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IBAM lança Expedição "Road to COP30" para conectar territórios e soluções climáticas rumo à Belém

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Um motorhome saindo do Parque Municipal de Belo Horizonte vai cruzar o Brasil entre 1º e 10 de novembro de 2025 para registrar e transmitir histórias de adaptação, soluções baseadas na natureza e vozes das comunidades, em uma jornada que culminará em Belém (PA), para abertura da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

É a Expedição “Road to COP30 – Agenda de Ação em Movimento”, que reúne ciência, comunicação e engajamento social em uma plataforma móvel que simboliza o Brasil em movimento. O projeto é promovido pelo Instituto Bem Ambiental (IBAM), que tem sede em Belo Horizonte, em parceria com o Grupo MYR - organização localizada em Minas Gerais - o Conselho Federal de Química (CFQ) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR). O projeto conta também com a participação da Fundação Dom Cabral, escola parceira de conteúdo.

Ao longo desse percurso, com paradas em Curvelo (MG), Paracatu (MG), Brasília (DF), Palmas (TO) e Imperatriz (MA) antes de chegar a Belém, a expedição vai documentar experiências locais de adaptação e fortalecimento da resiliência, dialogando com comunidades e gestores públicos sobre os desafios e soluções que moldam o futuro climático do país.

Todo esse conteúdo será transformado em vídeos, depoimentos e análises, a serem amplamente compartilhados durante a jornada e posteriormente apresentados em espaços oficiais da COP30.

“Trata-se de uma estratégia envolvente para conectar as ações locais a uma agenda global, dando visibilidade às comunidades que já vivenciam, em seu cotidiano, os impactos das mudanças climáticas”, explica Sérgio Myssior, presidente do IBAM. Para ele, “a expedição é o símbolo de um Brasil em movimento — um país que leva suas soluções, suas histórias e sua ciência até o centro do debate global. Nosso propósito é aproximar as decisões multilaterais da COP das ações reais que já estão sendo implementadas nas cidades e comunidades brasileiras.”

O material integrará o Pavilhão Cidades Resilientes, o primeiro pavilhão brasileiro com curadoria técnica voltada especificamente à adaptação urbana, que reunirá autoridades, cientistas, universidades, organismos internacionais de financiamento, empresas e representantes da sociedade civil.

Segundo Paulo Guerra, diretor de Programas de Gestão Pública da Fundação Dom Cabral e representante da FDC no projeto, “os desafios climáticos são excessivamente complexos e não é um problema que uma pessoa, empresa, ONG ou governo sozinho irá resolver. Para frear as mudanças climáticas, é obrigatório que construamos uma ação coletiva integrada e coordenada. Portanto, não há combate à mudança climática sem governança e sem gestão. E é justamente aí que a Fundação Dom Cabral pode contribuir conectando o setor público, o setor privado e o terceiro setor”, afirma. 

Um estúdio sobre rodas

Especialmente configurado para a missão, o motorhome foi equipado com placas solares e toda a estrutura necessária para funcionar como um estúdio multimídia itinerante. A bordo, a equipe do

IBAM dispõe de câmeras, drones, microfones, estúdio de gravação, ilha de edição e conexão via satélite, o que permitirá compartilhar o conteúdo produzido a partir de locais remotos do país.

O público poderá acompanhar a jornada em tempo real por meio do “Diário de Bordo”, das transmissões “Road to COP30 Live” e da série de entrevistas “Vozes do Caminho”, que reunirá histórias e reflexões dos protagonistas da viagem. Todo o material será disponibilizado em

português, inglês e espanhol, ampliando o alcance internacional e reforçando o papel do Brasil como referência na Agenda de Ação Local para o Clima.

Durante dez dias, uma equipe multidisciplinar — formada por cientistas, arquitetos, urbanistas, biólogos, comunicadores e especialistas em sustentabilidade — percorrerá cerca de 3.000 quilômetros, atravessando quatro biomas brasileiros: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga e Amazônia.

O foco em todo o trajeto será abordar temas prioritários da governança climática, como justiça climática, povos originários, transição energética justa, energias renováveis, desenvolvimento urbano integrado, mecanismos de financiamento climático e o papel dos grupos mais vulneráveis na construção da adaptação local.

“De pequenas comunidades a grandes cidades, e finalmente à Amazônia, queremos dar visibilidade às soluções baseadas na natureza e à inovação sustentável que nascem nos territórios, mostrando que a transição climática está em curso aqui, todos os dias”, destaca Thiago Metzker, coordenador executivo do IBAM.

Segundo ele, “a jornada é também um movimento com a missão de transformar a linguagem técnica do clima em histórias acessíveis e inspiradoras, capazes de engajar pessoas e fortalecer políticas públicas.”

Pavilhão Cidades Resilientes

A chegada da expedição a Belém marcará a transição da estrada para a diplomacia global, quando o projeto se conectará ao Pavilhão Cidades Resilientes, na Blue Zone da COP30, coordenado pelo IBAM.

