Espetáculos “Boca Seca” e “Asteroide AP612” entram em circulação nacional
- Rodrigo Carvalho
- há 60 minutos
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Três criações que dialogam entre si formam um corpo expandido de investigação sobre presença, vazio e existência. Os espetáculos “Boca Seca”, “Asteroide AP612” e a residência “[CASA VAZIA] Boca Seca - Dispositivos de Criação” unem essas temáticas em uma pesquisa que agora segue para circulação nacional. O projeto, nomeado Dobradinha, é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, e começa a circulação pela própria casa, a capital federal. Depois segue para Alta Floresta (MT) e para Recife (PE), em janeiro de 2026. Na capital pernambucana, a equipe estará em cartaz na “32ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos”, principal festival de Recife.
Além das peças, os artistas promoverão oficinas em cada uma das cidades. Em Brasília, a oficina “[CASA VAZIA] Boca Seca - Dispositivos de Criação” acontece no dia 16 de dezembro, das 9h às 13h, no Complexo Cultural de Samambaia. Haverá também a “Residência Casa Vazia” que acontece de 17 a 20 de dezembro de 2025. Nos dias 17/12, 18/12 e 19/12 as aulas serão no Instituto Federal de Brasília (610 Norte). Já no dia 20 de dezembro encerra no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). Inscrições pelo link da Bio do Instagram: @regeneraprod.
Programação das peças – A produção “Asteroide AP612” será apresentada no dia 19 de dezembro, às 20h. “Boca Seca” terá sessão dia 21/12, às 19h. Ingressos por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Já o resultado da “Residência Casa Vazia” será apresentado em formato performance no dia 20/12, às 20h. Gratuito. Sempre no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul). Classificação indicativa e mais informações no Instagram: @regeneraprod.
À frente do projeto e oficinas estão os multiartistas e criadores Dagô R., Déborah Alessandra, Cris Cantarino, Ana Flávia Garcia e Aníbal Diniz (criador da projeção mapeada da peça “Asteróide AP612). Eles integram um mesmo campo de pesquisa cênica que perpassa a dança, o teatro, a performance e o audiovisual. Juntos, eles promovem residências, montagens e reconfigurações em diferentes contextos no Brasil e exterior.
Sobre as obras - Em “Boca Seca”, o corpo é atravessado pela aridez e pela ausência de desejo — uma coreografia sobre o esgotamento e a persistência da vida. A performer habita o limite entre o vivo e o não-vivo, o intencional e o acidental, especulando sobre o que seria “tomar forma no mundo”. Direção e dramaturgia de Dagô R. e performance por Déborah Alessandra, ambos compartilham a criação e concepção da obra.
Em “Casa Vazia”, a pesquisa que parte da pesquisa de linguagem do espetáculo “Boca Seca” se transforma em residência artística, revisitando a arquitetura coreográfica da peça como um espaço em aberto. Uma casa a ser novamente habitada por e com diferentes corpos, memórias e afetos, possibilitando novas aparições e acontecimentos apresentados ao fim de cada residência. Coordenação: Dagô R., Déborah Alessandra, Cris Cantarino e a convidada Ana Flávia Garcia.
Já “Asteroide AP612”, solo inspirado no clássico “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, expande o olhar para o cosmos: um teatro-dança que reflete o adulto contemporâneo e suas sombras, propondo um pequeno planetário de bolso onde surge uma fábula sobre o poder, o fascismo e o risco de crer-se o centro do universo. Em cena, Ana Flávia Garcia. Criação de Dagô R, Ana Flávia Garcia e Déborah Alessandra. Concepção, direção e dramaturgia por Dagô R.
Movimento da cena brasiliense - “A circulação dessas três obras revela um percurso poético e político de continuidade. Um movimento que vai da matéria à metáfora, do chão ao espaço sideral. Neste projeto os artistas reivindicam as criações como casa, espaço onde o mundo pode ser atualizado e tocado desde o íntimo. O conjunto reafirma a potência da criação brasiliense contemporânea como um espaço de experimentação radical, que pensa o corpo como território sensível, político e cósmico”, destacam os criadores.
Cada apresentação se desdobra também como dispositivo de encontro e diálogo com o público de modo a promover a formação de redes e a troca de experiências sobre os modos de criar, resistir e imaginar futuros possíveis por meio da arte.
Serviço: Espetáculos “Boca Seca”, “[CASA VAZIA]” e “Asteroide AP612” entram em circulação nacional
-OFICINA “[CASA VAZIA] Boca Seca - Dispositivos de Criação”
Data: 16 de dezembro, das 9h às 13h, no Complexo Cultural de Samambaia.
-“Residência [CASA VAZIA]” de 17 a 20 de dezembro de 2025, 17/12, 18/12 e 19/12 no Instituto Federal de Brasília (610 Norte). Dia 20, das 16h às 21h, no Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul)
-Espetáculo “Asteroide AP612”
Data: 19 de dezembro, às 20h
Ingressos por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
-APRESENTAÇÃO “Residência [CASA VAZIA]”
Data: 20/12, às 20h
Gratuito
-Espetáculo “Boca Seca”
Data: 21/12, às 19h
Ingressos por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).
Local: Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul)
Classificação indicativa e mais informações no Instagram: @regeneraprod.






