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Supercine Feminista: 2ª edição traz programação gratuita para mudar o roteiro da desigualdade de gênero no setor audiovisual

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Cada frame é um ato político. Quando as lentes se voltam para as questões sociais, as mulheres assumem o protagonismo na luta contra a desigualdade de gênero na indústria cinematográfica. Com o propósito de estimular o pensamento crítico, ampliar o acesso à cultura e fortalecer a presença feminina no setor audiovisual, o projeto Supercine Feminista dá início, em 21 de agosto, à temporada de oficinas gratuitas, sessões de filmes com pipoca e debates em São Sebastião.

Para abrir a programação da edição 2025, a Casa LUAR recebe a oficina "Cartografia Poética do Cinema Brasiliense", na quinta-feira (21/08), a partir das 19h. Durante o encontro, a pesquisadora Pamela Arteaga promoverá uma imersão no acervo que mapeia produções cinematográficas rodadas em Brasília entre 1956 e 2005, revelando locações, paisagens e a construção da identidade cultural da capital por meio da sétima arte.

"Brasília não é apenas cenário, mas personagem de narrativas que vão da utopia modernista às críticas sociais. Esse mapeamento revela como o cinema interpretou e reinventou a capital", destaca Arteaga, que é doutora em Políticas Públicas Culturais pela UnB e coordenadora do OPCULT – Observatório de Políticas Públicas Culturais


PROGRAMAÇÃO

De agosto a outubro, o Supercine Feminista vai trazer para o debate a produção audiovisual brasileira e a igualdade de gênero. As atividades são direcionadas à comunidade de São Sebastião, região do Distrito Federal onde 52% da população são mulheres. 

Com acesso ainda limitado a equipamentos culturais e poucas oportunidades de vivência artística, a região é um dos territórios prioritários para iniciativas que promovam o direito à cultura e à participação social. No dia 28, a Doutora em Linguística - Linguagem e Sociedade pela Universidade de Brasília Jaqueline Coelho apresenta a palestra “Representação Feminina no Cinema: Passado e Presente”. Já em setembro, a co-fundadora da Casa LUAR e professora do Intituto Federal de Brasília, Érica Letícia Ribeiro, traz para o debate o tema "Cinema e Literatura Feminista".

Idealizado pelo Movimento Cultural Supernova e realizado pela proponente Roberta Santos, o Supercine Feminista conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. “Queremos criar espaços de diálogo onde as mulheres se sintam representadas e inspiradas a contar suas próprias histórias”, afirma Roberta Santos, proponente do projeto.


CENÁRIO DO AUDIOVISUAL

Segundo estudo da ONU Mulheres, em parceria com o Instituto +Mulheres e apresentado em Cannes no início de 2025, mulheres e pessoas negras seguem sub-representadas nos cargos de liderança do setor audiovisual brasileiro e enfrentam inúmeras barreiras. Embora representem 48% da força de trabalho técnico-criativa, elas têm menos acesso a posições estratégicas, piores condições de trabalho e remuneração desigual. Em média, mulheres recebem apenas 76% do rendimento dos homens. Entre todos os grupos analisados, mulheres negras registram a menor média salarial: R$ 13.187,50.


SERVIÇO

Oficina "Cartografia Poética do Cinema Brasiliense" - com Pamela Arteaga (CEAM/UnB – OPCULT)Quando: 21/08. Quinta-feira, das 19h às 21hOnde: Casa Luar (Quadra 301, conjunto 9, casa 10)Quanto: entrada franca

Realização: Movimento Cultural Supernova e Roberta Santos Apoio: Fundo de Apoio a Cultura, IFB Campus São Sebastião e Casa Luar 


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