manter é bem interessante também. A Ansiedade poderia ser melhor explorada, assumindo um papel de uma verdadeira vilã e depois, quem sabe, buscar uma redenção no final. Acho que seria mais interessante, daria mais peso e sensação de ameaça ao filme. Mas na metade, a gente entende que a Ansiedade não é ruim, só está confusa.
O filme traz uma aventura interna episódica, onde as velhas emoções precisam assumir o comando central da cabeça de Riley. Ele não traz nenhuma novidade, nenhuma surpresa final, mas cumpre bem o seu papel de sequência. Achei um Divertida Mente 2 mais direcionado para os adultos, já que faz a gente entender e relembrar as dificuldades de ser um adolescente, do que para crianças, pelo fato de crianças ainda não serem adolescentes e provavelmente não entenderão bem o recado do filme.
Talvez seria mais interessante se houvesse mesmo um vilão na história. Tipo, uma Depressão tomando conta de Riley e as emoções precisassem enfrentar ela. Já pensou como seria forte e interessante esse roteiro? Fica a dica aí pra Pixar para o terceiro filme.
Nota: 👍👍👍👍👎
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