Chão | Obras de Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF) e Rubiane Maia (ES) | Curadoria Gisele Lima e Pé Vermelho
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Chão | Obras de Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF) e Rubiane Maia (ES) | Curadoria Gisele Lima e Pé Vermelho

No dia 28 de março, a partir das 16h30, o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo apresenta “Chão”, mostra coletiva com obras de Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF) e Rubiane Maia (ES). A exposição, a terceira dentro do projeto Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções, apresenta a produção de artistas visuais brasileiras que partem da relação estabelecida com a terra, a percepção e a transformação da matéria orgânica e da noção de território. A mostra tem curadoria da equipe do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo compartilhada com a curadora convidada Gisele Lima. No dia da abertura, acontece a palestra “Romper à Margem”, com os artistas e curadores que participam da mostra.

 

Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, a mostra fica aberta para visitação até 9 de maio, de quinta a sábado, das 17h às 21h, mediante agendamento pelo e-mail pevermelho@pevermelho.art. O projeto é realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF). O Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo fica na Avenida 13 de maio, Quadra 57, Lote 6 – Setor Tradicional, Planaltina – DF. No Instagram e no Facebook @pervermelhoec.

 

Curadora do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo, Luciana Paiva ressalta que o projeto “Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de Inserções” propõe um outro movimento ao constante deslocamento de artistas, público e obras para os centros hegemônicos da arte. “Ao trazer artistas de outros estados que estão em etapas diferentes de consolidação de suas carreiras para a periferia do Distrito Federal”, diz a curadora. “Rubiane Maia é a artista convidada desta terceira mostra e estará presente na palestra “Romper à Margem” que acontece na abertura. Dadá do Barro e Ludmilla Alves são as artistas locais, selecionadas a partir de pesquisa e análise de portfólios pela equipe do Pé Vermelho junto a Gisele Lima. A variedade de corpos, origens, temas e linguagens artísticas é um dos norteadores para as seleções de artistas e suas obras”, completa a curadora.

 

Dadá do Barro apresenta um conjunto inusitado de peças em cerâmica, onde a forma de frutas, vasos, animais e casas se fundem e complementam. Nascida no Maranhão, Dadá está à frente do Instituto Maria do Barro desde 2006, legado da artista militante social que a acolheu desde sua chegada no Distrito Federal na década de 90. Ludmilla Alves apresenta pinturas e instalações que partem da pesquisa com elementos presentes no bioma do Cerrado, como a coleta de pigmentos e de cascas de árvores. A transformação de parte destes materiais ao longo do período de exposição, evidenciando a passagem do tempo, faz parte de seu interesse de pesquisa. Já Rubiane Maia, que esteve presente na 35ª Bienal de São Paulo em 2023, utiliza a terra vermelha do cerrado para propor um desdobramento de suas experiências realizadas na fronteira entre Minas Gerais e o Espírito Santo, onde nasceu. Hoje a artista mora no Reino Unido e desenvolve uma pesquisa transdisciplinar que abarca a performance, a instalação, a fotografia e o desenho.

 

Sobre as artistas

Idalete Silva, Dadá do Barro, nasceu em Bacuri-MA. Na década de 1990 veio para o DF em busca de melhores condições de vida. Foi acolhida por Dona Maria do Barro, com quem viveu e trabalhou até sua morte, em 2006. É presidente vitalícia do Instituto Maria do Barro, legado da artista e militante social. Produz peças em cerâmica desde 2018. Em 2022 teve peças expostas na Casa Cor São Paulo e participará novamente neste ano. Teve uma peça selecionada para a exposição Brasília: a Arte da Democracia, sob curadoria de Paulo Herkenhoff, a realizar-se na Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. Comercializa sua produção por meio de rede social (@institutomariadobarro) e em lojas físicas do DF, inclusive na Feira de Artesanato da Torre de TV.

