Espetáculo “Euforia” retorna no Sesc Ceilândia
- Rodrigo Carvalho
- 21 de ago. de 2024
- 4 min de leitura

Após sucesso e casa lotada no CCBB Brasília, o espetáculo “ Euforia” retorna em cartaz nos dias 21 de agosto, às 15h, em sessão com tradução em libras e voltada para estudantes da Rede Pública no Sesc Newton Rossi de Ceilândia. Já no dia 22 de agosto, às 20h, em sessões aberta ao público e gratuita também no local. Livre para todos os públicos. Classificação indicativa: Livre. Instagram: @ritmoeregeneracao
“Euforia” é um espetáculo inédito de dança contemporânea africana dirigido por Idio Chichava, que reúne elenco e equipe técnica do DF em uma celebração das conexões entre Brasil e Moçambique. A montagem resgata a infância e as raízes culturais do elenco e direção, explorando a multiplicidade dos corpos e histórias, além da capacidade da dança de transformar e regenerar. A obra inédita que começou a ser ensaiada em junho de 2024 no Centro de Dança de Brasília faz parte do projeto Ritmo e Regeneração, iniciativa idealizada pelo brasiliense Cris Cantarino e realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC/DF.
A proposta do espetáculo “é alcançar diferentes estados de energia através de uma fusão de ritmos e movimentos. A coreografia aprofunda as conexões humanas e culturais, promovendo um intercâmbio que destaca a diversidade de corpos em movimento na cena”, destaca Cris. A produção é resultado do projeto Ritmo e Regeneração.
Sobre Idio Chichava e processo - Idio Chichava esteve no Brasil para apresentar uma obra junto com bailarinos renomados do Distrito Federal. A conexão de Chichava com os profissionais da capital federal começou em um projeto de residência iniciado em 2023. O bailarino moçambicano desponta como um dos mais criativos coreógrafos da atualidade e está entre um dos cinco finalistas da edição inaugural do prémio europeu de dança Salavisa European Dance Award (SEDA) criado pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O SEDA é resultado de uma parceria da Fundação Gulbenkian com seis instituições culturais da Franca, Alemanha, Bélgica, Austria, Dinamarca e Reino Unido. Será atribuído de dois em dois anos a bailarinos ou coreógrafos de qualquer parte do mundo, "que demonstrem ter talento ou qualidades especiais que merecem extravasar as suas fronteiras nacionais", segundo comunicado da Gulbenkian. O prêmio foi lançado como forma de homenagear o coreógrafo Jorge Salavisa.
Chichava começou a dançar num grupo de dança tradicional moçambicana em 2000. Sua trajetória na dança contemporânea tem início no ano seguinte. Inclui experiências humanas e criativas com as companhias CulturArte e Kubilai Khan Investigations, na França, onde colabora desde 2005. Em 2012, fundou a companhia Converge+, centrada em performances que juntam o canto e a dança. O mais recente trabalho de Chichava, intitulado “Vagabundus”, foi um dos destaques da bienal africana “Danse En Afrique”, para programadores de todo o mundo e o público em geral. Em agosto, Vagabundus, participa do Tanzmesse, festival alemão de dança contemporânea, em Dusseldorf.
O coreógrafo Idio Chichava é tido como artista que mostra Moçambique atual. A sua pesquisa sobre a ocupação de espaços, trabalhando com comunidade da periferia, desempenha uma função estimulante na criação de escrituras de novos vocabulários cénicos. É um privilégio ter um finalista do prêmio Salavisa coreografando em Brasília. Relação que já vem de alguns anos entre o moçambicano e o Movimento Internacional de Dança - MID.
Na nova coreografia de Brasília, estão no palco oito bailarinos que dançam e cantam. Chichava explica que se trata de uma experiência que passa pela vivência do corpo. Em Moçambique, um bailarino tradicional tem de cantar também. Não tem que cantar com eficiência, com muita técnica, mas tem que cantar para reforçar o grupo. A obra foi criada a partir de uma de nossas canções de ninar antigas que representam a tradição e a cultura brasileira. Res-significada ela não mede medo a ninguém. Só embeleza e encanta.
Sobre Ritmo e Regeneração – Idealizado pelo artista da cena e produtor residente na capital federal, Cris Cantarino, que está na assistência de direção de cena junto a Idio Chichava em “Euforia”, Ritmo e Regeneração contou com várias fases. Em junho, a iniciativa ofereceu várias oficinas em diversas vertentes da dança com renomados profissionais locais. Em agosto esteve em cartaz no CCBB Brasília e agora no Sesc Newton Rossi – Ceilândia.
EUFORIA - FICHA TÉCNICA
Realização: Movimento Internacional de Dança
Coordenação Geral: Cristhian Cantarino
Direção de Cena e Coreografia: Idio Chichava
Assistência de Direção: Cristhian Cantarino
Elenco: Aimê Rivero, Bruno Ricardo, Charles Costa, Iago Gabriel Melo, João Gabriel Lima, Lenna Siqueira, Luiza Gusmão e Marina Bona
Estágio: Gabriel da Paz e Priscila Carneiro
Produção Executiva: Raquel Fernandes
Produção de Logística: Marina Moraes
Assistência de Produção: Aline Sugai, Flávia Dambrós,
Iluminação: Rodrigo Lélis
Operação de Luz: Lemar Rezende
Montagem: Jefferson Landin, Lemar Rezende e Lidianne Carvalho
Sonoplastia: DJ Afrika
Figurinos: Tiago Lucas | Cabaré Místico
Coordenação de Comunicação: Clara Molina
Design Gráfico: Lais Pedrita
Assessoria de Imprensa: Clara Camarano
Fotografia e Redes Sociais: Clara Molina
Direção de Arte e Fotografia: Clara Molina
Produção Audiovisual: Thamires Barreto
Registro Audiovisual: Unica Produções Audiovisuais
Mobilização de Público Escolar: Mediato Conecta
Mediação: Todo Público
Mediadoras: Luênia Guedes e Maysa Carvalho
Intérprete de LIBRAS: Tatiana Elizabeth
Mobilização de Público Surdo: Luérgio de Sousa
Audiodescrição e Mobilização de Público Cego: Clarissa Barros | Projeto De Olho no Lance
Serviço
Euforia
Local: Sesc Newton Rossi Ceilândia
Horário aberto ao público: 20h de 22 de agosto
Gratuito
Classificação indicativa: Livre
Instagram: @ritmoeregeneracao
Comentários