Homens confiantes, mulheres autocríticas: como é a autoestima de cada um na hora do sexo
- Rodrigo Carvalho
- há 3 horas
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Eles se acham. Elas se questionam. E, no meio disso tudo, a cama pode virar palco tanto de prazer quanto de inseguranças. Uma pesquisa feita pelo Sexlog com mais de 4 mil participantes mostra que a autoestima masculina segue mais estável, enquanto as mulheres demonstram um comportamento mais oscilante: ora superconfiantes, ora excessivamente críticas consigo mesmas.
Mais da metade dos homens (56%) afirma ter autoestima alta ou muito alta, contra 52% das mulheres. Mas, quando o assunto é aparência, a diferença salta aos olhos: 42,6% delas dizem que o que elas vêem no espelho impacta na forma como se sentem, enquanto apenas 26,7% dos homens pensam o mesmo. Ou seja, mesmo em um ambiente de liberdade sexual, a pressão estética ainda é um fantasma feminino.
Para a sexóloga especialista em terapia cognitiva sexual e membro da Sociedade Latinoamericana de Medicina Sexual, Bárbara Bastos, essa diferença é reflexo de como a sociedade ainda educa homens e mulheres de forma desigual. “A autoestima delas costuma estar muito ligada à aparência física, enquanto a dos homens está mais associada à performance e ao poder”, explica.
Na teoria, eles se amam. Na prática, elas se permitem mais.
O dado mais curioso da pesquisa é que, apesar da autocrítica, as mulheres são as que mais se dizem confiantes durante o sexo: 68,5% afirmam se sentir sempre seguras na cama, um índice maior que o dos homens (58%).
A explicação? Segundo Bárbara, é que a autocrítica nem sempre significa insegurança. “Muitas mulheres passaram a conhecer melhor seus corpos e a falar mais abertamente sobre prazer. Essa consciência corporal faz com que elas se sintam seguras em expressar o que gostam, mesmo que ainda se cobrem em outros aspectos”, afirma.
Autoestima inflada ou só excesso de confiança?
A enquete também aponta que uma parte dos homens pode confundir confiança com superioridade. Entre eles, 27% acreditam que ‘se garantem mais que os parceiros anteriores’, e 18% admitem já ter sido chamados de “egocêntricos na cama”.
Bárbara faz um alerta: “A autoestima saudável é diferente da inflada. Quando a pessoa precisa provar o tempo todo que é melhor, ela perde a empatia e ignora o prazer do outro. O sexo vira uma disputa, não uma troca.”
O espelho e o lençol: dois lados da mesma autopercepção
Mesmo entre os mais seguros, o espelho segue um termômetro poderoso. Homens tendem a se olhar com generosidade, como se eles não precisassem estar no padrão para se acharem gostosos, enquanto as mulheres, segundo a pesquisa, se cobram mais pelo corpo e pela idade. Ainda assim, quando o tema é o prazer, elas se mostram mais abertas à experimentação e à comunicação.
“Autoestima equilibrada não tem a ver com se achar perfeito, mas com se conhecer. E, no sexo, isso se traduz em mais liberdade, curiosidade e entrega”, conclui a Bárbara.
O verdadeiro charme está no equilíbrio
No fim das contas, a pesquisa do Sexlog confirma que a confiança é afrodisíaca, mas o equilíbrio é o que realmente excita. Homens confiantes podem aprender a ouvir mais; mulheres autocríticas podem lembrar que se soltar não é sinônimo de perder o controle.
No sexo (e fora dele), autoestima boa é aquela que te faz se olhar com desejo e ainda deixar espaço para admirar o outro.
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