 

Ludmilla Alves (Taguatinga, 1987)  é artista, pesquisadora e professora. Doutora em Deslocamentos e Espacialidades e mestre em Poéticas Contemporâneas pela Universidade de Brasília (PPGAV/UnB), com a tese Rotas, Raízes e Devorações – re-voltar a pintura e outras histórias selvagens (2021), e a dissertação Noite Oblíqua (2016). Bacharel em Comunicação Social (FAC/UnB). No ensino, atua nas áreas de teoria, história da arte, métodos e processos de criação artística, com foco em arte contemporânea. A pesquisa prática transita por investigações com o Cerrado, transformações da matéria, ficções, experiências com o tempo, a palavra e principalmente o campo da pintura, em diálogo com proposições, colagens, intervenções, instalações, entre outras. Expõe e publica regularmente desde 2013. Nas redes sociais @ludmillaalvs.

 

Rubiane Maia é uma artista transdisciplinar brasileira que vive em Folkestone, Reino Unido. Seu trabalho é um híbrido entre a performance, a instalação e outras formas de expressão, como a escrita, a fotografia, o vídeo, o desenho e a pintura. Em geral, interessa-se pelo corpo, linguagem, memória, fenômenos e matéria orgânica, sentindo-se especialmente atraída por diferentes estados de percepção e sinergia através das relações de interdependência e cuidado entre seres humanos extra-humanos, como minerais e plantas. Frequentemente desenvolve pesquisas em contextos específicos, sempre considerando os elementos, a paisagem e o ambiente como norteadores ou co-criadores de suas obras. Em 2015, participou da exposição 'Terra Comunal - Marina Abramovic + MAI', no SESC Pompéia, São Paulo, com a performance de longa duração 'O Jardim'. Em 2016, desenvolveu o projeto ‘Preparação para o Exercício Aéreo, o Deserto e a Montanha’ percorrendo paisagens de altitude como Uyuni (Bolívia), Pico da Bandeira (Espírito Santo/Minas Gerais) e Monte Roraima (Roraima, BR e Santa Helena de Uairén, VEN). Desde 2018 trabalha no projeto ‘Livro-Performance’, composto por um conjunto de ações pensadas em resposta a textos autobiográficos particularmente influenciados por memórias transgeracionais ligadas a questões de gênero e raça. Em 2023, Rubiane esteve presente na 35ª Bienal de São Paulo ‘Coreografias do Impossível’, ‘Ana Mendieta: Silhuetas em Fogo | Terra abrecaminhos' no SESC Pompéia, São Paulo, e 'Fazer o Moderno, Construir o Contemporâneo: Rubem Valentim', Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil.

Sobre a curadora convidada

Bacharela em Teoria, crítica e história da arte pela Universidade de Brasília, Gisele Lima desenvolve pesquisas que investigam processos de criação, do fazer, do trabalho artístico, da produção cultural e da curadoria desde 2013. Se mantém plural e versátil na missão de fazer acontecer eventos de arte apesar dos pesares. Em 2019 se tornou gestora do ecossistema de arte e galeria-escola A Pilastra que tem como foco a democratização da arte e seus acessos, a formação e fomento de artistas e agentes culturais dissidentes.  Foi cocuradora da mostra Triangular – Arte deste século (2019/2020), realizada na Casa Niemeyer – UnB, melhor exposição coletiva institucional pela revista Select (2019); curadora convidada da 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba com a mostra Contraforte (2019) e Ganhadora do primeiro edital de curadoria da Galeria OMA (2018), São Bernardo do Campo – SP, com a mostra Métrica realizada no mesmo ano.

 

Sobre Luciana Paiva

Luciana Paiva é artista, pesquisa a visualidade do texto e tem como ponto de partida o uso dos elementos da escrita como matéria. Concluiu o Doutorado em Artes pela Universidade de Brasília em 2018; cursou o Programa Aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 2011 e participou do Rumos de Artes Visuais 2011-2013. Em 2019 foi uma das artistas selecionadas para o 29o Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo apresentando a exposição individual Cidade Partida. Participa de exposições desde 2004, atuando também como educadora e na organização e curadoria de eventos em arte. Desde 2017 integra o grupo de artistas vinculados ao Pé Vermelho Espaço Contemporâneo em Planaltina – DF.

