Empresários do Setor de Diversões Sul buscam diálogo com a Concessionária Catedral para evitar colapso econômico na região

Os empresários e representantes do Setor de Diversões Sul (Conic) manifestam profunda preocupação diante da ausência de diálogo prévio nas discussões sobre a privatização da Rodoviária do Plano Piloto. A decisão de concessão, feita sem a participação dos principais afetados, desconsidera o impacto direto que tais mudanças terão sobre a economia, a mobilidade e a sobrevivência do comércio local.

Atualmente, o Conic emprega diretamente cerca de 10 mil pessoas e movimenta, diariamente, entre 10 e 20 mil frequentadores. Com o novo modelo de gestão adotado pela Concessionária Catedral, vencedora da licitação para administração da rodoviária, os impactos já se mostram alarmantes. O valor cobrado pelo estacionamento – R$ 12 por hora – é incompatível com a realidade dos trabalhadores da região, podendo gerar gastos mensais de até R$ 2.000 por pessoa, algo completamente inviável para a manutenção dos postos de trabalho e da própria atividade comercial.

Diante desse cenário, a prefeita do Conic, Flávia Portela, em conjunto com os síndicos dos 13 condomínios que compõem o Setor de Diversões Sul, solicita abertura imediata de diálogo com a Concessionária Catedral para a construção de soluções que minimizem os impactos dessa nova política. O setor, que já enfrenta inúmeros desafios para se manter ativo, não pode arcar com medidas que desestimulem a circulação de pessoas e inviabilizem a permanência dos seus profissionais.

“Estamos abertos ao diálogo, mas firmes na defesa do interesse coletivo, do emprego e da sustentabilidade econômica da região”, afirma a prefeita do CONIC, Flávia Portela. “Queremos apresentar propostas e construir alternativas viáveis, antes que medidas irreversíveis prejudiquem ainda mais esse importante polo comercial, cultural e social do Distrito Federal”, conclui.