“Lilo & Stitch” (2025): Um live action que não esquece o coração da família
- Rodrigo Carvalho
- há 1 dia
- 2 min de leitura

Fui assistir ao live action Lilo & Stitch (2025) sem grandes expectativas. O desenho original de 2002 nunca teve um lugar especial no meu coração — eu lembrava mais como uma história fofa sobre um alienígena travesso que cai na Terra e é adotado por uma garotinha que o confunde com um cachorro. Mas saí do cinema completamente tocada. Dessa vez, me apaixonei de verdade pela trama.
A direção de Dean Fleischer Camp (Marcel the Shell with Shoes On) traz delicadeza e um ritmo certeiro à narrativa, equilibrando humor e emoção com sensibilidade. A pequena Maia Kealoha, que interpreta Lilo, é um achado raro. Carismática e intensa, ela encara cenas desafiadoras com uma naturalidade surpreendente. Já Sydney Agudong (Nani) entrega uma atuação afetuosa e autêntica como a irmã mais velha que luta para manter a família unida.
Stitch, mais uma vez dublado por Chris Sanders (também criador do personagem), continua com a mesma essência anárquica e adorável que o tornou tão querido. O CGI, que era motivo de preocupação para muitos fãs, funciona muito bem: Stitch está expressivo e bem integrado ao cenário, facilitando o vínculo emocional com o público.
O que poderia ser apenas um filme bonitinho sobre um “bicho de estimação diferente” revela-se uma história comovente sobre família, pertencimento, perdão e amor incondicional. Encanta as crianças com personagens engraçados e situações absurdas, mas também abre espaço para conversas importantes com os adultos — sobre luto, responsabilidade, acolhimento e o verdadeiro significado de ohana.
Com trilha sonora envolvente e uma ambientação havaiana que enche os olhos, Lilo & Stitch entrega um live action acima da média. Respeita o material original, mas também aprofunda as emoções, oferecendo uma experiência tocante para todas as idades.
Lilo & Stitch é um filme que parece simples à primeira vista, mas guarda um coração gigante. Para assistir com os filhos, sobrinhos ou com seu eu interior que ainda acredita em laços que duram para sempre. Afinal: “Ohana significa família. E família significa nunca abandonar ou esquecer.”
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