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Um tombo, um jogo ou uma batida: quando o cérebro sofre o trauma que os olhos não veem

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O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) é uma das principais causas de emergência neurológica no Brasil e cresce significativamente em períodos de maior movimentação, como as festas de fim de ano. Acidentes de trânsito, quedas especialmente entre idosos, esportes de impacto e episódios de violência doméstica estão entre os motivos mais frequentes que levam ao trauma.



Embora, muitas vezes, não haja ferimentos aparentes, o cérebro pode ter sofrido danos internos capazes de gerar consequências graves. “O TCE é traiçoeiro porque nem sempre o sinal está na superfície. Muitas vezes, a pessoa se levanta achando que está tudo bem, mas o cérebro já iniciou um processo de inflamação que pode evoluir rapidamente”, explica o neurologista Dr. Heitor Lima.



A falta de informação sobre primeiros socorros é um dos maiores agravantes. Após um impacto na cabeça, sintomas como dor intensa, tontura, sonolência anormal, náuseas, dificuldade de fala ou mudanças no comportamento exigem atenção imediata.



O atendimento rápido pode impedir sequelas cognitivas e emocionais que comprometem memória, concentração, humor e até a capacidade funcional. “A orientação é simples: bateu a cabeça, observe. Qualquer alteração neurológica, procure um serviço de urgência. A demora no atendimento é o que transforma um trauma leve em um problema permanente”, reforça o especialista.



Além das complicações físicas, os efeitos psicológicos também merecem destaque. Muitas vítimas desenvolvem ansiedade, irritabilidade, depressão ou alterações de personalidade após o trauma.



Dr. Heitor alerta que o acompanhamento multidisciplinar é essencial para a reabilitação: “O cérebro tem uma capacidade incrível de recuperação, mas isso depende de diagnóstico correto, cuidado contínuo e, principalmente, prevenção. Nas próximas semanas, com viagens, festas e esportes ao ar livre, meu conselho é redobrar a atenção um pequeno descuido pode gerar um grande impacto”.



O especialista reforça o uso de equipamentos de proteção, o consumo responsável de álcool, a observação cuidadosa de idosos e a busca imediata por ajuda médica diante de qualquer suspeita de TCE.



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