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Wicked – Parte 2 entrega emoção, costura narrativas clássicas e deixa um gostinho de “quero mais”


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Antes de assistir Wicked: Parte 2, fiz o dever de casa: revi o primeiro filme para entrar novamente no clima desse universo que, apesar de musical, um gênero que geralmente não me pega, acabou me conquistando. Ariana Grande está excelente como a bruxinha fútil, com aquele ar afetado e irresistivelmente engraçado, enquanto Cynthia Erivo, mais uma vez, carrega o peso emocional da história como uma Elphaba intensa, vulnerável e magnética. O resto do elenco cumpre bem seu papel de apoio, mas é inegável que o brilho vem delas.


Dito isso, fui ver o segundo filme e me surpreendi novamente. Wicked: Parte 2 aprofunda a tal “história por trás da história” de Oz e entrega um mosaico muito interessante de como tudo se encaixa no clássico que já conhecemos. Mesmo sendo previsível, afinal, a gente sabe onde tudo vai parar, é muito bom ver como a trama entrelaça a chegada de Dorothy, o surgimento do Leão Covarde, o passado do Espantalho e até a tragédia que transforma um homem em lata. Tudo é costurado de um jeito fluido, como se a história estivesse apenas esperando para ser contada dessa forma.


Senti também que essa segunda parte é bem mais emocional do que grandiosa. Não que faltem cenários impressionantes ou momentos marcantes, mas aqui o foco parece estar menos em números musicais épicos e mais nas conexões, nas motivações e na conclusão da jornada de cada personagem. E isso funciona demais. As interpretações continuam fortes, Erivo está no auge dramaticamente, Ariana entrega um timing cômico afiadíssimo, e o visual de Oz permanece vibrante, cheio de detalhes e simbolismos que enriquecem a experiência. Para mim, a divisão do filme em duas partes acaba se justificando principalmente aqui, já que este segundo capítulo entrega a catarse emocional que o primeiro apenas preparou.


No meio disso tudo, não pude deixar de comparar com Malévola. Wicked faz o que Malévola tentou e, na minha opinião, não conseguiu. Angelina Jolie até segura uma vilã icônica, mas a tentativa de recontar a história de um jeito diferente deixou tudo artificial, raso e, sendo sincero, bem ruim. E ainda tiveram a coragem de fazer continuação. Já Wicked reimagina e ressignifica sem destruir o que veio antes. Pelo contrário, acrescenta, aprofunda e dá mais vida a Oz.


Ao final de Wicked: Parte 2, ficou em mim uma sensação muito clara: agora falta um terceiro filme. Seria incrível ver O Mágico de Oz totalmente recontado pelo olhar de Dorothy, mas dessa vez atravessando a Oz complexa, cheia de camadas e conflitos que Wicked construiu tão bem. Uma versão que ligue de vez todos os pontos e mostre a história clássica a partir de um prisma completamente novo.


Depois de duas partes tão bem construídas, fechar essa jornada com uma trilogia faria todo sentido. E, convenhamos, seria um presente e tanto para quem se encantou com esse novo olhar sobre Oz.


Nota: 🧙🧙🧙


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