Sobre o projeto

Temporada de Exposições – Contraêxodo: Estratégias de inserções” promoverá quatro ciclos de exposições e palestras que reúnem artistas não-sudestinos com experiências de sucesso em circulação nacional e internacional junto à artistas locais, estimulando trocas, encontros e debates sobre arte contemporânea, estratégias de inserção e circulação. O projeto propõe um outro movimento ao constante deslocamento de artistas, público e obras para os centros hegemônicos da arte. Ao trazer artistas de outros estados que estão em etapas diferentes de consolidação de suas carreiras para a periferia do Distrito Federal, centro excêntrico do Brasil, o projeto propõe fortalecer outros caminhos ao possibilitar o acesso presencial à produção e pensamento contemporâneo nas artes visuais a um público que, quando pode, precisa transpor barreiras geográficas continentais, sociais e digitais para ter contato com obras e artistas consagrados. Do mesmo modo, o projeto visa o estímulo à formação de artistas locais que possuem poucas oportunidades de estabelecer trocas com uma rede de artistas e curadores de ampla circulação, justamente por estarem afastados destes centros hegemônicos.

 

O projeto começou em novembro de 2023 com a mostra “Bença”, com Dalton Paula, Bárbara Passos e Lua Cavalcante, seguido de “Encruzilhada”, com obras de AYA (DF), Marcone Moreira (PA) e Shevan (DF). Cada exposição tem duração aproximada de 45 dias. A próxima exposição trará para Planaltina a artista convidada Alice Yura (MS).

 

Sobre o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo

O Pé Vermelho é um espaço de formação, produção e promoção de artes, com foco na produção dos não sudestinos e cerratenses. Pensando estratégias de inserção e circulação, acompanhamento e discussão dessa produção, instrumentalização e profissionalização desses artistas, o espaço Pé Vermelho surge com a proposta de formação de artistas em situações periféricas, na dilatação, fortalecimento e compartilhamento dos canais que os membros mais inseridos têm com os artistas que estão ainda no início de sua trajetória. O espaço ocupa um terreno em frente a praça da igrejinha São Sebastião, da histórica Planaltina, cidade da periferia de Brasília, mas que já se encontrava aqui no Goiás 150 anos antes da fundação do monumento moderno.

Este é o segundo projeto do Pé Vermelho - Espaço Contemporâneo realizado com o recurso do (FAC-DF). Em concomitância com iniciativas já existentes em Planaltina (DF), como o Salão Mestre D ́Armas e o Festival Cerratense, o Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo pretende contribuir para inserir Planaltina definitivamente no cenário das Artes Visuais Contemporânea do Brasil, a exemplo do que aconteceu com a cidade de Anápolis (GO) a partir do Salão Anapolino e as ações advindas deste. Todas as atividades serão gratuitas e presenciais.

Serviço:

Chão

Cerâmica, instalação, pintura e performance

Obras de | Dadá do Barro (DF), Ludmilla Alves (DF) e Rubiane Maia (ES)

Curadoria | Gisele Lima e equipe do Pé Vermelho – Espaço Contemporâneo

Assistente de curadoria | Iago Góes

Exposição 3 do projeto Temporada de Exposições | Contraêxodo: Estratégias de inserções

Abertura | 28/03, às 16h30 

Onde | Pé Vermelho - Espaço Contemporâneo 

              Av. 13 de maio, quadra 57 lote 6 - Praça São Sebastião

              Planaltina-DF

Visitação | Até 09/05

                    De quinta a sábado, das 17h às 21h

 

Palestra | Produzir à Margem

Com a participação dos artistas da mostra “Encruzilhada”

Quando | 20/01 às 18h

Instagram | @pevermelhoec

 


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