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Ícone da gravura no DF em mostra no Sesc Niterói

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O Sesc Niterói traz em primeira mão uma mostra da produção de artistas contemporâneas brasileiras em atividade que trabalham com abstração na gravura. A iniciativa faz parte da pesquisa da curadora Ana Carla Soler, que há cinco anos vem se dedicando ao tema. A mostra “Órbitas Abstratas” apresenta trabalhos representativos de Adriana Moreno, Ana Takenaka, Elaine Arruda, Helena Lopes, Kika Levy, Laila Terra e Renata Basile. Realizada por meio do Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, a mostra abre no dia 1º de novembro de 2025, das 14h às 17h30, e vai até 8 de fevereiro de 2026, com entrada franca. 

“Órbitas Abstratas” reúne obras de artistas de diferentes regiões, idades, estágios de carreira e que atuam com técnicas diversas dentro da gravura. Estão lá trabalhos de Helena Lopes, de 84 anos de idade, que vive em Brasília, junto com gravuras de artistas jovens, como Ana Takenaka, de 30; e Adriana Moreno, de 36. Artistas como Elaine Arruda, professora de gravura da Universidade de Belém do Pará, e Renata Basile, com uma trajetória consistente na área, mostram produções diversas e experimentais. “Temos contrastes regionais, geracionais, de fase de carreira, de técnicas, tanto gravura experimental, como gravura tradicional e de experimentação. Há artistas das regiões Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. De Brasília, Belém do Pará e do eixo Rio-São Paulo”, conta a curadora.

Helena Lopes nasceu em São Paulo e foi para Brasília na década de 70, onde vive até hoje. Formada pela Universidade de Brasília, a artista é um dos nomes mais fortes da gravura no país, responsável também por um dos ateliês de arte mais renomados do Brasil. O Atelier Helena Lopes é conhecido como um ponto de encontro de artistas da capital federal, onde possuem suas oficinas criativas e desenvolvem suas pesquisas. No local, Helena Lopes organizou o projeto de Desenvolvimento Poético para Artistas Visuais, uma experiência de troca de conhecimento, onde são propostas investigações sobre como transformar em poética o que nos atravessa, o que nos move a fazer arte, a apreciar arte, a escolher entre ser arrastado pelo bombardeio de informações que nos atinge em tempo integral ou buscar a contemplação e reflexão proporcionadas pela arte.

Além de Helena Lopes, a mostra apresenta um rol importante de artistas que atuam na abstração contemporânea a partir de uma linguagem comum: a gravura. Segundo a curadora, a exposição teve como inspiração o livro “Abstracionismo - Geométrico e Informal”, de Anna Bella Geiger e Fernando Cocchiarale (Sesc Tijuca, 1987). Essa exposição é a segunda, de um projeto da curadora de apresentação e mapeamento de gravuristas brasileiras contemporâneas. A primeira fez um recorte de artistas que investigam a gravura por meio da figuração. Intitulada “Gravadas no Corpo”, a mostra reuniu 44 artistas das artes gráficas e aconteceu em São Paulo, no Bananal Arte e Cultura; e no Rio de Janeiro, no Instituto Inclusartiz. Agora, no SESC Niterói, o projeto apresenta um estudo da abstração entre a forma e a mancha. “Nesse recorte contemporâneo, a abstração se revela como uma vertente de pesquisa do artista. Quando falamos de manchas nesse conjunto de obras, devemos pensar em tudo aquilo que na matriz da gravura encontra seus contornos de forma livre, pelo gesto ou pela técnica. Já ao tratar da forma, nessas obras, há um pré-pensamento do artista de delimitar margens, que ora se elaboram na geometria, ora de modos orgânicos”. 

O SESC tem um papel importante, especialmente no Rio de Janeiro, de fomentar um dos mais respeitados ateliês de gravura no país, como é o caso do tradicional Sesc Tijuca. Essa exposição surge como mais uma iniciativa do Sesc no sentido de mapear e construir um acervo com as mais importantes gravadoras do Brasil. O acervo do Sesc reúne um número relevante de obras abstratas.

 

HELENA LOPES

Nasceu em São Paulo - SP, em 1941. Em 1973, foi para Brasília, onde trabalha e reside. Em 1984, graduou-se em artes pela Universidade de Brasília. Foi bolsista de aperfeiçoamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, na pesquisa “Cerrado: fonte geradora de imagens em gravura em metal”, de 1986 a 1990, com orientação da professora Cathleen Sidki. Entre 1990 e 2015, respondeu pelo Atelier Revisão da Gravura, escritório dedicado à divulgação e comercialização da gravura, participando de feiras e organizando eventos coletivos com artistas de todo país.  Em 2015, encerrou as atividades do Atelier Revisão da Gravura. Passou a dedicar-se à produção autoral e à pesquisa de suportes, materiais naturais, pigmentos à base de terra e sementes do cerrado. Incorporou em seu trabalho a fotografia de calçadas e do chão por onde caminhava, que se ampliou para a pesquisa digital. As provocações da tecnologia e da arte contemporânea levaram a artista a se reposicionar esteticamente. Em 2020, reabriu o espaço ao público de artistas e outras pessoas interessadas em arte, que passou a se denominar Atelier Helena Lopes, onde organizou o projeto de Desenvolvimento Poético para artistas Visuais. Trata-se de uma experiência de troca de conhecimentos, onde são propostas investigações sobre como transformar em poética o que nos atravessa, o que nos move a fazer arte, a apreciar arte, a escolher entre ser arrastado pelo bombardeio de informações que nos atinge em tempo integral ou buscar a contemplação e reflexão proporcionadas pela arte.

 

SERVIÇO

Exposição de arte contemporânea

Título: Órbitas Abstratas

Curadoria: Ana Carla Soler

Artistas: Adriana Moreno, Ana Takenaka, Elaine Arruda, Helena Lopes, Kika Levy, Laila Terra e Renata Basile

Local: Sesc Niterói

Abertura: 1º/11/25 (sábado), das 14h às 17h30Período expositivo: 1º/11/25 a 08/02/26Endereço: R. Padre Anchieta, 56 - São Domingos - Niterói - RJ, CEP 24210-050


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