EnvelheSer Ativo: projeto leva mais qualidade de vida aos idosos do Gama
- Rodrigo Carvalho

- 14 de ago.
- 2 min de leitura

Com o aumento da expectativa de vida no Brasil e um número cada vez maior de pessoas ultrapassando os 80 anos, o envelhecimento ativo tornou-se tema central no cotidiano das famílias. Mais do que controlar doenças crônicas, envelhecer com qualidade envolve cuidar do sistema osteomuscular, fundamental para a mobilidade, o equilíbrio e a independência.
Em Brasília, um exemplo dessa abordagem é o projeto EnvelheSer Ativo, promovido semanalmente às quintas-feiras, das 14 às 16h, na sede do Centro Universitário UNICEPLAC, no Gama. A iniciativa conta com a participação de estudantes de Fisioterapia, do 1º ao 8º semestre, e já beneficiou 15 idosos desde seu início, em março deste ano. Durante os encontros, os participantes realizam exercícios físicos associados à estimulação cognitiva, além de atividades com dança, palestras e eventos temáticos. Os interessados devem entrar em contato com o projeto pelo telefone 3035-3940. As vagas são limitadas.
“Os alunos colocam a teoria em prática e têm a oportunidade de interagir com os idosos de forma enriquecedora. Projetos voltados para essa faixa etária, como grupos de convivência, oficinas de arte, dança, coral, atividades físicas e ações comunitárias, promovem o envelhecimento ativo ao possibilitar troca de experiências, criação de vínculos afetivos, aumento da autoestima e aprendizado contínuo. Além disso, o ambiente é acolhedor, respeita as limitações e valoriza as capacidades de cada participante”, explica a professora e orientadora do projeto, Katiane Duarte Felix, especialista em ortopedia, traumatologia, reumatologia e mestre em gerontologia. A docente coordena a iniciativa ao lado da professora Tatiana Parada Romariz Rodrigues, especialista em neurofuncional e mestre em educação.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o envelhecimento ativo é o processo de otimizar as oportunidades de saúde, participação e segurança, a fim de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. Isso inclui manter a funcionalidade física e cognitiva, ter autonomia para realizar atividades do dia a dia, participar ativamente da comunidade e sentir propósito e pertencimento.
“Quando o envelhecimento é visto sob uma perspectiva ativa, essa fase da vida pode ser vivida com autonomia, dignidade e qualidade. Significa continuar engajado social, física e mentalmente, aproveitando as oportunidades de desenvolvimento pessoal e participação na sociedade, mesmo diante das mudanças naturais que acompanham o avanço da idade”, reforça a professora Katiane.
Ela lembra que o envelhecimento também traz desafios, como perdas sociais, aposentadoria, falecimento de entes queridos ou afastamento de amigos, que podem levar ao isolamento, um fator de risco para condições como depressão, ansiedade, declínio cognitivo e doenças cardiovasculares.
“Por isso, a socialização é essencial. Manter laços e conviver com outras pessoas estimula o cérebro e as emoções, reduz sentimentos de solidão, fortalece a autoestima e incentiva práticas saudáveis. E o projeto EnvelheSer Ativo busca cumprir esse papel ao integrar saúde, interação social e bem-estar para a comunidade idosa do Gama”, conclui a docente do UNICEPLAC.










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