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No CCBB Brasília e com entrada gratuita, o espetáculo musical “A Metamorfose da Metáfora” reúne a literatura de Franz Kafka com a música popular brasileira

No dia 18 de maio, às 16h, no Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília), acontece o espetáculo “A Metamorfose da Metáfora”, com os músicos Jean Garfunkel e Pratinha Saraiva. O show faz parte da programação complementar da exposição “ROUČKA - Kafka em Movimento”, do artista tcheco Pavel Roučka, em exibição até 25/05, na Galeria 2 do CCBB Brasília. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingresso na bilheteria ou pelo site do CCBB, e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. 

 

Em “A Metamorfose da Metáfora”, Jean Garfunkel (voz, violão e narração) e Pratinha Saraiva (bandolim e flautas) promovem um encontro inusitado e profundo entre a literatura de Franz Kafka e a riqueza da música brasileira. Os músicos entrelaçam trechos de obras fundamentais de Franz Kafka, como A Metamorfose (1915), O Processo (1925) e Carta ao Pai (1919) – com canções emblemáticas de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O resultado é uma travessia poética entre palavras e sons, que aproxima o público da densidade kafkiana por meio da afetividade e leveza da canção brasileira. A proposta do espetáculo nasceu do projeto Canto Livro, que estimula o prazer da leitura por meio de apresentações temáticas que combinam literatura e música em diálogo sensível e imersivo.

 

Sobre os artistas

Jean Garfunkel é poeta, ator, cantor e compositor. Com cinco álbuns lançados, teve canções gravadas por nomes como Elis Regina e Zizi Possi. Parceria de artistas como Léa Freire, Júlio Medaglia e Yamandú Costa, é também autor do livro “Poemania Crônica” (2017), no qual desenvolve uma linguagem de “poesia proseificada”.

 

Pratinha Saraiva, flautista e bandolinista, participou do programa “Som Brasil” e atuou com artistas como Ângela Maria, Jamelão e Renato Teixeira. Gravou ao lado de Chico Buarque e Paulinho da Viola no álbum “Acerto de Contas”, dedicado à obra de Paulo Vanzolini.

 

Sobre a mostra

A mostra “ROUČKA - Kafka em Movimento”, realizada com o apoio da Embaixada da República Tcheca, estabelece uma conexão entre arte, literatura e história. É um convite ao público para refletir sobre os dilemas da existência humana sob uma nova perspectiva visual através de um mergulho na obra e no processo criativo do artista plástico contemporâneo e a obra do escritor nascido no final do século XIX.

 

Formada por 44 obras, entre pinturas em grande formato produzidas entre 1989 e 2024 e litogravuras produzidas entre 1991 e 2012, a mostra apresenta um recorte significativo da produção do artista tcheco. São distorções geométricas, figuras que traçam acrobacias entre o humano e o não-humano, tipos esquálidos e acuados, que se movimentam diante de lutas improváveis e fazem da agonia interna um traço da sua presença, da sua passagem. Roučka intitulou muitos dos seus trabalhos a partir de situações vindas diretamente da sua leitura e imaginação de trechos escritos por Kafka.

 

Experiências sonoras, visuais e táteis convidam o público a uma experiência imersiva na obra do pintor e do escritor. O desenho de som que permeia a galeria foi produzido a partir de frases retiradas de textos de Kafka e faladas em português e em tcheco, criando uma atmosfera que conduz o visitante pelo universo literário de Kafka. Uma réplica de “O castelo” impresso em alemão em 1926, banners em português e inglês com trechos do livro e exemplares do romance e coletados em sebos de livros apresentam ao público as várias edições publicadas no Brasil ao longo de quase cem anos desde que foi apresentado pela primeira vez. Uma videoarte produzida pelo diretor Pablo Munhoz a partir de filmagens de Roučka realizadas pelo documentarista Vladimir Holomek no ateliê do artista, com música de Leoš Janáček e frases de Franz Kafka. A mostra conta com acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão por meio de mapa tátil e áudio descrição de grande parte das obras.

 

Pavel Roučka nasceu em Praga em 20 de junho de 1942 e fez sua formação acadêmica na Escola Secundária de Geodésia e Cartografia de Praga, onde se formou em 1960. Entre 1968 e 1969, foi responsável pela cenografia de desenhos animados no estúdio Belvision, em Bruxelas. A partir de 1974, ampliou suas experimentações gráficas para além da pintura, criando composições figurativas e paráfrases de imagens do Renascimento, utilizando técnicas de fotogravura e verniz fundido. Em 1977, passou a trabalhar com litografia, produzindo gravuras originais com temas bíblicos, além dos kafkianos. A partir dos anos 1980, concentrou-se principalmente na pintura, no desenho e na litografia, sendo conhecido por suas composições figurativas expressivas, marcadas pelo uso de cores incomuns, e por métodos de trabalho não convencionais. É também a partir dos anos 1980 que Roučka começa a produzir as pinturas em grande formato criando um diálogo entre as várias técnicas e suportes para traduzir a obra de Kafka.


Ao descobrir minha primeira paixão literária, “O castelo”, de Kafka, eu – um estudante de agrimensura não muito entusiasmado, que passava o tempo rabiscando embaixo da carteira – imediatamente me identifiquei com o personagem agrimensor K., que também não demonstrava muita pressa para começar a trabalhar no castelo”, afirma o artista plástico. Escrito em 1922 e lançado após a morte de Kafka (1924), o romance conta a história do Senhor K, um agrimensor contratado por um conde para prestar um serviço que ele não consegue realizar por mais que se esforce, ao não conseguir entrar na edificação. “Sinto-me atraído por uma linguagem diferente, inigualável, a linguagem de Franz Kafka, que há mais de cem anos, usando palavras (como tons plenos de cores?) e palavrinhas (como semitons coloridos?), adentra nosso subconsciente, transcende a consciência e questiona a palavra falada, ciente de que ela pode soar completamente diferente”, ressalta Roučka.

 

Acessibilidade    

A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes.    

 

A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB ou ainda pelo QR Code da van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo. 

 

Horários da van:    

Biblioteca Nacional – CCBB: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h    

CCBB – Biblioteca Nacional: 13h, 15h, 17h, 19h e 21h 

 

 

Sobre o CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.

 

Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.

 

Além disso, oferece o Programa CCBB Educativo, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.

 

Desde o final de 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, e desde então recebe a renovação anual da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a sustentabilidade.

 

A conquista atende à Ação 24 da Agenda 30, que tem por objetivo reforçar a gestão dos programas, iniciativas e práticas ambientais e de ecoeficiência do BB e demonstra o alinhamento do CCBB Brasília à estratégia corporativa do BB, enquanto espaço de difusão cultural que valoriza a diversidade, a acessibilidade, a inclusão e a sustentabilidade porque transformar vidas é parte da nossa cultura.

 

Serviço:

“A Metamorfose da Metáfora”

Espetáculo musical

Com | Jean Garfunkel | voz, violão e narração bandolim e flautas

            Pratinha Saraiva | bandolim e flautas

Quando | 18/05, às 16h

Onde | Cinema do CCBB Brasília

Acesso | Gratuito, mediante retirada de ingresso no site bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília

Classificação Indicativa | Livre

 

“ROUČKA - Kafka em Movimento”

Mostra de pinturas e litogravuras do pintor tcheco Pavel Roučka

Visitação | De 11 de março a 25 de maio de 2025

Local | Galeria 2 do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Horário | De terça a domingo, das 9h às 21h

Acesso | Gratuito, mediante retirada de ingresso no site bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília

Ingressos disponíveis a partir das 12h do dia 17/05

Classificação Indicativa | Livre


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