Saiba como transformar as sobras da ceia de natal em pratos sofisticados
- Rodrigo Carvalho
- há 5 horas
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O Natal é sinônimo de fartura, mas depois da festa, vem a dúvida: o que fazer com tanta comida? Para evitar que as sobras da ceia acabem no lixo, reaproveitar é uma solução sustentável e saborosa. Segundo Bruno da Silva Alvarenga, docente de Gastronomia do Senac, que integra o Sistema Fecomércio MG, essa prática une economia, respeito ao alimento e cuidado ambiental: “Reduzimos a perda, aproveitamos melhor ingredientes que costumam ser mais caros e ainda transformamos a ceia em novas refeições nos dias seguintes, muitas vezes mais equilibradas”.
Por que reaproveitar?
Dar novas versões aos preparos do dia anterior ajuda a economizar e valorizar ingredientes nobres, como carnes e queijos. Mas atenção: sobra não é resto. “Sobra é o que não foi distribuído, já o resto são itens servidos e não consumidos dos pratos e bandejas, que devem ser descartados”, explica Bruno.
Para garantir segurança de alimentos, o docente alerta: “O principal cuidado é com tempo e temperatura. As preparações não devem ficar mais de duas horas sobre a mesa. Depois da ceia, é importante porcionar em recipientes limpos, bem fechados, e refrigerar rapidamente”. O consumo deve ocorrer em até três dias sob refrigeração ou o congelamento é necessário. Ao reaproveitar, aqueça apenas a porção que será consumida e observe cheiro, aparência e textura. Evite misturar sobras de dias diferentes no mesmo recipiente.
Para novas preparações, carnes assadas (bovina, suína ou aves) são extremamente versáteis, pois podem ser cortadas em cubos ou tiras e usadas em saladas, risotos, massas ou sanduíches. Pães podem virar croutons. Legumes assados também se encaixam muito bem em saladas mornas e tortas.
Receita destaque: Salada Lyonnaise reinterpretada
Bruno adaptou a clássica salada francesa para reaproveitar sobras da ceia, criando um prato leve e sofisticado. Confira:
Ingredientes:
1,5 kg de carne bovina assada, em cubos (sobras)
200g de cenoura assada, em cubos
150g de cebola-roxa assada, em julienne (tiras longas e finas)
120g de alface lisa rasgada
80g de rúcula
6 ovos (pochê)
50g de mostarda Dijon
50g de mel
100ml de vinagre de vinho branco
100ml de azeite
50g de nozes tostadas
Sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de preparo:
Prepare o vinagrete misturando mostarda e mel, depois vinagre e azeite em fio até emulsão cremosa. Ajuste sal e pimenta.
Faça os ovos pochê em água quente com vinagre (85–90 °C), cozinhando por 3–4 minutos.
Salteie rapidamente carne e legumes assados em manteiga para aquecer e dourar levemente.
Monte a salada: cama de folhas, carne e legumes mornos, ovo pochê no centro, regue com vinagrete e finalize com nozes tostadas.
“O ovo pochê adiciona cremosidade e conforto, a gema fluida funciona como um molho que envolve folhas, carnes e legumes, deixando a salada mais rica, suculenta e completa nutricionalmente. Já o vinagrete traz acidez e frescor, ajuda a cortar a sensação de gordura das carnes e do ovo, harmonizando todos os sabores. Essa combinação de untuosidade e acidez é o que dá equilíbrio ao prato”, destaca o docente.
Dicas para variações
O especialista dá dicas para reaproveitar outras comidas comuns em ceias. Com aves, desfiar ou fatiar fino e usar ervas frescas no vinagrete é uma boa pedida. Para peixes, retire espinhas e aposte em molhos cítricos. Também é possível incluir grãos cozidos para criar saladas mornas mais substanciosas.
Risotos, tortas, quiches, frittatas e sanduíches são ótimas opções para carnes e legumes. Sobras de panetone e frutas podem virar sobremesas em camadas com cremes leves ou iogurte. “Com técnica e apresentação cuidadosa, a sobra ganha cara de prato de restaurante”, conclui Bruno.
Sobre a Fecomércio MG e o Senac em Minas
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, abrangendo mais de 750 mil empresas e 54 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade, há 86 anos. Outra importante atribuição da entidade é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários(as), empresários(as) e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.
O Senac em Minas atua conectado às tendências globais para oferecer educação profissional de qualidade, orientada pelas demandas do comércio de bens, serviços e turismo, além dos princípios de inovação, inclusão e sustentabilidade. Seu portfólio de cursos – ágeis, técnicos, graduação e MBA – é desenvolvido com base em pesquisas e contatos diretos com o mercado, permitindo itinerários formativos flexíveis. Com 42 unidades educacionais e 14 unidades móveis que reproduzem ambientes de aprendizagem, o Senac atende diversos segmentos, como saúde, gastronomia, tecnologia, gestão, moda e turismo, garantindo uma formação diferenciada e alinhada às necessidades do mundo do trabalho.
A Fecomércio MG também trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor nos âmbitos municipal, estadual e federal. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida de cidadãos e cidadãs e impulsionar a economia mineira.






