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Juros a 15%? Mercado já prevê mais dois aumentos e aperto no crédito

       "O Boletim Focus desta semana reforça que a batalha contra a inflação ainda não está vencida. A projeção para 2025 segue acima da meta. Isso indica que o aperto monetário, embora necessário, ainda não teve impacto suficiente para reancorar totalmente as expectativas do mercado. A leve revisão para baixo na inflação não elimina a necessidade de cautela por parte do Banco Central, que deve continuar vigilante antes de qualquer mudança de rumo na política de juros. O cenário global, com a possibilidade de estabilização dos juros nos EUA, pode aliviar parte da pressão sobre o câmbio, mas o desafio interno persiste: sem sinais claros de desaceleração da inflação de serviços e alimentos, dificilmente o BC encontrará espaço para cortes na Selic no curto prazo", André Matos, CEO da MA7 negócios. 

 

        "O Boletim Focus desta semana confirma que o mercado segue ajustando as expectativas diante do aumento de 1 ponto percentual na Selic, agora em 14,25% ao ano. Mesmo com a alta, o Focus ainda projeta inflação acima da meta em 2025, o que indica que o movimento do Banco Central foi necessário, mas pode não ser suficiente isoladamente. A elevação da Selic deve continuar pressionando o crédito e o consumo no curto prazo, mas o Banco Central deve avaliar os próximos dados antes de sinalizar novos aumentos. O mais provável é que, se houver uma desaceleração da inflação nos próximos meses, a autoridade monetária possa manter a taxa estável ou até iniciar um ciclo de cortes mais adiante. O foco permanece na inflação de serviços e alimentos, que continuam resistentes. O cenário internacional, com possível estabilidade nos juros americanos, também pode contribuir para aliviar o câmbio e ajudar na convergência da inflação no Brasil. O mercado segue atento aos desdobramentos fiscais e à ancoragem das expectativas para os próximos meses", Pedro Ros, CEO da Referência Capital. 

 

       

       "O Boletim Focus desta semana mostra que, mesmo após o Copom elevar a Selic em 1 ponto percentual, as expectativas de inflação para 2025 seguem acima do centro da meta, com apenas uma leve revisão. Isso revela que o movimento do Banco Central ainda não foi suficiente para reancorar as projeções, o que segue pressionando a autoridade monetária para manter o tom mais rígido na política de juros. A estabilidade das projeções para a Selic em 15% e o leve recuo nas expectativas para o dólar mostram que o mercado ainda enxerga um cenário desafiador, mas sob controle. Não há espaço, neste momento, para discutir cortes já que a discussão está entre uma nova alta ou uma pausa técnica ainda em 2025, caso haja melhora relevante nas expectativas.


No geral, o Focus confirma que o mercado ainda testa o compromisso do BC com a convergência da inflação. A próxima reunião será decisiva para sabermos se o aperto atual foi suficiente ou se o Copom terá que seguir subindo juros", Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos. 

 

 

       "Pela segunda vez o Boletim Focus apresentou queda para o IPCA em 2025, indo para 5,65%, uma queda tímida, mas que ainda assim representa uma perspectiva de um certo alívio da inflação para o mercado. Nas perspectivas para 2025, vemos também uma queda para o PIB e também para o câmbio, reflexos de uma Selic maior. Falando sobre a taxa de juros, a previsão é que ainda aconteçam dois aumentos menores por parte do BC, fechando então o ano em 15% conforme previsto do boletim. Para 2026 o que chama atenção é o aumento novamente para o IPCA, o que pode indicar que no longo prazo a economia pode trazer uma "ressaca" de um juros maior que impacta o aumento dos preços", Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike. 

 

 

       "O Boletim Focus desta semana revela uma leve redução na projeção do IPCA para 2025, de 5,66% para 5,65%, ainda acima do teto da meta de 4,5% . O recente aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,25% ao ano, visa conter as pressões inflacionárias persistentes. O Copom sinalizou que, na próxima reunião, poderá adotar um ajuste de menor magnitude, caso o cenário evolua conforme esperado. No entanto, a eficácia desse aumento dependerá de fatores como a trajetória das expectativas de inflação e a atividade econômica. Portanto, é provável que o Copom opte por uma elevação menor na próxima reunião, monitorando de perto os indicadores econômicos antes de considerar eventuais cortes nos juros", Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio. 

 

 

       "A revisão da projeção do PIB para 1,98% reforça a expectativa de um crescimento modesto em 2025, refletindo o impacto prolongado dos juros elevados sobre o crédito e o consumo. Com a Selic mantida em patamar restritivo, a atividade econômica tende a seguir um ritmo mais lento, o que pode gerar dilemas para o Banco Central nos próximos meses. Se, por um lado, a manutenção dos juros altos é crucial para conter a inflação, por outro, um crescimento fraco pode acentuar os desafios fiscais do país, reduzindo a arrecadação e ampliando o risco de desajustes nas contas públicas. O mercado segue atento aos sinais do Copom, avaliando se haverá necessidade de novos aumentos na taxa básica ou se uma pausa prolongada será suficiente para garantir a convergência inflacionária sem comprometer ainda mais a atividade econômica", Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X. 

 

       "A manutenção da Selic e a leve queda na projeção do dólar para 2025 sugerem que o mercado ainda vê um ambiente desafiador. Com juros elevados por um período prolongado, o apetite por ativos de risco continua limitado, favorecendo aplicações mais conservadoras, como títulos públicos e fundos de renda fixa atrelados à taxa de juros. Esse cenário tende a postergar uma retomada mais expressiva do mercado de ações, já que o custo de capital elevado impacta tanto o financiamento das empresas quanto a atratividade da Bolsa para os investidores locais. Além disso, o recuo modesto no PIB sinaliza um crescimento econômico tímido, o que pode restringir oportunidades de expansão para setores mais dependentes do crédito. No entanto, se a inflação mostrar sinais mais consistentes de desaceleração nos próximos meses pode reaquecer o fluxo de investimentos e trazer maior dinamismo ao mercado financeiro", João Kepler, CEO da Equity Group. 

 

       "Os dados do Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS) mostram que o mercado aumentou suas expectativas para um novo aperto monetário, com 64,4% de probabilidade de alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom. Esse movimento reflete uma percepção mais cautelosa diante da persistência da inflação e das incertezas externas, especialmente no cenário americano. A recente redução no número de contratos em aberto no mercado de opções do Copom sugere uma ligeira retração na tomada de posições, mas a precificação ainda aponta para uma Selic atingindo 15% até o fim do ano. Além da conjuntura doméstica, o cenário global segue como um fator determinante. A manutenção dos juros nos Estados Unidos e as incertezas sobre a política comercial americana pressionam os mercados emergentes, tornando a postura conservadora do Banco Central ainda mais necessária. Caso o Copom opte por um novo aumento, o impacto no custo do crédito pode intensificar a desaceleração econômica, mas, ao mesmo tempo, reforça o compromisso da autoridade monetária com o controle inflacionário", Felipe Uchida, Head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital. 


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