Fotógrafo Luis Humberto é homenageado no 53 º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
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Fotógrafo Luis Humberto é homenageado no 53 º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro


Além de estender um tributo à atriz Nicette Bruno, vitimada pela Covid-19 no domingo (20), e ao diretor artístico do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Silvio Tendler, a cerimônia de premiação do evento homenageou o fotógrafo Luis Humberto, após o anúncio dos vencedores, no canal da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), no YouTube.


Com mais de 50 anos dedicados ao universo da fotografia, Luis Humberto acompanhou os bastidores da política em Brasília, desde a ditadura militar. Os ângulos inusitados, que captava dos poderosos em momentos de vulnerabilidade foram nomeados como “liturgia de poder”.


Formado em arquitetura pela antiga Universidade do Brasil, atualmente a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luis foi ainda um dos fundadores da Universidade de Brasília (UnB), onde também participou da criação do Instituto de Fotografia e lecionou por muitos anos.


A carreira de Luis até consagrar-se com um dos mais importantes nomes do fotojornalismo nacional começou por um motivo peculiar: o nascimento de seu primeiro filho. “Ser fotógrafo é ser investigador do mundo. Fotografia é feito poesia: tem que sentir. Você olha e dá uma respirada contemplativa”, ensina.


Após perder o emprego em 1965 em consequência do golpe militar, quando pediu demissão juntamente com outros 200 professores, mergulhou no mundo da fotografia e foi contratado pela Editora Abril em 1968. O fotógrafo reuniu passagens nas revistas Realidade, Veja e Isto É, além de ter atuado no Jornal de Brasília.

Paralelamente ao fotojornalismo, Luis Humberto ainda registrou a flora do Cerrado, paisagens domésticas e realizou outros projetos pessoais. No ano passado, o curta-metragem documental em sua homenagem, “Luis Humberto: O Olhar Possível” integrou a programação do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Mesmo com as dificuldades causadas pelo Parkinson, o artista continua a sua produção com vitalidade criatividade e a habitual inquietude.

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