Pecadores – Vampiros, Blues e a redenção de dois irmãos
- Rodrigo Carvalho
- há 13 horas
- 2 min de leitura

Dirigido com precisão por Ryan Coogler, Pecadores é uma grata surpresa que mistura máfia, sobrenatural e música em uma trama envolvente ambientada na época de Al Capone (anos 30). Michael B. Jordan entrega uma performance em dose dupla interpretando os gêmeos Fuligem e Fumaça — dois antigos capangas do crime organizado que decidem abandonar a violência para abrir uma boate de blues para a comunidade negra em sua cidade natal.
A narrativa começa de maneira quase leve, acompanhando os esforços dos irmãos para montar o novo negócio, enfrentando fantasmas do passado e recrutando funcionários, até chegar ao ponto de convidarem seu primo, o talentoso "Pastorzinho", para animar a inauguração. Mesmo enfrentando a desaprovação do pai religioso, o jovem aceita — e é aí que a história muda de tom. Seu blues arrebatador atrai forças malignas, e a boate se torna palco de uma batalha sangrenta contra vampiros.
Pecadores constrói a tensão com maestria, numa escalada constante que conduz o espectador de uma atmosfera vibrante e musical até um cenário de puro terror. Ryan Coogler equilibra cenas de sustos (os famosos jump scares), momentos sobrenaturais intensos e pitadas de humor bem colocado, para aliviar a tensão sem quebrar o ritmo.
É impossível assistir ao filme e não lembrar de Um Drink no Inferno, clássico de Quentin Tarantino, principalmente pela mudança brusca de gênero no meio da história e pela forma como o absurdo é abraçado com autenticidade.
O longa ainda reserva duas cenas pós-créditos que expandem o universo da trama e prometem mais aventuras nesse cenário onde o blues e o terror caminham lado a lado.
Pecadores é uma ótima pedida para quem gosta de boas histórias, aventura, criaturas sobrenaturais e uma boa dose de adrenalina. Um filme que ousa misturar gêneros e acerta em cheio, mostrando que redenção pode vir das formas mais inesperadas — até mesmo lutando contra vampiros.
NOTA: 👍👍👍👍👍
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