Neste espaço, que reunirá autoridades, cientistas, universidades, organismos internacionais de financiamento, empresas e a sociedade civil, o conteúdo produzido durante a jornada terá destaque na agenda da conferência, aproximando as decisões globais das ações locais implementadas nos territórios brasileiros.

Rota e Temáticas da Jornada

  • Belo Horizonte (MG) – Mata Atlântica

Urbanização e vulnerabilidade climática. Soluções baseadas na natureza e inovação em drenagem urbana.

Ponto de partida da expedição, a capital mineira simboliza os desafios das grandes metrópoles brasileiras diante da crise climática, mas também a capacidade de transformação urbana. Serão registrados exemplos de projetos de drenagem sustentável, corredores ecológicos e iniciativas

inspiradas nos princípios da “cidade esponja”, que mostram como é possível equilibrar infraestrutura, natureza e bem-estar.

  • Paracatu (MG) – Transição Cerrado–Caatinga

Justiça climática e convivência com o semiárido: energia comunitária e manejo sustentável da água.

Localizada na zona de transição entre o Cerrado e a Caatinga, Paracatu simboliza a reinvenção do semiárido mineiro. Afetada pela redução das chuvas e pela desertificação, a região desponta como polo emergente de energia solar e inovação socioambiental. Comunidades rurais adotam tecnologias de reuso de água, barraginhas e agricultura adaptada, integrando energias limpas e práticas agroecológicas. Projetos de restauração de matas ciliares e recuperação de nascentes no entorno do Rio Paracatu fortalecem a segurança hídrica e inspiram modelos de transição justa e justiça climática aplicáveis a todo o semiárido brasileiro

  • Brasília (DF) – Cerrado Central

Governança climática, financiamento internacional e políticas de adaptação urbana.

No centro do país e do Cerrado, Brasília conecta política, ciência e financiamento climático. A capital federal abriga debates estratégicos sobre acesso a fundos internacionais (GCF, GEF, Fundo de Perdas e Danos da UNFCCC) e implementação das NDCs brasileiras. Projetos de infraestrutura verde, drenagem sustentável e proteção de veredas e nascentes reforçam a importância da vegetação nativa na regulação climática e no abastecimento de água. Brasília é o laboratório da governança climática nacional, onde decisões multilaterais se traduzem em planos e instrumentos para tornar as cidades brasileiras mais adaptadas e resilientes

  • Palmas (TO) – Cerrado

Planejamento urbano sob calor extremo: infraestrutura verde, drenagem natural e cooperação internacional.

Palmas é uma das capitais mais jovens do país e um exemplo de como o planejamento urbano pode ser reorientado pela agenda climática. Inserida no Cerrado, bioma que enfrenta crescente degradação, a cidade aplica modelos de cidade esponja, drenagem sustentável e arborização estratégica. Em parceria com a cooperação internacional Alemanha–Brasil (GIZ) e o Programa Cidade Presente, Palmas integra a rede de Desenvolvimento Urbano Integrado (DUI), promovendo ações de eficiência hídrica, energética e inclusão social. Tornou-se referência em adaptação baseada em evidências, mostrando que o urbanismo tropical pode ser aliado da resiliência climática

  • Imperatriz (MA) – Amazônia de Transição

Adaptação urbana e reflorestamento: gestão de enchentes e energia limpa.

Porta de entrada da Amazônia oriental, Imperatriz vive os efeitos diretos das mudanças do clima — enchentes, erosões e ondas de calor —, mas responde com iniciativas inovadoras em energia renovável e reflorestamento urbano. Projetos de energia solar comunitária, revegetação de margens do Rio Tocantins e educação climática transformam a cidade em referência amazônica de resiliência hídrica e energética. A governança local articula poder público, universidades e sociedade civil, demonstrando que adaptação e transição energética são faces complementares da resposta amazônica à crise climática

  • Belém (PA) – Amazônia Costeira

Amazônia urbana e diplomacia climática: o destino da jornada rumo à COP30.

Belém encerra a expedição como símbolo da convergência entre território e diplomacia global. Cidade histórica e vulnerável à elevação do nível do mar, prepara-se para sediar a primeira COP realizada na Amazônia. No Pavilhão Cidades Resilientes (IBAM, Blue Zone), o Brasil apresenta ao mundo projetos de drenagem natural, restauração de manguezais e reflorestamento urbano, que transformam Belém em exemplo de cidade esponja amazônica. É aqui que as vozes dos biomas — da Caatinga ao Cerrado — se unem à agenda global da adaptação climática, reafirmando o papel do país como articulador de soluções sustentáveis e equitativas para o planeta

Conteúdo e Missão

A Expedição “Road to COP30” não é apenas um deslocamento geográfico, mas uma experiência de campo que une sustentabilidade, inovação e comunicação no contexto da agenda climática global.

