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Shadow Force: clichês, tiros e surpresas no meio do caminho

Por Adriane Bayard


Fui assistir Shadow Force – Sentença de Morte sem grandes expectativas. Esperava mais um filme de ação genérico, daqueles que você encontra zapeando a TV numa tarde qualquer. E, de certo modo, ele entrega exatamente isso: uma trama previsível, repleta de clichês, mas que, surpreendentemente, consegue fisgar a atenção nos momentos certos.


A história acompanha dois ex-agentes secretos que, após se apaixonarem e formarem uma família, traem a organização que um dia serviram — a temida Shadow Force. Agora, como foragidos, tentam proteger o filho enquanto são caçados por antigos colegas e pelo implacável líder da agência. O início é um pouco arrastado, focado na construção dramática e na tentativa de criar conexão emocional com os protagonistas. Mas é a partir da metade que o filme acelera, com perseguições, confrontos bem coreografados e sequências de ação que elevam o ritmo da narrativa.


O ponto alto da produção está, sem dúvida, no elenco. Kerry Washington entrega intensidade e vulnerabilidade como Kyrah Owens, enquanto Omar Sy, no papel de Isaac Sarr, equilibra carisma e sensibilidade com naturalidade. A química entre os dois é convincente e dá fôlego a um roteiro que, sozinho, teria dificuldades para se sustentar. Mark Strong interpreta o vilão com aquele ar calculista que já lhe é característico, e o elenco de apoio — com nomes como Da’Vine Joy Randolph e Method Man — ajuda a compor a atmosfera de conspiração e tensão.


A direção é assinada por Joe Carnahan, conhecido por títulos como A Perseguição e Esquadrão Classe A. Aqui, ele também coassina o roteiro com Leon Chills, entregando um thriller com boas intenções e produção bem cuidada, ainda que limitado pelas convenções do gênero. A fotografia de Juan Miguel Azpiroz merece menção, especialmente nas cenas que exploram as paisagens da Colômbia e do México, dando um toque visual acima da média.


No fim das contas, Shadow Force não reinventa a roda, mas cumpre bem sua proposta: oferecer entretenimento direto, com ação o bastante para manter o espectador engajado. A trama de redenção familiar e o dilema entre passado e presente são tratados de maneira superficial, mas funcionam como pano de fundo eficaz para as explosões, tiroteios e reviravoltas.


Se você curte esse tipo de filme, vale dar o play. E se já assistiu, me conta: também achou que ele melhora bastante do meio pro final?


NOTA: 🔫🔫🔫

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