Evento da Meraki inspirado na Cultura Ballroom movimenta a Casa Fluida e reforça iniciativas de inclusão no audiovisual
- Rodrigo Carvalho
- há 2 horas
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O movimento Ballroom, que emergiu nos anos 1970 como uma resposta direta à exclusão de pessoas LGBTQIAPN+ negras e latinas dos espaços tradicionais de dança e entretenimento, será o centro de uma celebração especial no dia 22 de dezembro, na Casa Fluida, em São Paulo. A festa de confraternização da Meraki, HUB do setor audiovisual, propõe a inserção da cultura ballroom no cinema brasileiro como forma de promover inclusão e representatividade de corpos dissidentes no audiovisual nacional.
Muito além de uma estética, a cultura Ballroom é um ato de resistência. Criada como um refúgio para corpos historicamente marginalizados, essa cultura deu origem a verdadeiras famílias — as houses — que acolhem, treinam e protegem seus integrantes. As tradicionais balls combinam moda, dança, narrativa e afirmação política, com destaque para o Vogue, estilo icônico que se tornou um símbolo estético global.
O evento deste ano, organizado pelo hub de produção audiovisual Meraki, começou como uma confraternização interna e evoluiu para um encontro cultural e político. Ele reunirá artistas, profissionais do audiovisual e lideranças da comunidade LGBTQIAPN+. A própria Meraki incorpora os valores da cultura Ballroom em sua atuação cotidiana, promovendo a inserção da comunidade em seus projetos, inclusive em posições de liderança dentro da empresa.
“Valorizar a cultura Ballroom é reconhecer que muitos dos avanços criativos nasceram da resistência de pessoas historicamente marginalizadas. Para mim, isso não é sobre tendência ou estética, é sobre responsabilidade. A Meraki existe para abrir espaço, ouvir essas vozes e garantir que essa comunidade seja protagonista das próprias narrativas, com respeito, dignidade e permanência. Estamos comprometidos em criar um ambiente seguro e singular, no qual essas histórias possam ser celebradas e a diversidade não seja restrita a datas ou períodos específicos. A mudança é um compromisso contínuo, construído todos os dias.", afirma Danilo Rowlin, fundador e co-diretor comercial da Meraki.
A celebração ainda dialoga diretamente com o Trans Free, projeto da Meraki pioneiro no setor audiovisual que atua para ampliar o acesso de pessoas trans a oportunidades no setor audiovisual. A iniciativa promove formação, empregabilidade e a construção de ambientes de trabalho mais seguros, diversos e inclusivos.
Programação
A programação da festa contará com performances inspiradas nas categorias clássicas das balls, surpresas artísticas e um show especial que dialoga com a linguagem da Ballroom. A proposta é celebrar não apenas um movimento, mas a força coletiva que ele representa: um espaço seguro, criativo e de afirmação da diversidade.
Em uma cidade onde cultura e resistência caminham juntas, a festa da Meraki é um convite para vivenciar, reconhecer e celebrar a potência de um movimento que marcou gerações e continua a escrever sua história no Brasil.
Meraki
A Meraki é um hub de produção audiovisual que nasceu para impulsionar diversidade, inovação e representatividade no mercado. O nome vem do grego e carrega um propósito claro: fazer algo com a alma, criatividade e amor — colocando parte de si em cada projeto. Fundada há quase nove anos pelos irmãos Danilo e Jaqueline Rowlin, a empresa consolidou sua identidade com um modelo de trabalho horizontal, criativo e acolhedor que atende desde grandes marcas até produções independentes. Como lema, carrega no seu ponto focal o propósito: produzir, realizar e humanizar.






