O Homem de Aço brilha de novo sob a direção de James Gunn
- Rodrigo Carvalho

- 8 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de jul.

Por Rodrigo Carvalho
O novo filme do homem mais forte do mundo, dirigido por James Gunn, chega para redefinir o que esperamos de filmes de super-heróis. Chega de produções cinzentas, realistas demais, que esquecem o que é se encantar por alguém capaz de voar. Aqui, o herói volta a ser inspiração, esperança e emoção. Gunn entrega um Superman mais humano, sem perder a grandiosidade que o personagem carrega nos quadrinhos.
O filme já começa diferente, sem enrolação. Nada de origem repetida, foguete caindo no Kansas, ou pais adotivos encontrando um bebê alienígena. A história já começa na porrada, com uma luta intensa contra o Martelo de Boravia, e, sim, o Superman (David Corenswet) perde! Ele ainda está em construção, um herói em aprendizado, lidando com seus próprios limites e descobrindo como ser o símbolo que o mundo precisa. Isso é puro quadrinho!
E o elenco? Simplesmente o melhor já reunido em um filme de herói. Lois Lane (Rachel Brosnahan) é a Lois dos quadrinhos, inteligente, destemida, com carisma e presença. Lex Luthor (Nicholas Hoult), enfim, é um vilão à altura, ameaçador, mega inteligente, sem escrúpulos, articulado e com uma motivação que faz sentido. Jimmy Olsen (Skyler Gisondo), que muitas vezes é retratado como um alívio cômico bobo, aqui tem um papel importante e bem desenvolvido. Até o Krypto, o supercão, rouba a cena! Um cachorro superpoderoso que mistura destruição com carisma. Incrível!
E não para por aí: Guy Gardner (Nathan Fillion), o Lanterna Verde mais cretino dos quadrinhos, está perfeitamente adaptado. Senhor Incrível (Edi Gathegi) é preciso e imponente, um dos melhores personagens da história, e a Mulher-Gavião (Isabela Merced) mostra que não está para brincadeira. Cada herói tem seu momento, todos bem encaixados na narrativa.
O Superman de Gunn é aquele cara bondoso, gentil, sorridente, que se importa com humanos, animais, robôs — todos. Ele é a encarnação do bem, sem parecer bobo ou ultrapassado. Como Clark Kent, David Corenswet também convence muito. Os pais adotivos, Martha (Neva Howell) e Jonathan Kent (Pruitt Taylor Vince), interpretados por atores que parecem figurantes, dão um toque de autenticidade, gente comum criando um ser extraordinário. E a presença dos pais biológicos de Kal-El adiciona uma camada ameaçadora e instigante à trama.
Lex Luthor? Nada de vilania vazia. Sua motivação é real, política, quase compreensível. Ele não é só um careca com inveja: ele vê no Superman uma ameaça legítima.
Se existe um ponto fraco, talvez sejam os diálogos expositivos. Em alguns momentos, o filme explica demais o que já está claro na tela. São cenas que poderiam confiar mais na inteligência do público. Mas isso é apenas um pequeno detalhe no meio de tanta coisa boa.
No fim das contas, o filme não inventa nada de novo, mas executa tudo com excelência. É o início de uma nova era nos filmes de super-heróis: mais colorida, mais fiel aos quadrinhos, mais divertida e com muito coração. James Gunn acerta em cheio e dá ao Superman o filme que ele merece.
Ah! E tem duas cenas pós-créditos, mas elas não acrescentam nada à trama. Dispensáveis.
NOTA: 🦸🦸🦸🦸🦸










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