Todo o conteúdo registrado dará origem a uma série de produtos editoriais e audiovisuais:

  • Documentário “Jornada Climática – Road to COP30”

  • Livro-reportagem “Brasil Climático”

  • Série de podcasts “E Agora?”

  • Exposição fotográfica “Road to COP30”

  • Mapa digital de soluções baseadas na natureza

Os conteúdos produzidos durante a expedição serão apresentados integrando a programação do Pavilhão Cidades Resilientes na COP30. Dessa forma, a jornada reforça o papel do IBAM e de suas instituições parceiras como articuladores da Agenda Brasileira de Adaptação Urbana e Resiliência Climática.

 

REDE DE INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E INTERNACIONAIS FORTALECE CONTEÚDO DA PROGRAMAÇÃO

  1. AFD – Agência Francesa de Desenvolvimento

  2. Arquitetos pela Moradia

  3. CCBC – Câmara de Comércio Brasil-Canadá

  4. FDC – Fundação Dom Cabral

  5. Fiocruz

  6. FNP – Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos

  7. Hub.Brussels

  8. INREDE – Rede Brasileira de Institutos de Planejamento

  9. Instituto da Cidade

  10. PACTO pela Restauração da Mata Atlântica

  11. Prefeitura de Fortaleza

  12. Prefeitura de Niterói

  13. Prefeitura de São Luís

  14. PUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

  15. UFABC – Universidade Federal do ABC

SOBRE O IBAM

Fundado em 2015, o Instituto Bem Ambiental (IBAM) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de atuação nacional e com expressiva inserção internacional.

Com sede em Belo Horizonte, é formalmente credenciado junto à UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) e ao IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima), integrando a seleta rede de entidades que contribuem tecnicamente para os processos decisórios climáticos mais relevantes do planeta.

Seu trabalho une ciência, inovação, justiça ambiental e articulação institucional para enfrentar a emergência climática com soluções integradas que geram impacto territorial e político.

O IBAM atua em cinco eixos estratégicos: adaptação às mudanças climáticas e resiliência local nas cidades; soluções baseadas na natureza e restauração ecossistêmica; comunicação climática; justiça climática e inclusão social; advocacy técnico e apoio à formulação de políticas públicas.

SOBRE O GRUPO MYR

Desde a COP26, o Grupo MYR tem participado presencialmente e contribuindo ativamente com as negociações globais, para a construção de soluções inovadoras que promovem um futuro mais sustentável e participando de forma constante da agenda climática internacional.

Além de sua atuação estratégica em planejamento territorial e soluções ambientais, o grupo também investe em inovação tecnológica para monitoramento e certificação de projetos sustentáveis, garantindo maior eficiência na implementação de políticas climáticas.

SOBRE O CAU/BR

Criado pela Lei nº 12.378/2010, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) é a autarquia federal responsável por orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da arquitetura e do urbanismo no país.

Em conjunto com os CAU/UFs, atua na valorização profissional, na defesa da ética e na promoção da contribuição da arquitetura e do urbanismo para o desenvolvimento das cidades.

SOBRE O CFQ

O Conselho Federal de Química (CFQ) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, sediada em Brasília (DF).

Ao lado dos Conselhos Regionais de Química (CRQs), compõe o Sistema CFQ/CRQs, que atua em todas as unidades da federação.

As diretrizes de atuação do CFQ incluem, além da valorização e promoção da Química como vetor de desenvolvimento para o Brasil, o compromisso de garantir à sociedade produtos e serviços de qualidade, dentro da ampla gama de possibilidades técnicas que a Química oferece nos tempos.

SOBRE A FUNDAÇÃO DOM CABRAL

A Fundação Dom Cabral (FDC) é uma escola de negócios brasileira com 49 anos de excelência, reconhecida entre as 10 melhores do mundo nos rankings de Educação Executiva do Financial Times 2025 — 4ª colocada em Programas Abertos (1º lugar em cinco critérios dessa categoria) e 8ª em Programas Customizados. Oferece soluções de desenvolvimento, preparando líderes para resolver problemas complexos e criar soluções inovadoras para pessoas, organizações de médio e grande porte, públicas e privadas, e a sociedade. Com uma abordagem única, integra rigor científico à aplicabilidade, inteligência à afetividade e desempenho ao progresso social. Em 2024, mais de 20 mil participantes foram certificados pela FDC.

Além de sua atuação na educação executiva e acadêmica, a FDC também investe no desenvolvimento social, apoiando jovens em situação de vulnerabilidade, empreendedores populares e organizações sociais. A instituição conta com um robusto programa de bolsas de estudo, consolidando suas ações no âmbito da educação social. O portal Seja Relevante amplia ainda mais essa capilaridade, ao democratizar o acesso a conteúdos sobre gestão, negócios, impacto social e carreira.


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